Candidatura de Lugo à Presidência causa polêmica
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- 09/08/2012
Está sob análise de juristas a possibilidade de Lugo disputar as eleições para presidente ou senador. A imprensa paraguaia que apoiou o golpe, realizado por partidos e forças de direita no final de junho, define que há uma crise dentro da Frente Guasú.
A incerteza no cenário político e eleitoral marca o Paraguai no pós-golpe de Estado. O presidente deposto Fernando Lugo defende que “em política, tudo é possível”, e não descarta sua candidatura tanto à presidência quanto ao Senado nas próximas eleições, previstas para abril de 2013.
Em viagem ao Brasil neste mês de agosto, Lugo concedeu entrevista à imprensa brasileira na qual afirmou que dentro da Frente Guasú – organização que reúne 12 partidos e 8 movimentos sociais, da qual ele faz parte - seu futuro político vem sendo discutido.
“Creio que esta esquerda paraguaia nunca esteve em um melhor momento. Mas, às vezes, quando se trata precisamente de questões eleitorais e de candidaturas, é mais difícil o consenso”.
Está sob análise de juristas a possibilidade de Lugo disputar as eleições para presidente ou senador. Isso, porque a Constituição paraguaia não permite uma nova eleição a seus ex-presidentes após cinco anos de mandato, pois estes se tornam automaticamente senadores vitalícios. No entanto, o presidente deposto não se enquadra neste perfil.
Outro forte candidato à presidência dentro da Frente Guasú é o jornalista Mario Ferreiro, que é apoiado por nove partidos (G9). Em torno da candidatura de Fernando Lugo estão dez organizações políticas (G10), este bloco é liderado pelo Partido Tekojoja, que possui um senador.
A imprensa paraguaia que apoiou o golpe, realizado por partidos e forças de direita no final de junho, define que há uma crise dentro da Frente Guasú. A decisão sobre as candidaturas de esquerda para a próxima eleição no Paraguai está prevista ainda para o mês de agosto.
Por Vivian Fernandes, da Radioagência NP.