Correio da Cidadania

Observadores internacionais da Organização de Estados Americanos (OEA) denunciaram nesta terça-feira os delitos eleitorais registrados nas eleições legislativas da Colômbia no domingo passado, que se refletiram na compra de votos em seis departamentos desse país.

Responsáveis da OEA emitiram um informe em que especificaram que as faltas ocorreram nos departamentos de Atlántico, Bolívar, Magdalena, Nariño, Norte de Santander e Cundinamarca.

Por sua parte, a Missão de Observação Eleitoral (MOE) realizou apontamentos sobre os feitos delitivos em matéria eleitoral, como a compra e venda de votos, além de fraudes que implicam um verdadeiro obstáculo a ser superado no processo democrático da Colômbia.

A diretora do organismo, Alejandra Barrios, disse que na jornada de domingo passado faltou treinamento para os juízes da votação durante a contagem das cédulas, pois não tinham suficientemente claro o cartão, assim como ocorreu com os colombianos que não manejavam o conceito do Parlamento Andino e o Voto Caribe.

Declarou que cada vez se mostra mais a debilitação dos "atores armados" nas convocatórias eleitorais.

"O que passou no domingo foi boa notícia para o país, porque cada vez se fecham mais aos atores armados os espaços para poder impactar. Mas é preciso que se ponha já na agenda eleitoral o tema das fissuras do próprio sistema eleitoral", destacou.

Recordou que se devem revisar os delitos registrados para definir as linhas de ação que se colocarão em marcha para evitar futuras fraudes.

Sobre a demora na entrega dos resultados, Barrios apontou que é de responsabilidade da Registradora entregar rapidamente ‘"um relatório que aponte quais foram os inconvenientes que tiveram para poder entregar a informação a tempo".

A diretora do MOE precisou que se requer uma forte capacitação aos testemunhos eleitorais, "já que não é suficiente a que fizeram até o momento".