Conferência Nacional de Cultura discute políticas para o setor
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- Andrea
- 10/03/2010
A 2ª Conferência Nacional de Cultura (CNC) está marcada para acontecer entre os dias 11 e 14 de março, em Brasília (DF). Dentre os pontos importantes a serem discutidos, está a associação entre as políticas de comunicação e cultura. O texto base da conferência traz críticas ao monopólio das comunicações. Também condena a falta de regulamentação do capítulo da comunicação na Constituição Federal.
A integrante do coletivo de comunicação Intervozes Carolina Ribeiro vai participar da conferência, que será organizada pelo Ministério da Cultura (Minc). Segundo ela, associar políticas de comunicação e cultura é essencial para as discussões avançarem no país.
"Há um gargalo da distribuição e da visibilidade das diversas manifestações culturais que temos no Brasil e isso está totalmente relacionado com a forma e o conteúdo que os veículos de comunicação divulgam, que não refletem essa diversidade de manifestações na música, nas artes plásticas e nos grupos folclóricos."
Em nota, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert) criticou o texto base da 2ª Conferência. Para a associação, o documento prevê o controle dos meios de comunicação. Além disso, os jornais O Estado de S. Paulo e O Globo lançaram editoriais e matérias referindo-se à conferência como um atentado à liberdade de expressão.
Carol rebateu. "Qualquer tentativa de debater a comunicação hoje no Brasil é encarada pelos veículos de comunicação como ameaça à liberdade de expressão."
Após a conferência, deverá ser redigido um Plano Nacional de Cultura. O documento vai conter resoluções tiradas em assembléias que poderão se tornar projetos governamentais para o setor.