Correio da Cidadania

Aeroportuários cogitam greve e iniciam campanha contra “aeroshoppings”

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A decisão sobre o data-base dos aeroportuários será anunciada no dia 20 de julho. Como o governo federal tem demonstrado que não concederá reajuste acima da inflação, a categoria já pensa em greve. Paralela às questões trabalhistas, está na pauta de discussão o modelo de concessão que transfere a administração de alguns dos principais aeroportos do país para a iniciativa privada.

 

No último dia 6, diversos terminais foram alvos de protestos. O presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), Francisco Lemos, lembra que a manifestação teve o objetivo de defender o controle estatal do setor aéreo.

“Estamos contra, principalmente, a Infraero ficar como minoritária na parceria. Ela só poderá ter até 49%. A navegação aérea, carga aérea, segurança, operações e o controle tarifário devem ficar na mão do Estado.”

 

O Sina está empenhado na campanha do Aeroporto Popular. Francisco considera a Infraero importante para impedir o aumento das tarifas de embarque e a conseqüente fuga de passageiros de menor renda.

 

“Isso garante uma padronização operacional nos aeroportos. Segundo, podemos evitar um tratamento diferenciado para as classes C e D. Estamos lançando um conceito de Aeroporto Popular, que vai na contramão do ‘aeroshopping’. Eles (iniciativa privada) estão visando muito mais a área comercial dos aeroportos do que a atividade afim.”

 

A Infraero é responsável pela administração de 67 aeroportos e terminais de carga, onde são feitos 2,6 milhões de pousos e decolagens anualmente. A estatal é vinculada à Secretaria de Aviação Civil e possui quase 37 mil funcionários.

 

Por Jorge Américo, da Radioagência NP.

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