“Novo governo terá de lidar com a questão da Catalunha”
- Detalhes
- Raphael Sanz, da Redação
- 23/09/2019
Enquanto na maioria dos estados europeus vemos um predomínio da extrema-direita, em alguns poucos o centro e a esquerda ainda dão as cartas. É o caso do Estado Espanhol, que recentemente passou por eleições regionais, nacionais e europeias, nas quais o Partido Socialista (PSOE) foi o grande vencedor. Por outro lado, vemos crescerem as tensões em torno do separatismo catalão, uma questão muito cara em toda a extensão do Estado espanhol, tanto para os catalães que o reivindicam, quanto para os nacionalistas espanhóis que não admitem de maneira alguma a diminuição do seu território. No meio disto, durante a campanha eleitoral, ainda tivemos a prisão de Josu Urrutikoetxea, histórico militante da ETA, que levava anos desaparecido. Para entender melhor esta conjuntura e a lógica dos separatismos e autonomismos basco e catalão, entrevistamos o jornalista Álvaro Hilário, que escreve para o Correio da Cidadania e para o semanário Brecha, do Uruguai, além de meios bascos e espanhóis.
“Até mesmo as associações de vitimas do terrorismo criticaram a prisão de Urrutikoetxea. Por que justamente na metade da campanha eleitoral? Isto serviu para enlamear um pouco mais o final das eleições. Fica essa sensação. Tivemos dois meses de campanhas, primeiro para as eleições espanholas, logo com as europeias, e não há argumentos políticos de nenhum tipo, além da ‘unidade da Espanha’ e da ‘agenda da Espanha’. Assim, nesse contexto de ver quem é mais nacionalista e quem faz mais pela unidade da Espanha contra aqueles que a atacam, podemos interpretar que o PSOE, que fazia a gestão de um governo provisório após o afastamento de Rajoy, queria ter um trunfo na manga. É incrível que essas lideranças e pessoas vinculadas à ETA já levem anos desaparecidas e ainda se utilizam deste tema para fins eleitoreiros”, criticou.
O jornalista explica que os bascos conquistaram ao longo dos anos uma importante autonomia fiscal, o que permite com que o Estado de Bem-Estar funcione muito bem na região, melhor do que em qualquer outra do território espanhol, o que faz com que as pessoas não coloquem a independência em primeiro plano. O que querem os bascos é que esta página seja virada sem humilhações públicas aos presos políticos do país. Por outro lado, a Catalunha, cerca de 5 vezes maior e mais populosa, jamais conquistou tal autonomia e foi pega com força pela recessão e crise econômica, o que elevou o independentismo à ordem do dia por ali.
“Um dos problemas políticos que esse novo governo terá de enfrentar é o tema da Catalunha. E não se sabe de que forma vão lidar com isso. Temos 4 políticos catalães presos que se elegeram parlamentares na Espanha e também na União Europeia, ou seja, este problema já está internacionalizado. O PSOE em alguns momentos pode se apoiar no Podemos e na Izquierda Unida, mas em outros precisará dialogar com o Ciudadanos. Pois bem, conseguir algum apoio de Ciudadanos e ser simpático ao tema da Catalunha é um impasse e temos que ver que tipo de solução vão dar a essa questão. A sociedade catalã está dividida nesse tema”, analisou.
Leia abaixo a entrevista na íntegra.
Correio da Cidadania: Quem é Josu Ternera e como você analisa sua prisão, fruto de uma operação conjunta entre a Guarda Civil espanhola e a polícia francesa em maio passado?
Álvaro Hilário: Josu Ternera passa por ser o último grande chefe da ETA. E que já atinge certa idade, o que surpreende uma vez que as cúpulas da ETA sempre caíam com uma surpreendente rapidez. Josu Urrutikoetxea, ou Josu Ternera, esteve ligado a todos os processos de aproximação e negociação com os governos espanhóis, entre eles a última ocasião em que isso ocorreu, na Noruega. Foi a principal voz dentro da ETA que falou a favor de deixar as armas.
Por outro lado, também dirigiu a ETA na época dos carros-bomba. Uma época em que a ETA optou pela estratégia de ‘socializar o sofrimento’, ou seja, deveriam fazer sofrer a população civil espanhola para que ela obrigasse o governo a negociar. Aqui estão os carros-bomba dentro da prática armada do terrorismo onde se dão episódios como do Hipercor ou do quartel da Guarda Civil de Zaragoza onde morreram muitas crianças. É um personagem controverso: liderou a ETA em um momento que a organização optou por práticas terroristas, e também foi um dos que mais empurrou a organização ao abandono das armas.
Sobre sua prisão, vemos uma pessoa de idade e com câncer, vivendo na clandestinidade em uma cabana na montanha, apartada de qualquer tipo de atividade política, há anos. Não me lembro exatamente quando ele escapou, mas depois de algum tempo na prisão, ele saiu e foi eleito parlamentar basco, pelo partido basco Euskal Herritarrok, onde atuou na comissão de direitos humanos e não abriu concessões para o Partido Popular e nem para o PSOE. Por exemplo, quando o requerem para interrogatórios sobre sua responsabilidade em atentados como o do quartel.
Sua detenção foi um golpe realizado em plena campanha eleitoral por parte do PSOE. Como dizia, uma pessoa que está doente, leva mais de 10 anos exilada, separada da sua família, que estava controlada faz tempo, e por que o prendem justamente nesse momento?
Até mesmo as associações de vitimas do terrorismo criticaram esta prisão. Por que justamente na metade da campanha eleitoral? Isto serviu para enlamear um pouco mais o final das eleições. Fica essa sensação. Tivemos dois meses de campanhas, primeiro para as eleições espanholas, logo com as europeias, e não há argumentos políticos de nenhum tipo, além da ‘unidade da Espanha’ e da ‘agenda da Espanha’.
Portanto, nesse contexto de ver quem é mais nacionalista e quem faz mais pela unidade da Espanha contra aqueles que a atacam, podemos interpretar que o PSOE, que fazia a gestão de um governo provisório após o afastamento de Rajoy, queria ter um trunfo na manga. É incrível que essas lideranças e pessoas vinculadas à ETA já levem anos desaparecidas e ainda se utilizam deste tema para fins eleitoreiros.
Correio da Cidadania: Qual a repercussão disso na sociedade basca?
Álvaro Hilário: Nas eleições houve dois ou três dias em que houve muita atenção informativa, onde nos meios de comunicação espanhóis ele foi apresentado como um animal. Mas é preciso reconhecer que se a ETA desapareceu foi porque já não tinha apoio social. Para a sociedade, essa é uma página que precisa ser virada. E ainda que haja muita gente que não apoie a figura de Urrutikoetxea, ninguém quer que essa página seja virada de qualquer jeito, passando por humilhações. As pessoas querem esquecer e olhar adiante, então esse tipo de detenção parece algo ruim. Tampouco o tema da independência é prioritário na mente dos bascos atualmente, somos um povo que vive bastante bem e quer esquecer esse tipo de coisa, virar a página, mas sem o papo de ‘vencedores e vencidos’.
A sociedade basca é bastante tolerante e homogênea, como vemos nas eleições, e não quer que se humilhe gente como Josu Urrutikoetxea, ou que se esteja jogando com refugiados nas eleições. Claro, também há aqueles que pensam o contrário, de que há ‘crimes’ da ETA que não podem ficar impunes. Mas a sensação para a grande maioria da sociedade basca é de que isso se tratou de um ato eleitoral e mais um exercício de vingança.
Quando ele foi detido houve uma manifestação no seu povoado, Ugao (ou Miraballes, nome em espanhol), que está a uns 20 km de Bilbao. Foi uma manifestação de vizinhos na qual se juntaram umas 500 pessoas, pedindo sua liberdade. Logo depois, em plena campanha eleitoral, houve um desembarque do Ciudadanos com Albert Ribera, para fazer um ato de memória às vítimas do terrorismo. Ugao, a cidade onde isso se daria, tem uma população de cerca de 20 mil habitantes, e Ciudadanos nas eleições anteriores teve 39 votos ali. Assim, Albert Ribera fazer um ato político, em campanha eleitoral, em uma cidade onde teve 39 votos, soa como provocação. Isso também foi feito em outros lugares. São atos eleitorais para ganhar votos ‘do Ebro para baixo’, como dizemos (o rio Ebro é a fronteira natural entre o País Basco e Castela, a província central onde se encontra a capital Madrid).
São coisas que tampouco na Espanha dão muito resultado a Albert Ribera, mas que no País Basco faz com que seu partido continue sem entrar em nenhuma instituição, prefeitura ou em qualquer lugar. Se na manifestação a favor da liberdade de Josu Urrutikoetxea podia haver umas 500 pessoas, na mobilização de rechaço ao ato de Ribera participou toda a cidade. Por isso, mais além do que as pessoas pensem politicamente sobre Urrutikoetxea, elas querem algum respeito e não que os presos políticos bascos sejam humilhados e virem uma espécie de troféu ou de fantoche, utilizados nos jogos eleitorais.
Outro dado importante sobre Josu Urrutikoetxea, sua personalidade e seu papel nas negociações, vem das declarações feitas por Jesus Iuren, um dos líderes do PSOE em Gipuzkoa (província basca), que participou de conversações e negociações com o ETA e com a esquerda abertzale (esquerda nacionalista basca) e o denominou ‘o herói da retirada’. É claro, não agradou as pessoas que pretendem caracterizá-lo apenas como um monstro sanguinário.
Correio da Cidadania: Como que os movimentos pró-independência na Catalunha refletiram no País Basco? Por que hoje em dia há um apelo maior à questão catalã?
Álvaro Hilário: Todo nacionalismo, para conseguir uma coesão interna interclassista, necessita de um inimigo exterior. Estou falando neste caso do nacionalismo espanhol que antes necessitava da ETA e do nacionalismo basco, e agora este inimigo interno desapareceu. E desapareceu sobretudo nos meios de comunicação, como argumento politico, para dar vez à Catalunha.
O PSOE fez uma moção de censura no ano passado, para desalojar Rajoy do governo espanhol, e essa moção de censura foi apoiada pelos partidos nacionalistas bascos e catalães. Com isso, a direita espanhola (PP, Ciudadanos e Vox) armou a narrativa de que o poder do partido socialista se apoiava naqueles que querem ‘romper a unidade da Espanha’ e que, além disso, alguns ainda eram terroristas.
Consequentemente nas eleições saiu o tema de que ‘os que apoiam a Josu Urrutikoetxea são os que apoiam ao PSOE’. Mas o tema da ETA já está desgastado como argumento eleitoral e não esteve muitos dias debaixo dos holofotes. Quando esteve, foi lamentável.
A Catalunha é um país maior, com muitos mais habitantes que o país basco e que tem um denso tecido social, de organizações de todo tipo: musicais, culturais, esportivas, políticas, sindicais, que é o eixo de apoio dessa construção nacional, esse processo independentista. Ou seja, uma vanguarda armada é mais fácil de ser desarmada do que um povo organizado. E aí está a preocupação maior na Espanha pelo tema catalão do que pelo tema basco. Nós (bascos) somos apenas 3 milhões de habitantes e nada mais, não somos muito significativos em termos de política.
Já na Catalunha, é importante lembrar que dos cinco políticos que acabaram presos por liderar o referendo de independência de 2017, quatro deles foram eleitos deputados nos parlamentos espanhol e europeu, e um deles senador na Espanha. Entre eles, Oriol Junqueras, líder do Ezquerra Republicana de Catalunya (Esquerda Republicana da Catalunha – ERC), bem como o presidente Puidgemont, que está no exílio.
Logo teriam que suspender seus direitos, mas quem iria suspender seus direitos se a mesa do parlamento é presidida pelo PSOE? Foi aí que o tema basco entrou em cena para a direita, a fim de tentar desgastar o PSOE. Por isso digo que para além de dois ou três dias o tema de Josu Urrutikoetxea não teve muita importância nos meios de comunicação.
No país basco, as políticas sociais e o estado de bem estar funcionam bastante bem, melhor que na Espanha. Já na Catalunha a crise econômica atiçou o nacionalismo catalão e o partido hegemônico na região, hoje, é independentista.
Na Catalunha, na minha opinião, creio que sociologicamente há uma maioria que identifica a independência com uma melhor forma de fazer as coisas, uma nova forma de fazer as coisas, com muitas diferentes matizes de quem a interpreta. Enquanto no País Basco o tema da independência não está ligado a nada inovador, mas à imagem de um passado que está muito associado à utilização das armas. A população basca não interpreta a independência como uma oportunidade para algo melhor.
Em tempos de crise as pessoas não optam por experimentos ou promessas novas; ela se fecha no que já funciona. E é surpreendente o processo, o PNV (Partido Nacionalista Vasco) teve seu momento no fim dos anos 60 e agora está no maior nível de poder em todos os sentidos. Foi o partido mais votado nas três capitais da comunidade autônoma (Bilbao, Donostia e Gazteiz), não ficou mal em Navarra e controla as ‘diputaciones’ (governos de cada província), onde fazem a gestão dos impostos. Junto com o governo basco, eles manejam uma institucionalidade que foi criada há quase 40 anos com o começo da democracia, e faz sua gestão de um ponto de vista quase peronista, por ser um movimento nacionalista onde tudo cabe, a seguridade social, a escola pública, a justiça, a saúde. E são de fato melhores que as espanholas.
O independentismo que esteve sempre muito ligado à esquerda agora é mais presente na Catalunha. Bom, houve uma tentativa no país basco de se imitar o referendo catalão, mas não deu certo. Na Catalunha foi uma coisa que surgiu da base, por isso foi real. Aqui, a cúpula dirigente do EH Bildu armou esses referendos que tiveram participações muito escassas.
Naquele momento, entrevistei Arnaldo Otegi (político e ex-militante da ETA) para o jornal uruguaio Brecha e assinalei que as pessoas não estavam participando, pois não viam o tema da independência ou da autodeterminação como algo importante, simplesmente por se darem por satisfeitas com o marco atual de autonomia que tem o País Basco. Ou seja, a sociedade se contenta em poder controlar os impostos, algo que os catalães não desfrutam e é muito importante.
As ‘diputaciones’ bascas recolhem os impostos, fazem os cálculos e logo dão a parte que cabe à Espanha, como pagamento pelos serviços que o Estado ainda oferece nessas comunidades. É esse direito que os catalães não têm e pelo qual têm lutado. É também a razão pela qual a burguesia catalã inclinou-se a favor do independentismo. É um tema importante para entender o porquê dos independentismos.
Correio da Cidadania: Como projeta o período que se abre no Estado Espanhol após essas últimas eleições nacionais e europeias?
Álvaro Hilário: Tivemos o PSOE como o grande ganhador dessas eleições: europeias, nacionais, municipais e autonômicas. Os socialistas vão recuperar muitos governos. Vale lembrar que desde que ganhou a moção de censura que derrubou Rajoy, o PSOE está em ascensão, e esta subida fez do Podemos uma das suas principais vítimas. Depois de tantas discussões e conflitos internos, muita gente que antes votava no PSOE e migrou para o Podemos, acabou migrando de volta ao PSOE.
Por outro lado, a direita diminuiu. Há quase 10 anos só havia um partido de direita, o PP (Partido Popular) e agora temos três, somando o Ciudadanos e o Vox. E entre eles não juntam uma quantidade razoável de deputados. De todo modo, a socialdemocracia faz uma política de direita, muito atrelada às corporações, de maneira que na prática a direita nunca perde sua força, só age por outros meios.
Um dos problemas políticos que o futuro governo terá de enfrentar é o tema da Catalunha. E não se sabe de que forma vão lidar com isso. Temos quatro políticos catalães presos que se elegeram parlamentares na Espanha e também na União Europeia, ou seja, este problema já está internacionalizado. O PSOE em alguns momentos pode se apoiar no Podemos e na Izquierda Unida, mas em outros precisará dialogar com o Ciudadanos. Pois bem, conseguir algum apoio de Ciudadanos e ser simpático ao tema da Catalunha é um impasse e temos que ver que tipo de solução vão dar a tal questão. A sociedade catalã está dividida no tema.
Quanto ao País Basco, o PNV (Partido Nacionalista Basco, de direita) reforçou ainda mais seu poder municipal. O Euskal Herria Bildu (partido da esquerda nacionalista basca) subiu nos votos, mas é porque a participação também subiu nas três províncias da comunidade autônoma basca. De toda forma, o crescimento de votos da esquerda nacionalista não foi proporcional ao crescimento da participação, e podemos dizer que agora a esquerda se vê tocando um teto. Pelo lado do nacionalismo, o PNV lhe toma terreno ao oferecer a estabilidade social da qual falamos; já a esquerda, não se beneficiou da baixa que teve o Podemos – quem ganhou com isso foi o PSOE. Faz poucos anos o EH Bildu foi a força mais votada na comunidade autônoma basca, não perdeu tanto sua representação, mas deixar de ser o partido mais votado para o quarto, há diferença.
Sobre a Catalunha, é importante assinalar que o ‘Junts per Catalunya,’ partido sucessor do ‘Convergencia e Unió’, não alcançou os resultados que teve o Convergencia em seu melhor momento. O grande partido em nível de Catalunha, neste momento, tem sido o ‘Esquerra Republicana de Catalunya’. É o partido que mais prefeitos elegeu e mais votos conseguiu na região. Na Catalunha, assim como no País Basco, o Vox conseguiu no máximo três prefeitos, cinco para toda a extrema-direita. O PP está a ponto de desaparecer na Catalunha. É importante ver também como na Catalunha o PSOE subiu por cima do Podemos e do Ciudadanos.
Nas eleições autonômicas da Catalunha, Ciudadanos foi o primeiro partido espanholista e agora perdeu o posto para o PSOE. O que quer dizer que as pessoas, tanto no País Basco quanto na Catalunha, não gostam desse tipo de extremismo. A população em época de crise pode ir por opções seguras e firmes, sobretudo no País Basco com o PNV, que oferece alguma tranquilidade e mantém a boa vida. Mas é curioso como no país basco e na Catalunha a direita espanhola é quase inexistente, e está virando uma piada.
*Notas:
1- Em 31 de maio de 2018 foi realizada no Parlamento Espanhol, em Madrid, uma Moção de Censura ao então Primeiro Ministro Mariano Rajoy, após ter-se tornado público que seu partido, o Partido Popular, se beneficiara de um esquema de subornos ilegais. Os tribunais confirmaram a existência de uma estrutura de contabilidade e financiamentos ilegais que remontava a fundação do partido, em 1989. A moção foi realizada pelo PSOE, de Pedro Sanchez, e apoiada principalmente por partidos catalães e bascos. No dia seguinte, foi votada e Rajoy teve de se despedir do governo. Assim, Pedro Sanchez estabeleceu um governo de transição que, entre outras coisas, organizou as últimas eleições.
2- No último dia 3 de julho a Justiça Europeia impediu a posse dos parlamentares catalães eleitos Comin e Puigemont (presidente catalão na ocasião do referendo independentista): https://www.trt.net.tr/portuguese/europa/2019/07/02/justica-europeia-impede-a-puigdemont-e-comin-de-assumirem-como-eurodeputados-1229038
3 – Após as eleições, os quatro partidos dominantes (PSOE, PP, Podemos e Ciudadanos) não chegaram a um acordo que permitisse ao PSOE, vencedor majoritário, governar com estabilidade parlamentar. Caso não se chegue a novos termos até 23 de setembro, novas eleições devem ser convoncadas para 10 de novembro.
Leia também:
Adeus às armas no País Basco: ETA anuncia entrega de arsenal
Raphael Sanz é jornalista e editor-adjunto do Correio da Cidadania.