Dilma, Obama e Sérgio Gabrielli: editorial do Sindipetro
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- Andrea
- 14/02/2011
Se depender dos presidentes Dilma Rousseff (Brasil), Barak Obama (Estados Unidos) e Sérgio Gabrielli (Petrobrás), o nosso país vai se tornar um grande exportador de petróleo
Editorial do Surgente - edição 1193 - 03/02 a 09/02/2011
Como acontece desde o Brasil Colônia, continuaremos a fornecer matéria prima para o mundo. No caso do petróleo a situação é alarmante porque as reservas de hidrocarbonetos se esgotam e não se renovam. Essa riqueza pertence à atual e às próximas gerações. Não temos o direito de entregar esse tesouro e comprometer o futuro de nosso país.
Os argumentos para tratar esse petróleo de forma estratégica e não exportá-lo são irrefutáveis: o Brasil já é autossuficiente na produção de petróleo; devemos produzir no pré-sal na medida das necessidades internas, para financiar saúde e educação de qualidade, construir moradias principalmente para brasileiros de baixa renda, investir maciçamente em segurança, fazer a reforma agrária.
O dinheiro do pré-sal pode e deve financiar também o aumento na geração de energias alternativas, mais limpas, diminuindo a presença do petróleo em nossa matriz energética e consequentemente protegendo nosso planeta.
No caso de exportação, quando necessário, vamos mandar para fora produtos com valor agregado, como os petroquímicos, que têm muito mais valor econômico. Basta de exportarmos matéria prima para o mundo e importar produtos com valor agregado!
Obama vem ao Brasil em março. Com certeza o motivo principal da visita é o petróleo. Os EUA têm como estratégia principal a transformação dos países detentores de reservas de hidrocarbonetos em exportadores, pois os ianques só possuem reservas de petróleo para atender suas demandas por três anos.
A plenária estadual da campanha "O Petróleo Tem que Ser Nosso!" foi realizada no Sindipetro-RJ, na terça-feira (1), e entre outras deliberações decidiu intensificar a campanha contra os leilões do petróleo brasileiro, esteja ele em terra ou no mar. Aliás, no marco regulatório do petróleo de Lula existe a possibilidade de não realizarmos leilão, nem partilha. A lei faculta à presidenta Dilma entregar o bloco para produzir integralmente na Petrobrás.
A plenária decidiu também realizar ato de protesto durante a permanência de Obama no Brasil. Além do ato no local da presença do presidente americano, seja no Rio ou em Brasília, simultaneamente, outros protestos em todos os consulados americanos no Brasil.
A plenária nacional da campanha do petróleo se reunirá em março, em Minas Gerais, para ratificar os encaminhamentos. Até lá, vamos cobrar da presidenta Dilma coerência com o debate eleitoral e vamos mobilizar os brasileiros com a palavra de ordem:
"Leilão é privatização. O petróleo é nosso e não abrimos mão!"
Fonte: Jornal semanal do Sindipetro-RJ, ‘Surgente’, edição 1193 - 03/02 a 09/02/2011.