50 mil manifestantes em Budapeste em defesa de uma Europa social
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- Andrea
- 11/04/2011
A manifestação com o lema "Não às políticas de austeridade, por uma Europa social, por um salário e emprego justos" coincidiu com uma reunião de ministros das Finanças dos 27 países da zona do euro, em Gödöllö (a nordeste de Budapeste), e reuniu perto de 50 mil pessoas, segundo estimativas da polícia.
Na manifestação organizada pela Confederação Sindical Europeia (CES) participaram representantes de 45 confederações sindicais de 22 países europeus, incluindo Portugal (CGTP e UGT), e no final os líderes sindicais dirigiram-se aos manifestantes.
A mensagem dos representantes sindicais dos vários países incidiu sobre a necessidade de uma Europa mais social. Por sua vez, o secretário-geral da CES, John Monks, disse que "os trabalhadores não vão pagar os custos da crise" e pediu aos ministros reunidos em Gödöllö que criem empregos, crescimento e mantenham o sistema social europeu.
A Agência Lusa falou com Mário David Soares, membro do Conselho Nacional da CGTP, que participou na manifestação, acompanhado por Ana Pires, da direção nacional da Interjovem.
Mário David Soares disse esperar que esta manifestação alerte para a necessidade da
Europa seguir um outro caminho, porque a atual situação é insustentável. "Os sindicatos não se manifestam por serem contra pelo contra, mas porque defendem outras soluções baseadas no crescimento com sacrifícios repartidos, que aposte na qualidade do emprego e nas pessoas e que não mantenha o mesmo sistema causador da crise", disse.
No seu manifesto que convocou o protesto em Budapeste, a CES refere que a crise não foi causada pelos trabalhadores e que as medidas de austeridade foram apenas tomadas para acalmar os mercados financeiros.
Estas medidas, adianta a confederação, devem ter como alvo os especuladores e não os trabalhadores e a Europa deve trabalhar para uma sociedade mais solidária para com os cidadãos.
Fonte: Esquerda.net
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