Correio da Cidadania

A democratização dos meios de comunicação

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A evidente parcialidade das grandes televisões e dos grandes jornais coloca na ordem do dia o problema da democratização dos meios de informação.

 

A Constituição Federal reconhece a todos os brasileiros o direito à informação, mas os oitos principais conglomerados da comunicação desafiam abertamente as normas que os obrigam a informar corretamente.

 

Infelizmente, esses grupos adquiriram tamanha força que os políticos não se atrevem a desafiá-los. E quando um mais ousado o faz, a retaliação é imediata: atentado à liberdade da imprensa.

 

Democratizar os meios de comunicação não atenta de modo algum a liberdade da imprensa. Pelo contrário, é o monopólio de mídia que cerceia, de fato, essa liberdade indispensável para o funcionamento da democracia.

 

Democratizar não é censurar, mas facilitar o crescimento de veículos ligados a todas as correntes de pensamento e de opção política. Somente na hora em que milhares de pequenos veículos independentes disputarem o espaço hoje monopolizado, a democratização ganhará força.

 

O melhor momento da tentativa norte-americana de construir um regime verdadeiramente democrático é identificado como aquele no qual os pequenos jornais locais, todos identificados claramente com algum partido político, promoviam o debate das grandes questões nacionais. Deve-se a Walter Lipprian o desserviço de fornecer justificativa racional para substituir esse modelo.

 

O grande argumento de Lipprian sobre a imparcialidade de informação é uma falácia. Serve apenas para esconder do leitor a proposta política apoiada pelos donos do veículo. O mito da imparcialidade precisa ser desmascarado, a fim de que se possa avançar na democratização da imprensa.

 

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Comentários   

0 #1 Democracia e ética na imprensaAlfredo Leal 25-08-2010 17:15
O artigo remete a um grave problema não focado versando sobre questões éticas que denunciam a deformação profissional e o abuso do poder econômico. Quando se percebe a parcialidade pró-proprietários da parte dos profissionais de imprensa torna-se necessário refazer os caminhos da mesma. Evocar liberdade de imprensa quando há flagrante desrespeito a direitos e deveres aprovados legalmente é uma forma de depreciar a inteligência do público. Que não pode ser massa de manobras de poucos e precisa respostas imediatas contra os abusos praticados diuturnamente na imprensa brasileira. Quer pelos detentores do poder econômico, quer pelos profissionais não conscientes quanto à ética profissional e social. Cidadania se constrói com respeito.
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