Protesto: “não ao leilão de gás de xisto
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- 29/11/2013
Durante o primeiro dia da 12ª Rodada de Licitações de petróleo e gás da Agência Nacional de Petróleo, petroleiros, ambientalistas e representantes de movimentos sociais protestaram, na manhã desta quinta (28), em frente ao Hotel Windsor, Barra da Tijuca, local onde acontecia o leilão exclusivo em terra de gás não convencional. A iniciativa, do Sindipetro-RJ, teve como principal objetivo denunciar os graves impactos socioambientais causados pelo método utilizado para extrair o gás de xisto.
A extração do gás de xisto é questionada pelos petroleiros por conta dos riscos e danos que pode gerar ao meio ambiente, principalmente a poluição da água, usada em quantidades colossais na técnica de exploração chamada de fraturamento hidráulico ou simplesmente “fracking”.
O diretor do Sindipetro-RJ, Emanuel Cancella, alertou o quanto essa técnica é agressiva do ponto de vista ambiental já que, para extrair o recurso, é preciso explodir as rochas injetando no subsolo grande quantidade de água, areia e produtos químicos. “Ao realizar este leilão, o Brasil está dando um passo no escuro. Boa parte dos poços de gás e óleo de xisto estão logo abaixo do aquífero Guarani, uma das maiores reservas subterrâneas de água doce do mundo. Temos que preservar essa riqueza a todo custo, não podemos colocá-la em risco”, declarou Cancella.
Emanuel Cancella revelou ainda que, por este aquífero também fazer parte do território argentino, paraguaio e uruguaio, vai enviar um documento preparado pelos movimentos sociais às embaixadas desses países alertando sobre os riscos dessa exploração.
Fonte: Agência Petroleira de Notícias.