Trump decreta embargo contra Venezuela
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- Elaine Tavares
- 12/08/2019
O presidente dos Estados Unidos assinou, na última segunda-feira, uma ordem executiva que impõe novas sanções à Venezuela e ao governo do presidente Nicolás Maduro. A medida praticamente define o embargo econômico total. Além disso, congela as propriedades e ativos do governo venezuelano, enquanto o país lida com as atuais sanções impostas contra sua indústria petrolífera. É concretamente um roubo do patrimônio do povo venezuelano que provocará muito mais tragédia à população.
Segundo informações do Wall Street Journal as sanções à Venezuela seguem o mesmo receituário das impostas à Coréia do Norte, Irã, Síria e Cuba.
A vice-presidente venezuelana, Delcy Rodriguez, disse em uma entrevista que o país "enfrenta um golpe legal transnacional planejado pelo governo dos Estados Unidos". A Venezuela segue vivendo uma grave crise política que se aprofundou com a tentativa de derrubada de Maduro pelo deputado títere dos EUA, Juan Guaidó, em janeiro desse ano.
A ação da direita local, articulada com as ações dos Estados Unidos contra o país, tem causado sérios danos à economia e ao povo venezuelano já que o governo com os ativos sequestrados não consegue comprar os produtos que são necessários à vida, tais como comida e remédios.
Segundo a Organização das Nações Unidas, cerca de um quarto da população da Venezuela precisa de assistência e três milhões de pessoas deixaram o país desde 2016, por conta das sanções e das crises provocadas desde fora. Enquanto isso, seguem as ações na América Latina dos diplomatas estadunidense visando agregar mais apoio ao golpista Juan Guaidó, na tentativa de derrocar o governo.
Por outro lado, na Venezuela, praticamente todas as semanas a população sai às ruas em apoio ao governo, procurando manter as conquistas da revolução bolivariana em meio a toda essa campanha criminosa de saque das riquezas. A Venezuela experimenta agora o que Cuba tem vivido desde há 60 anos. Cuba sobreviveu e está de pé. O povo venezuelano acredita que também vencerá.
Com informações do Democracy Now
Elaine Tavares é jornalista e colaboradora do IELA - Instituto de Estudos Latino-Americanos da UFSC.