Correio da Cidadania

Mães de Maio lançam livro contra a violência nas periferias

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No lançamento da obra “Mães de Maio, mães do cárcere – A periferia grita”, movimento pede paz e desmilitarização das polícias.


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Livro “Mães de Maio, Mães do Cárcere – A Periferia Grita” (Foto: Igor Carvalho)

 

O movimento Mães de Maio, formado por uma rede de mães, outros parentes e amigos de pessoas assassinadas pelo Estado, lançou na última quarta-feira (5) seu segundo livro: “Mães de Maio, mães do cárcere – A periferia grita”. Com a participação de poetas da periferia, rappers e jornalistas, a publicação é um protesto do grupo contra a violência que, mais uma  vez, assola as periferias das cidades de São Paulo.

 

Para Danilo Dara, um dos editores da obra e membro do coletivo, “o livro, de forma especial, está dedicado às vítimas dos crimes de 2012 nas periferias”. O lançamento foi feito no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, na região central da cidade, e o presidente da instituição, Guto Camargo, ressaltou a importância de o movimento contar sua própria história enquanto ela ocorre. “Somente agora, estamos estudando as resistências indígenas na construção da Transamazônica, ou a resistência à Ditadura Militar no Araguaia, é fundamental que vocês já estejam escrevendo nossa história”.

 

Para Débora Silva, fundadora das Mães de Maio, há uma “evidente perseguição, aos jovens negros, periféricos e pobres”. “Exigimos que o Estado nos respeite. Esses jovens estão com sua pena de morte decretada nas periferias”, disse ela, emocionada durante o lançamento.

 

Conexão Brasil-Palestina

 

As Mães de Maio receberam o apoio do grupo Palestine Sunbird, através de seu fundador Qais Al-Hinti, que conheceu Débora no Fórum Mundial Social Palestina, que ocorreu no começo de dezembro, em Porto Alegre (RS). O ativista palestino passou por São Paulo para acompanhar o trabalho das mães e divulgar a causa palestina, e diz ter ficado “assustado com a violência em São Paulo”. Al-Hinti usou números palestinos para atacar os índices paulistanos. “Nos últimos ataques na Faixa de Gaza morreram 170 pessoas, fiquei muito surpreso ao saber que em São Paulo morreu muito mais gente”, comparou o ativista.

 

Por Igor Carvalho, SpressoSP.

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