De 53 milhões, apenas 600 mil deixaram de passar fome na AL e no Caribe
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- Andrea
- 19/10/2010
Juntas, a América Latina e o Caribe ainda possuem 52,5 milhões de subnutridos. Em 2009, foram contabilizados 53,1 milhões de pessoas nessas condições. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), a região é a única no mundo que não atingiu uma redução significativa nos índices.
O endividamento público das nações foi apresentado como uma das justificativas para a baixa queda no número de famintos. Países como Nicarágua, Guatemala, El Salvador e Honduras estão negociando ajustes fiscais com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Isso significará uma redução nos gastos sociais em 2011.
A insegurança alimentar e nutricional na América Latina persiste nos países em desenvolvimento, mesmo diante do crescimento da produção, comércio e consumo dos alimentos. Ainda segundo a FAO, a crise econômica elevou os preços, gerando inflação e reduzindo o poder de compra.
Na Ásia e no Pacífico, 80 milhões de pessoas deixaram de passar fome no período de um ano. Na África Subsaariana, foram 12 milhões. Para atingir níveis parecidos, e até maiores, na América Latina e no Caribe, a FAO recomenda aos governantes a ampliação da produção de alimentos básicos a partir do fortalecimento da agricultura familiar. Aliado a isso, é necessário a ampliação das políticas de proteção social.
Por Jorge Américo, da Radioagência NP.