Correio da Cidadania

ONU pede investigação imediata sobre ataque israelense à frota humanitária

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O Conselho de Segurança das Nações Unidas pediu na madrugada desta terça-feira (01/6) uma investigação "imediata", "imparcial", "crível" e "transparente" dos fatos ao redor do ataque israelense contra um comboio de ajuda humanitária e exigiu a libertação imediata dos civis.

Ao fim de uma reunião de emergência, que durou mais de 12 horas, o Conselho de Segurança condenou os "atos que resultaram na perda de pelo menos 10 vidas e deixaram vários feridos". Oficiais da Marinha israelenses atacaram, em águas internacionais, uma pequena frota humanitária integrada por cidadãos de diversos que seguia para Gaza com o objetivo de entregar mantimentos e remédios aos palestinos.

Quarenta e cinco dos 686 passageiros detidos aguardam deportação de Israel, segundo a rádio pública do país. Na declaração divulgada ao fim da reunião, o CS pede "a libertação imediata dos barcos e dos civis detidos" por Israel. "O Conselho de Segurança destaca que a situação em Gaza não é sustentável", completa o texto. Antes da reunião, o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, chamou o ataque de "terrorismo de Estado".

Representando a Liga Árabe e os países da OCI (Organização da Conferência Islâmica), o embaixador paquistanês na ONU, Zamir Akram, denunciou que "Israel ignora a legislação internacional e as decisões das Nações Unidas" e reivindicou a libertação dos navios e de sua tripulação detida. Por sua vez, a alta comissária para os Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, se declarou "comovida" pelo ataque israelense à frota.

O comunicado lembra ainda a resolução 1860, de janeiro de 2009, que exige a livre distribuição de mantimentos, combustíveis e remédios em Gaza, e determina a plena implementação por parte de Israel. Também solicita uma "rápida, imparcial, confiável e transparente investigação, de acordo com os parâmetros internacionais", sobre ataque.

Israel

Israel tachou de "hipócrita" a condenação do Conselho de Segurança. "É precipitada, sequer houve um tempo de reflexão para considerar todos os fatos", disse à agência Efe Yigal Palmor, porta-voz do Ministério de Exteriores israelense.

"Esta condenação constitui um gesto automático baseado unicamente em determinadas imagens televisivas e não em um conhecimento dos fatos, além de uma dose impressionante de hipocrisia", acrescentou Palmor.

 

Por Marina Terra, Opera Mundi.

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