Veio fazer o quê?
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- Andrea
- 30/03/2011
Obama esbanjou simpatia e bossa. Sua mulher Michele, outra simpatia muito grande, filhas, mãe e sogra compuseram um elenco de relações públicas de primeira grandeza. Até aí rosinhas flores.
Mas não podemos nos esquecer de que, com simpatia e tudo, Obama é o presidente de uma nação imperialista e que, portanto, não veio à América Latina para fazer gracinha.
Cabe indagar, primeiro, sobre o motivo da viagem. Tudo indica que o objetivo principal foi de natureza eleitoral. Os latinos são hoje o segundo colégio eleitoral norte-americano e não andam muito satisfeitos com a atitude simpática do presidente em relação ao Fidel Castro.
Agora, sobre a conversa reservada que Obama e Dilma mantiveram por uma hora e meio no Palácio do Planalto, a dúvida paira no ar. Como nada foi dito só nos cabe conjeturar.
Não parece desarrazoado levantar a hipótese de que o tema foi o Pré-Sal. Importador de petróleo, os Estados Unidos têm o maior interesse em qualquer fonte de petróleo. Mais ainda numa fonte imensa que está próxima de sua fronteira, sem os inconvenientes do Canal de Suez e das vicissitudes dos países árabes do Oriente Médio. Interesse que se torna ainda maior, no momento em que as populações do Magreb se levantam contra os emirados fornecedores do combustível.
Convém lembrar ainda em relação a esse delicado problema que o Pré-Sal está situado além das 12 milhas marítimas - distância que se considera universalmente como prolongamento da costa de um país. O Pré-Sal situa-se a mais de duzentos quilômetros da costa - distância que o Brasil fixou unilateralmente e que os Estados Unidos já declararam não aceitar. E para demonstrar sua não aceitação, já posicionou a Quinta Frota nessas águas territoriais.
No Chile, aparentemente o assunto tratado com Piñera deve ter sido vigilância sobre Evo Morales e Suzana Villagran, a fim de impedir que o mau exemplo da Bolívia e do Peru, através de sua capital Lima, se espalhe.
Não sabendo ao certo de nada, nada podemos fazer. Perdão! Mesmo sem saber ao certo, precisamos estar sempre atentos, porque "o império não dorme".
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Comentários
Concordo que essa situação está bem misteriosa.O problema está aí.
Em se tratando de simpatias, de um país que nunca morreu de amores pelos latinos,nem mesmo pelo Brasil,gostaria de saber qual acordo ou proposta espertalhona,no mínimo,foi feita para à Presidente Dilma que não pode ser revelada.
Basta agora,confiar no bom senso dela e ,esperarmos por bons acordos pois,já que temos petróleo,outros acordos virão.
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