Unidade é o que importa agora
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- 18/05/2007
Os movimentos, partidos e organizações populares combativos preparam manifestações de protesto em todo o território nacional no próximo dia 23. É o Dia Nacional de Lutas.
A data é uma boa ocasião para definir quem é de esquerda nesta estranha conjuntura que estamos vivendo.
Os três partidos socialistas que se uniram na última disputa presidencial - PSOL, PSTU e PCB - já estão plenamente engajados na mobilização para o evento. Entidades populares, como o MST, o MTST e centrais sindicais como Intersindical, Conlutas e a Corrente Classista da CUT participam ativamente dos preparativos.
Esse movimento tático das forças populares - o primeiro a ser organizado desde 2002 - questiona diretamente partidos, organizações e correntes partidárias que se consideram de esquerda. Como se posicionarão, por exemplo, as tendências socialistas do PT? E as correntes que discordam da orientação que os atuais dirigentes da CUT estão imprimindo à entidade?
Embora a massa popular ainda espere que o governo Lula cumpra suas promessas, nem por isso deixará de observar atentamente o comportamento dos agentes políticos, especialmente daqueles que buscam obter seu apoio. Mesmo aqueles que, por fidelidade a Lula, por desencanto com os repetidos fracassos da luta popular nestes últimos anos ou por medo de repressão, deixarem de participar de protestos, estarão de olho no evento do dia 23.
Na política é indispensável não perder o momento. Os protestos do dia 23 são o momento oportuno para que esses partidos e tendências revejam suas posições e venham retomar o lugar que sempre quiseram ter no espectro político do país.
Cabe aos que perceberam antes a encalacrada em que o governo Lula colocaria a nação a generosidade de recebê-los com grandeza. Até porque, com eles, o movimento ganhará outra dimensão.
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