Um panorama desolador
- Detalhes
- Andrea
- 30/10/2010
O debate entre as candidaturas que disputam o segundo turno da eleição presidencial está levando muitos eleitores a optar pelo voto nulo.
Longe de ser uma fuga ou um lavar de mãos, o voto nulo é uma advertência da massa popular à classe dominante.
Contudo, ao que parece, a maioria está mais propença ao clássico voto no "mal menor".
Segundo as pesquisas eleitorais, a maioria dessa maioria prefere Dilm a Serra. Mas tal previsão não é definitiva, pois todos sabem que as pesquisas não são confiáveis.
Vencendo Dilma ou vencendo Serra, a situação da classe trabalhadora não sofrerá alteração substantiva.
Ambas candidaturas pertencem ao "partido da ordem"e suas propostas de governo não ultrapassam o âmbito das políticas neoliberais.
Essas propostas não solucionam os gravíssimos problemas que tornam miserável a vida da população pobre. No máximo, podem atenuar alguns desses problemas. Porém, atenuar não é resolver.
Está ainda bem longe a hora em que a massa trabalhadora, consciente de seus direitos e ciente da exploração que está sofrendo há quinhentos anos, resolva tomar seu destino em mãos e derrubar a burguesia do poder.
Para que esta hora chegue, é necessário que os setores mais politizados da sociedade assumam uma posição mais ativa na política.
Até lá, os processos eleitorais, polarizados entre candidaturas que não se diferenciam entre si serão sempre um espetáculo medíocre e frustrante.
Não é por acaso que o último debate entre os presidenciáveis, realizado esta semana na rede Globo, teve uma audiência muito baixa. Como podem as pessoas se interessarem por discursos que apenas repetem fastidiosamente os mesmos lugares comuns?
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