Correio da Cidadania

Manifesto popular rejeita privatização dos aeroportos

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A ASSOCIAÇÃO NACIONAL DO MOVIMENTO MONTEIRO LOBATO lançou manifesto contra a privatização dos aeroportos. Segundo o Governo Federal, a transferência parcial de parte dos aeroportos brasileiros à iniciativa privada deve começar em dezembro pelos terminais de Guarulhos (SP), Viracopos (Campinas) e Brasília. A concessão de outros aeroportos, como o do Galeão, no Rio, e o de Confins, em Minas Gerais, ainda está em estudo.

 

A vulnerabilidade perante invasões estrangeiras, a afronta à soberania nacional e a inviabilidade financeira dos aeroportos não lucrativos, que representam a maioria, são algumas das razões citadas pelo manifesto para rejeitar o processo de entrega dos aeroportos nacionais. Leia abaixo a nota na íntegra.

Privatização dos aeroportos: um ataque à soberania nacional

 

Os aeroportos são áreas de cunho altamente estratégico, pois são partes do território Nacional, que podem tornar o país vulnerável a invasões estrangeiras. Um exemplo disto foi a invasão da Tchecoslováquia, que se deu através da tomada do aeroporto de Praga. Uma vez dominado o aeroporto, o desembarque de tropas e equipamentos bélicos se tornou fácil.

E assim o país foi conquistado rapidamente.

 

O Brasil tem que manter estatais os aeroportos que devem ser administrados por civis e sob proteção da Aeronáutica, de forma a dissuadir qualquer tentativa de tomada do país através deles.

 

Esta preocupação tem amplo sentido com a descoberta do pré-sal. O Brasil com suas reservas provadas de petróleo transformou-se em um Iraque na América Latina. Os países desenvolvidos, principalmente os EUA, de forma irracional e até irresponsável calcaram o seu desenvolvimento no petróleo, sem ter reservas. Hoje estão numa enorme insegurança energética.

 

Quando o pré-sal foi descoberto, a primeira providência do presidente americano, George Bush, foi reativar a 4ª frota naval. Alegou que era para proteger o Atlântico Sul. Ora, no Atlântico Sul estão somente Brasil e Argentina. Como a Argentina já desnacionalizou o seu petróleo, a reativação da 4ª frota se destinou a “proteger” o pré-sal. Além disto, a invasão do Iraque, do Afeganistão, da Líbia nos dão uma mensagem muito forte. Tem tudo a ver com as suas reservas de petróleo.

 

Portanto, a bem da segurança das nossas riquezas do petróleo, da biodiversidade que existe na Amazônia Verde, das riquezas da Amazônia Azul e em outras áreas detentoras de minerais nobres e estratégicos, temos que não só proteger os nossos aeroportos como área de segurança nacional como também reaparelhar urgentemente as nossas forças armadas.

 

O pré-sal é uma riqueza da ordem de US$ 20 trilhões, sendo apenas umas das nossas riquezas estratégicas. Assim, gastar US$ 10 bilhões com a equipagem e adequação das nossas forças armadas para defender essas riquezas é uma estratégia mais do que urgente e absolutamente necessária e prioritária.

 

Melhorar a gestão e ocupar os aeroportos como áreas de segurança nacional e suspender as suas privatizações é outra prioridade irrefutável. Poucos são os aeroportos lucrativos e estes mantêm os não lucrativos. Evidentemente que os privativistas só querem o filé mignon. E quem sustentará os demais?

 

Convocamos todos os brasileiros, estudantes, trabalhadores, intelectuais, civis e militares, enfim todas as forças vivas do Brasil, para lutar contra a privatização dos nossos aeroportos porque são áreas de soberania nacional e soberania não se negocia. Não existe pátria sem patrimônio!

 

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DO MOVIMENTO MONTEIRO LOBATO

Fonte: APN – Agência Petroleira de Notícias.

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