Honduras na OEA: Movimentos sociais denunciam assassinato de 88 pessoas após golpe
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- 08/06/2011
Centenas de hondurenhos em resistência foram até o país vizinho El Salvador, na América Central, protestar contra a reintegração de Honduras na Organização dos Estados Americanos (OEA). A manifestação se deu por ocasião da Assembleia Geral do organismo, que ocorreu entre os dias 5 e 7, na capital San Salvador.
Os camponeses e indígenas denunciaram que o atual governo de Porfírio Lobo Sosa é continuador do golpe de Estado de 2009 e violador dos direitos humanos. Durante seus 15 meses de governo, 12 jornalistas, 45 pessoas da comunidade LGTB (Lésbicas, Gays, Transexuais e Bissexuais) e 31 camponeses da região do baixo Aguán foram assassinados.
Enquanto na abertura da Assembleia da OEA saudava-se a democracia e a reconciliação de Honduras, três trabalhadores rurais foram assassinados no Baixo Aguán no mesmo dia. A região é tomada pela monocultura do dendê, utilizado na produção de agrocombustíveis. Segundo organizações camponesas, neste local, que é controlado por latifundiários, ocorrem fortes conflitos por terra.
Pilar Rodriguez, para a Radioagência NP.