Presidentes sul-americanos condenam bloqueio a avião de Evo Morales
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- 03/07/2013
O presidente boliviano passou mais de 13 horas no aeroporto de Viena, na Áustria, devido ao fechamento de vários espaços aéreos europeus para sua passagem. Os presidentes Ollanta Humala, do Peru, José Pepe Mujica, do Uruguai, Rafael Correa, do Equador, e Cristina Kirchner, da Argentina, prestaram solidariedade. O governo brasileiro ainda não se pronunciou.
Itália, Portugal, Espanha e França alegaram motivos técnicos para barrar a passagem de Evo Morales. Porém, a diplomacia boliviana credita o desrespeito a uma suspeita de que no avião presidencial estivesse o ex-técnico da CIA Edward Snowden, procurado pelas autoridades dos Estados Unidos.
Snowden é acusado de espionagem e está na Rússia à espera da concessão de asilo político. Ele denunciou que os Estados Unidos monitoravam e-mails e ligações telefônicas de cidadãos dentro e fora do país. Há, ainda, informações de que comunicações da União Europeia foram monitoradas. O estadunidense pediu asilo a 21 países, inclusive ao Brasil.
O governo do Equador anunciou que convocará uma reunião extraordinária da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), que reúne 12 países da região, para tratar do episódio vivido por Evo Morales. Ricardo Patiño, chanceler equatoriano, definiu a proibição à aeronave presidencial como uma “tremenda ofensa”. Para ele, houve risco à segurança do presidente da Bolívia.
Na capital boliviana La Paz, manifestantes fazem uma vigília. Estão sendo organizadas mobilizações contra os governos dos países europeus que não liberaram o pouso do avião do presidente boliviano.
Os que protestam também gritam frases contra os Estados Unidos.
Fonte: Agência Pulsar; com Rede Brasil Atual.