Correio da Cidadania

A voz da Palestina não morrerá

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Foto: Shirleen Abu Aqla. Reprodução.

O mundo amanheceu diante de mais um crime de lesa-humanidade do regime de Apartheid de Israel, o brutal assassinato premeditado, com um tiro na cabeça, da veterana jornalista palestina Shireen Abu Aqla, enquanto cobria, para a Al Jazeera, mais uma invasão israelense ao campo de refugiados de Jenin, na Palestina ocupada.

Ela vestia o colete de identificação internacional para jornalistas e capacete, inclusive com proteção contra disparos de arma de fogo, mas foi atingida mortalmente perto do ouvido, tornando certo que se tratou de mais um assassinato premeditado.

Assassinar jornalistas ou feri-los gravemente é prática rotineira de Israel. Nos últimos anos seus soldados atiraram nos olhos de dezenas de jornalistas palestinos, especialmente fotógrafos e cinegrafistas, todos enquanto cobriam os crimes israelenses contra o povo palestino. Quase todos ficaram cegos e sofrem até hoje de outras sequelas decorrentes dos ferimentos. Muitos foram assassinados.

A intenção de Israel é calar a voz da Palestina, cegar a Palestina. Israel não quer que o mundo saiba de seus crimes de lesa-humanidade pelas vozes e imagens dos destemidos jornalistas palestinos.

Israel age como todos os regimes fascistas agiram no curso da história. Prender, torturar, sequelar e matar jornalistas, impedir a liberdade de imprensa e de expressão é inerente ao que Israel é desde que nasceu: um regime segregacionista e de Apartheid, que se fez à base da limpeza étnica na Palestina, experimento social genocida que segue nos dias de hoje.

Israel não cumpre nenhuma das dezenas de resoluções da ONU para a Palestina, especialmente a 194, de 11 de dezembro de 1948, que reconheceu ter havido limpeza étnica e determinou o retorno dos atuais 6 milhões de refugiados palestinos. A admissão de Israel na ONU, em 11 de maio de 1949, se deu sob a condição de acatar a resolução 194, o que até hoje não ocorreu.

Por isso e pelo integral desrespeito ao Direito Internacional, por ser um regime de Apartheid, por cometer comprovados crimes de lesa-humanidade na Palestina, pedimos ao mundo proteção internacional ao povo palestino e Israel fora da ONU Já!

A voz da Palestina não morrerá. Ela ecoa pelas vozes de todos os seus jornalistas assassinados por Israel.

Shireen Abu Aqla vive!

Justiça para Shireen Abu Aqla!

Palestina Livre a partir do Brasil, 11 de maio de 2022, 74° ano da Nakba.

FEPAL – Federação Árabe Palestina do Brasil

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