A democratização dos meios de comunicação
- Detalhes
- Andrea
- 19/08/2010
A evidente parcialidade das grandes televisões e dos grandes jornais coloca na ordem do dia o problema da democratização dos meios de informação.
A Constituição Federal reconhece a todos os brasileiros o direito à informação, mas os oitos principais conglomerados da comunicação desafiam abertamente as normas que os obrigam a informar corretamente.
Infelizmente, esses grupos adquiriram tamanha força que os políticos não se atrevem a desafiá-los. E quando um mais ousado o faz, a retaliação é imediata: atentado à liberdade da imprensa.
Democratizar os meios de comunicação não atenta de modo algum a liberdade da imprensa. Pelo contrário, é o monopólio de mídia que cerceia, de fato, essa liberdade indispensável para o funcionamento da democracia.
Democratizar não é censurar, mas facilitar o crescimento de veículos ligados a todas as correntes de pensamento e de opção política. Somente na hora em que milhares de pequenos veículos independentes disputarem o espaço hoje monopolizado, a democratização ganhará força.
O melhor momento da tentativa norte-americana de construir um regime verdadeiramente democrático é identificado como aquele no qual os pequenos jornais locais, todos identificados claramente com algum partido político, promoviam o debate das grandes questões nacionais. Deve-se a Walter Lipprian o desserviço de fornecer justificativa racional para substituir esse modelo.
O grande argumento de Lipprian sobre a imparcialidade de informação é uma falácia. Serve apenas para esconder do leitor a proposta política apoiada pelos donos do veículo. O mito da imparcialidade precisa ser desmascarado, a fim de que se possa avançar na democratização da imprensa.
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