Correio da Cidadania

Entrega de Pérez Becerra provoca ruptura de bolivarianos colombianos com Chávez

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O Movimiento Socialista Bolivariano (MSB) rompeu com o governo do presidente Hugo Chávez por haver entregue a Bogotá o jornalista Joaquín Pérez Becerra, suposto guerrilheiro das FARC exilado na Suécia. O dirigente do MSB, David Corredor, informou a decisão em uma carta aberta endereçada a Chávez, divulgada da sede de seu partido em Cúcuta, cidade localizada na fronteira noroeste de seu país com a Venezuela.

 

O MSB "declara ao mundo que até que se corrija a grave falta do presidente Chávez, se afasta de qualquer possibilidade de aproximação com a Revolução Bolivariana da Venezuela", assinalou o documento.

 

Ao mesmo tempo, exigiu do Executivo em Caracas que tome "as urgentes medidas necessárias para corrigir com a maior brevidade possível o grave prejuízo causado à Revolução dos povos por causa do mau exemplo causado com a entrega arbitrária de Joaquín Pérez Becerra ao governo da Colômbia".

 

Pérez foi deportado para a Colômbia no dia 25 de abril passado, três dias depois de haver sido detido no aeroporto de Maiquetía em Caracas, para onde viajou em um vôo vindo de Frankfurt, Alemanha.

 

A deportação foi solicitada pessoalmente a Chávez pelo presidente colombiano, Juan Manuel Santos, que assegurou que "Alberto Martínez", codinome de Pérez, faria parte da Comissão Internacional das Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia (FARC) e era embaixador da guerrilha na Europa.

 

O colombiano, exilado na Suécia desde 1995, atuava como jornalista em Estocolmo, onde dirigia a Agência de Notícias Nova Colômbia (Anncol), aliada dos rebeldes. Em seu país, Pérez enfrentava um processo por "concerto para delinqüir, financiamento do terrorismo e administração de recursos relacionados com atividades terroristas".

 

A organização bolivariana colombiana também pediu a Chávez que não recorra mais às "bandeiras do socialismo humanista" por haver violado, com a deportação de Pérez, seus princípios fundamentais.

 

Do mesmo modo, pede que não justifique sua política com citações de "homens universais como Jesus de Nazareth, Simón Bolívar, Augusto César Sandino e Ernesto ‘Che’ Guevara". Dois dias depois da deportação de Pérez, o MSB se declarou decepcionado com Chávez e considerou que com isso estava em xeque a "verdadeira revolução socialista" venezuelana.

 

Artigo de: Efe publicado no: Globovisión

 

Tradução: Juliano Medeiros, do Unamerica.

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