Ocupação Margarida Maria Alves pede apoio!
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- 28/06/2013
A ocupação Margarida Maria Alves se encontra perto da estação da Luz e recebeu esse nome em homenagem a uma grande lutadora paraibana. Desde o dia 6 de janeiro de 2013, mais de 60 famílias habitam o prédio onde antes funcionava a secretaria do projeto de Revitalização da Luz da gestão Kassab e hoje é parte do espaço no qual se pretende construir o Memorial da Democracia, pelo Instituto Lula.
Nessa última semana, ocorreu um princípio de incêndio em um dos cômodos ocupados, o qual foi rapidamente apagado pelos moradores e não se alastrou para fora do quarto, não causando danos ao edifício. A prefeitura agora busca utilizar a segurança dos que lá vivem como pretexto para desalojar e jogar essas famílias na rua, alegando que o edifício oferece riscos e que não pode ser habitado. A única oferta da prefeitura é um cheque despejo de R$900,00 e perspectiva de atendimento habitacional em quatro anos. Nós não vamos sair!
A nossa luta é pelo direito básico à moradia e não se calará com nenhuma esmola. Somos cidadãos e sabemos a importância de uma moradia digna. Queremos nossos direitos e quem vai nos negar? Os abrigos são inabitáveis e a proposta de cheque despejo é desumana, 900 reais em quatro anos, não faz nada por nosso direito à moradia e só dispersa os moradores em novas moradias precárias pela cidade.
Nos mobilizamos porque entendemos que é legítimo permanecer nesse edifício até que nos concedam aquilo que nos pertence: a nossa casa. Não temos outro objetivo se não trocar nossa casa atual por uma outra casa, também no centro! Não aceitaremos que nos coloquem na rua por despejos mascarados de políticas públicas: não queremos abrigos, não queremos cheque despejo, queremos moradia e queremos mais, queremos políticas de habitação em massa, a médio e a longo prazo, para atender a necessidade da população pobre de São Paulo, de maneira digna e que não nos expulse para as periferias.
Somos um movimento social e nos organizamos porque sabemos que juntos somos mais fortes, não podemos ser caso de polícia porque defendemos o que é nosso por lei. Se eles querem democracia, nós também queremos, só que para nós a democracia é moradia para todos! Assim, permaneceremos lutando e convidamos a lutar conosco todos aqueles que, mesmo com moradia consolidada, se sensibilizam e se revoltam com a situação daqueles que tem seu direito mais básico negado.
Por isso, convidamos todos e todas para nosso ato contra todas essas medidas da Prefeitura, nosso direito à moradia não será desrespeitado!!
QUARTA FEIRA DIA 03/07, ÀS 10H, NA RUA COUTO DE MAGALHÃES, 381, NA REGIÃO DA LUZ!
REIVINDICAMOS:
1. Que nós permaneçamos na ocupação até o devido atendimento habitacional, com moradia fixa e definitiva, como é direito!
2. Repudiamos a forma como o Poder Público trata os movimentos populares, não se deve privilegiar um ou outro movimento. Não à criminalização dos movimentos populares!
3. Políticas públicas de habitação em massa, de médio e longo prazo!
4. Repudiamos o cheque despejo e a alocação em albergues! Isso não é política pública habitacional!
5. Moradia no centro para população de baixa renda, conforme promessa de campanha do Haddad! Os moradores da ocupação Margarida devem ser incluídos nas moradias populares da Zeis 3 que agora estarão em discussão!