Estudantes chilenos protestam contra a venda de universidade
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- Andrea
- 19/04/2011
Há duas semanas, estudantes no Chile protestam contra a venda de 50% da Universidade Central do Chile (UCC) a uma empresa privada. A venda seria efetivada a partir de uma reforma dos Estatutos. O presidente da Federação de Estudantes da UCC, Adrián Prieto, disse que "os alunos da Universidade Central querem seguir pertencendo a uma instância plural, laica e independente".
As federações estudantis da instituição pediram aos professores que mantenham a greve, iniciada na semana anterior, em paralelo às marchas pelas ruas de Santiago em rejeição ao que qualificam como um típico ato de busca por lucro em detrimento do interesse educacional.
Enquanto isso, ex-presidentes de federações de estudantes e egressos de faculdades da Universidade Central emitiram uma declaração de apoio aos alunos do referido campus e pediram ao ministro de Educação do Chile, Joaquín Lavín, para solucionar o conflito em um prazo que não seja maior do que 30 dias.
O apoio à manifestação também chegou de outras universidades, como Universidade do Chile, Universidade de Santiago, Universidade Diego Portales e Academia de Humanismo Cristão. José Escárate, presidente da Federação de Estudantes da Academia de Humanismo Cristão (FEUAHC), comentou, em notícia divulgada no site da Fech (Federação de Estudantes da Universidade de Chile), que a demanda não faz distinção entre escolas públicas ou privadas. "Estamos todos lutando por um sentido de universidade, para que grupos ideológicos não se incluam e possam romper com o projeto que a Universidade tem desde o seu início", opinou Escárate sobre as intenções da empresa de Investimentos Norte Sul.
O reitor da UCC, Ignacio Larraechea, por sua vez, afirmou que a universidade está buscando um grupo que financie o plano de desenvolvimento da UCC.
Com informações da Prensa Latina, El Ciudadano e do site Federação de Estudantes Universidade do Chile.
Camila Maciel, da Adital.