Correio da Cidadania

Denúncias crescem e mulheres vítimas de violência não têm pleno atendimento

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De janeiro a junho de 2012, foram 390 mil registros no Ligue 180, um aumento de 13%. Maria Amélia Teles, da União de Mulheres de São Paulo, avalia que isso pode ocorrer devido à dificuldade de implementação da Lei Maria da Penha.

 

Para combater a violência contra a mulher, o governo federal tem em funcionamento o Ligue 180. Este é um serviço telefônico da Secretaria de Políticas para as Mulheres destinado a receber denúncias e repassar informações sobre os direitos das mulheres. Desde sua criação, em 2005, até o primeiro semestre deste ano, ocorreram mais de 2,7 milhões atendimentos.

 

Somente de janeiro a junho de 2012, foram quase 390 mil ligações, um número 13% maior que o mesmo período do ano anterior. A média diária foi de 2.150 registros e a média mensal de aproximadamente 65 mil atendimentos. A integrante da União de Mulheres de São Paulo, Maria Amélia Teles, avalia esse crescimento.

 

“Pode ser um maior interesse das mulheres em buscar informações. Mas, também, pode ser a ausência de serviços e de implementação de políticas que vão dar um atendimento adequado. Uma dificuldade de implementação da Lei Maria da Penha.”

 

Maria Amélia enumera uma série de serviços necessários para o pleno atendimento das mulheres. Entre eles, estão as delegacias, as defensorias públicas e os hospitais.

 

“Além disso, é necessário ter garantida essa rede social de apoio, ter casas de atendimento com equipe multidisciplinar – assistente social, psicóloga, advogada – e ter as casas de abrigo, onde no caso de risco iminente de vida as mulheres possam ficar abrigadas e protegidas, junto com seus filhos”.

 

Do total de atendimento do Ligue 180 no primeiro semestre deste ano, 56% se referem à violência física e 27% psicológica. Dos casos da violência doméstica contra a mulher, em 70% o agressor é o companheiro ou marido da vítima.

 

Por Vivian Fernandes ,da Radioagência NP.

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