Ex-diretor da Siemens acusa aliados de Alckmin em cartel
- Detalhes
- 22/11/2013
Geraldo Alckmin (PSDB) descarta afastar secretários citados na investigação do esquema de corrupção. Prejuízo causado aos cofres públicos pelo esquema é estimado em pelo menos em R$ 557 milhões.
Membros da cúpula do PSBD de São Paulo e integrantes do governo paulista de Geraldo Alckmin são acusados de envolvimento no pagamento de propina por empresas metroferroviárias em licitações do Metrô e Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). É o que denuncia o ex-diretor da Siemens, Everton Rheinheimer em um relatório entregue ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
De acordo com reportagem publicada na quinta-feira (21) pelo jornal "O Estado de S. Paulo", o secretário da Casa Civil, Edson Aparecido (PSDB) teria recebido propina de lobista do setor metroferroviário.
Os secretários estaduais José Anibal (Energia), Jurandir Fernandes (Transportes Metropolitanos) e Rodrigo Garcia (Desenvolvimento Econômico) também são citados na investigação, além do líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira. Todos os acusados negam envolvimento.
O ex-diretor da multinacional, disse ter documentos que provam o esquema que tinha como objetivo principal o abastecimento do caixa 2 do PSDB e do DEM.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), descarta afastamento dos secretários citados na investigação.
O esquema de cartel foi denunciado em julho pela multinacional alemã Siemens, e envolveriam os contratos do Metrô e CPTM assinados entre 1998 e 2007, nos governos de Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra, todos do PSDB.
Por Leonardo Ferreira, da Radioagência NP.