Correio da Cidadania

Acordo de reconciliação permite a impunidade do golpe de Estado em Honduras

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Honduras foi reintegrada à OEA depois de um acordo de reconciliação assinado no início deste mês entre o ex-presidente Manuel Zelaya e o atual Porfírio Lobo Sosa. O acordo ocasionou no retorno de Zelaya ao país, após quase dois anos de exílio na República Dominicana.

 

Ele foi deposto em 28 de junho de 2009 por um golpe civil-militar articulado por integrantes das Forças Armadas, do Parlamento e do Judiciário

 

Para a coordenadora do Conselho Cívico de Organizações Populares Indígenas de Honduras, Berta Cáceres, esse acordo de reconciliação permite a impunidade do golpe de Estado.

 

O exemplo mais claro disso foi a nomeação do comandante militar que executou o golpe, Vásquez Velásquez, para a presidência da empresa pública de telecomunicação de Honduras, a Hondutel.

 

Além disso, Berta Cáceres chama atenção para o fato de que agora o governo terá mais recursos para aprofundar a privatização e o modelo neoliberal que se acelerou no país desde 2009; além de fortalecer uma polícia e um exército repressores.

 

Por Pilar Rodriguez, de Honduras, para a Radioagência NP.

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