Trabalhadores são soltos no Mato Grosso
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- 26/07/2007
Quatorze trabalhadores, cortadores de cana maranhenses, presos há mais de um mês em Porto Alegre do Norte, Mato Grosso, após protestarem contra o atraso no pagamento de salários na Usina Araguaia, antiga Gameleira, em Confresa (MT), foram soltos após audiência realizada dia 25 de julho. A audiência estava marcada para o dia 10 de agosto, mas, provavelmente devido à onda de indignação manifestada nas últimas semanas, o juiz antecipou-a para o dia 25, coincidência ou não, Dia Nacional do Trabalhador e da Trabalhadora Rural.
O juiz Marcos Agostinho Pires, da comarca de Vila Rica (MT) e responsável, provisoriamente, pela comarca de Porto Alegre do Norte havia marcado, no dia em que indeferiu o pedido de liberdade provisória dos manifestantes, para o dia 10 de agosto a audiência para o interrogatório dos trabalhadores. De acordo com a advogada de defesa responsável pelo caso, Maria José Morais, a troca de datas foi feita rapidamente e sem maiores explicações. “Ao ligar, no dia 24 de julho, para o Tribunal para, apenas, confirmar a audiência no 10 de agosto fui informada de que ela seria no dia 25 às 8 horas. Por estar em viagem e sem condições de chegar tão rapidamente à Porto Alegre do Norte precisei enviar uma petição explicando tudo isso e reiterando o pedido de liberdade provisória”. A ausência da advogada, entretanto, não prejudicou a decisão do juiz que além de conceder a liberdade aos trabalhadores permitiu que eles retornassem para as suas cidades, desde que mantivessem contato constante com ele.
No início da noite do dia 25 o alvará de soltura dos presos foi liberado e logo no dia seguinte os trabalhadores compareceram ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Confresa (MT) para definir os detalhes de suas rescisões e garantir os seus direitos. De acordo com Maria José, a Prelazia de São Félix, agentes da CPT no estado e o procurador do trabalho de São Félix se disponibilizaram a ajudar na realização dos acertos trabalhistas dos quatorze homens e, ainda, garantir que a Usina Araguaia forneça, a todos eles, a passagem de volta para suas cidades.
Fonte: CPT