Correio da Cidadania

Camponeses intensificam luta no ES e fecham mais 3 acessos à área da Petrobrás

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Depois de 7 dias de protesto e fechamento dos terminais de Petróleo no norte do estado, sem nenhuma resposta da Petrobrás ou do governo estadual quanto às suas reivindicações, os integrantes do Movimento dos Pequenos Agricultores fecharam na manhã de hoje, 16, mais três pontos de acesso às unidades da Petrobrás.

 

Desde a madrugada de quarta-feira, dia 09, o Terminal Norte Capixaba (TNC) e as Unidades SM-8 e FAL se encontram interditados pelo movimento. Hoje foram fechadas também  a antiga estrada do "gualter", o "posto paulista" e as "3 pistas", que ligam a BR 101 à região do Nativo.

 

Com essa ação, vários pontos de extração, e todos os pontos de armazenamento e embarque de petróleo no norte estão paralisados. Segundo alguns trabalhadores da própria Petrobrás, cerca de 800 funcionários da empresa estão parados em função da mobilização.

 

Há uma semana os camponeses e moradores locais reivindicam soluções para os problemas causados pela atividade de extração de petróleo no norte do estado, e cobram do governo estadual e da empresa ações para dar fim aos impactos ambientais e sociais vivenciados pela população da região.

 

Os camponeses denunciam crimes ambientais como a destruição de áreas de preservação do nativo e a contaminação da água com produtos químicos utilizados na extração do óleo. A atuação da Petrobrás também tem causado outros impactos como a falta de água nas comunidades locais e a danificação das estradas em função do tráfego de carretas e caminhões que prestam serviço à empresa. Por isso, o movimento reivindica também o asfaltamento da rodovia que liga Barra Nova a São Mateus, principal via de escoamento da produção agrícola e pesqueira.

 

A agricultura e a pesca são duas importantes atividades econômicas das comunidades locais, e com as péssimas condições da estrada, os moradores sofrem cotidianamente para garantir o transporte da produção de alimentos.

 

Representantes da Petrobras já se reuniram com o governo do estado e com a gerȇncia regional da empresa, mas ainda não apresentaram nenhuma resposta ao movimento. A perspectiva é de que a paralisação seja intensificada enquanto permanecer o silêncio e o "jogo de empurra" de responsabilidades entre governo estadual e empresa.

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