Correio da Cidadania

Sinergia

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Provavelmente em nenhum outro momento da história brasileira a esquerda tenha estado em uma situação tão difícil. Reduzida a apenas três pequenos partidos com registro eleitoral e a algumas pequenas organizações que não conseguiram sequer o número de apoios requerido para esse registro, a esquerda enfrenta uma conjuntura interna extremamente adversa para a luta de classes, complicada pela desorientação do movimento socialista internacional.

 

Diante de tal quadro, a primeira idéia que surge é a da unificação dos pequenos partidos que restaram após o furacão neoliberal.

 

Um primeiro passo foi dado nessa direção em 2009: as negociações preliminares para a unificação das duas centrais sindicais socialistas – Intersindical e Conlutas - chegaram a bom termo e provavelmente antes da metade deste ano teremos o encontro para completar o processo em marcha.

 

Um novo passo pode ser dado nas eleições deste ano: a candidatura única da esquerda.

 

Os exemplos exitosos das eleições estaduais de 2006 mostram que é possível marchar juntos. O único requisito exigido é que os partidos envolvidos cheguem a um acordo programático e respeitem escrupulosamente o princípio da direção coletiva da campanha eleitoral.

 

Um dos três partidos socialistas – o PSTU - já lançou candidato a presidente da República, mas deixou claro que este candidato não será obstáculo à unificação, caso esta seja colocada seriamente pelos dois outros partidos.

 

O PCB anunciou que pretende iniciar o debate interno a respeito da candidatura própria, mas que isto não implica impossibilidade de marchar junto com os outros dois partidos.

 

PSOL, afastada a proposta da aliança com o PV, caminha para a definição de seu candidato, o que deverá acontecer no próximo mês de março.

 

Nesse mês, ainda haverá tempo para concretizar a unificação. Mas não pode haver dúvida quanto à conveniência de começar as negociações antes dessa data. A razão disso é bem simples: a unificação só tem sentido em torno de um programa comum e de uma carta eleitoral subscrita pelos três.

 

A formulação desses dois documentos demanda tempo. Não vá que a demora em discutir esses dois requisitos em função da hesitação na definição do nome do candidato possa criar fatos consumados que obstaculizem o acordo.

 

Nunca é demais lembrar em relação a este aspecto que a ação conjunta potencializa o efeito da ação isolada de cada uma das forças que se juntam para realizá-la.

 

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Comentários   

0 #3 SoluçãoJoão Coimbra 01-02-2010 11:24
Pode ser que me falte conhecimento, mas baseado no que sei, só pode existir uma proposta, a melhor para atingir um objetivo. Nada de ficar dizendo que existem muitas propostas, se essas muitas propostas conseguirem atingir o mesmo objetivo, são indiferentes, podemos até fazer um sorteio para escolher.
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0 #2 tarefa dificelnelson guimarães 22-01-2010 21:45
A dificuldade que vejo em relção ao proposto não é da unificação,mas a manutenção desta união.Acredito ser possível ,mas haverá de ter amarras fortes do ponto de vista da articulação das propostas de cada grupo já que são metodologias diferentes ,para os mesmos fins e ai é que se dão as rupturas.
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0 #1 editorial bem focadoMilton Temer 22-01-2010 18:38
Este editorial deveria ser repetido amanhã, com destaque na chamada distribuida por correio eletrônico, porque dá o tom correto do combate urgente:articular uma maioria que garanta vitória da candidatura Plinio na Conferência Eleitoral do PSOL, em abril
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