Correio da Cidadania

EUA criticam Exército de Israel

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Preparando-se para possíveis negociações sobre a independência da Palestina, os israelenses procuram ocupar com assentamentos a maior parte possível das áreas da Margem Oeste.

 

Dessa maneira, ocupando com habitantes israelenses essas regiões, criarão fatos consumados, ficando em vantagem na hora de demarcar os limites do novo Estado.

 

O projeto israelense prevê a demolição em massa de casas de palestinos com bulldozers (escavadoras) do exército. Ativistas têm se oposto a essa medida.

 

Um deles era a jovem americana Rachel Corrie, de 23 anos, que corajosamente colocou-se diante de um bulldozer para impedir que destruíssem residências palestinas em Rafah, na fronteira com o Egito e a Faixa de Gaza.

 

Não conseguiu detê-lo: o bulldozer passou implacavelmente sobre Rachel. Ela morreu de forma horrível.

 

Em 2005, os pais de Raquel processaram o governo de Israel. O caso foi criticado pela parcialidade com que Tel-aviv está intervindo no curso do processo.

 

O ministro da Defesa proibiu de entrar em Israel para testemunhar o médico que examinou Carrie no momento do crime. E impediu que seu testemunho fosse prestado através de um vídeo.

 

Até hoje o governo dos EUA ignorou publicamente o assassinato de sua cidadã. Em 2003, logo depois da ação do exército israelense, o representante democrata Brian Bird exigiu uma investigação americana do incidente, que, aliás, jamais foi votada na Câmara.

 

O único processo oficial foi movido contra a Caterpillar por fornecer os bulldozers para uma ação condenada pela ONU.

 

O juiz anulou o caso, alegando que se tratava de uma questão política, fora de sua competência.

Finalmente, neste ano, o governo dos EUA resolveu mostrar que estava vivo.

 

Numa reunião em Tel-aviv, com os pais e a irmã de Raquel, o embaixador Dan Shapiro informou que a Casa Branca não acreditava que a investigação feita pelo exército de Israel tinha sido crível e transparente, como o prometido.

 

Segundo essa investigação, a morte de Raquel fora um acidente e que ela tinha dado causa, por ter se colocado em perigo ao entrar numa zona de combate.

 

Não se tem notícia de qualquer atitude formal que o governo estadunidense venha a tomar diante da situação. Não se falou em punições, nem em exigir nova investigação com participação de militares americanos.

 

Por enquanto, vai se aguardar a sentença do julgamento esperada para estes dias. Conforme for, o governo americano tem uma oportunidade de provar sua independência diante de Israel, até agora desmentida pela sucessão de ações submissas do presidente Obama aos interesses do governo Netanyahu.

 

Por Luiz Eça, jornalista, em seu site.

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