Correio da Cidadania

Pequenos agricultores fazem mobilização por renegociação de dívidas rurais

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Trabalhadores rurais fazem marcha pelas ruas de Florianópolis, em Santa Catarina

 
Movimentos sociais que integram a Via Campesina, juntamente com a Fetraf (Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar) e a Fetag (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul), realizaram uma série de mobilizações no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina nesta quarta-feira (29/6).

 

As ações fazem parte da Jornada Nacional de Lutas pela renegociação das dívidas da agricultura familiar com o governo federal.

 

Em Porto Alegre, mais de 1.000 trabalhadores e trabalhadoras ocuparam os prédios do Ministério da Fazenda e do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

 

Em Florianópolis, 150 famílias MST e do MAB ocuparam a superintendência do Incra e fizeram uma audiência na busca de negociação dos pontos da pauta apresentada ao governo federal. Em Santa Catarina, sedes do Incra foram ocupadas também em Chapecó, Abelardo Luz e Anita Garbaldi.

 

Os camponeses e camponesas aguardam as negociações que ocorrem em Brasília com o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e seguem mobilizados.

 

Interior

 

No Rio Grande do Sul, mais de 20 mil trabalhadores rurais realizaram manifestações em Vacaria, Erechim, Irai e Canguçu e Constantina.

 

Em Santa Catarina, as ações aconteceram em Anita Garibaldi, Chapecó, Concórdia, Campo Erê e São Carlos.

 

As lutas refletem a necessidade da renegociação das dívidas com o governo federal, pois muitas famílias não conseguem mais acessar o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) em função da inadimplência.

 

Somente no Rio Grande do Sul, os pequenos agricultores somam R$ 5 bilhões em dívidas vencidas ou que estão por vencer. Já no Brasil, o valor chega a R$ 30 bilhões.

 

A situação é preocupante, pois a agricultura familiar é responsável por 70% do alimento que chega à mesa do brasileiro.

 

Por Bianca Costa e Pepe Pereira dos Santos.
Da Página do MST.

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