Correio da Cidadania

O que esperar de 2012?

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Se 2011 foi um ano ruim, nada indica que 2012 será melhor.

 

A crise econômica que assola o mundo capitalista desenvolvido não dá sinais de trégua e já estão surgindo os primeiros sinais de que seus efeitos daninhos começam a afetar a economia brasileira.

 

O Brasil, até agora beneficiado pela crise, provavelmente terá de enfrentar seu impacto negativo em 2012. Quando isto acontecer, os capitais estrangeiros, que estão inundando o Banco Central com dólares voarão para seus países de origem em 24 horas, causando um desastre monumental, especialmente para os iludidos que contraíram dívidas nestes últimos anos.

 

A única vantagem desse sofrimento enorme será a desilusão do povo com o Lula, o que poderá abrir caminho para a esquerda e conseqüente mudança radical da política econômica e social do governo.

 

No plano da política, tudo vai girar em torno das eleições municipais que, como se sabe, fixam os parâmetros da eleição presidencial de 2014. A direita novamente elegerá o maior número de prefeitos, garantindo assim a eleição de seu candidato daqui a dois anos.

 

No plano internacional, as expectativas otimistas decorrem da mudança da política externa estadunidense em relação aos países subdesenvolvidos, evidenciada na retirada das tropas do Iraque, e da posição menos rígida dos Estados Unidos em relação ao Protocolo de Kyoto. Se tal posição se efetivar, o perigo de desastre ecológico será afastado.

 

No quadro externo, causa preocupação a situação de Cuba, obrigada a introduzir reformas econômicas que ameaçam criar divisões econômicas em sua sociedade.

 

Preocupa igualmente a situação política na Venezuela, dado o fortalecimento da oposição, com a unificação dos partidos que se opõem a Chávez, embora este continue, de acordo com os dados das pesquisas de opinião, com alta popularidade.

 

Expectativas boas vêm do governo Mujica, no Uruguai. O mesmo, contudo, não acontece em relação ao Peru, onde o recém eleito Ollanta Humala assumiu posições de direita.

 

Caso a esquerda não consiga mobilizar os setores populares para enfrentar seus inimigos, o ano de 2012 dificilmente se diferenciará de 2011.

 

Para evitar tal catástrofe, seus partidos não podem desanimar nem aceitar, sem luta, as injustiças que o povo vem sofrendo.

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