Questão nuclear: carta aberta ao ministro Joaquim Levy
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- Chico Whitaker
- 03/06/2015
Sr. Ministro, temos seguido pelos jornais seus esforços para diminuir os gastos do governo. Pois teríamos uma sugestão a lhe fazer, que se mede em termos de bilhões a serem economizados imediatamente: parar a construção da usina nuclear de Angra III.
Essa obra está cercada de possíveis surpresas desagradáveis: as que já estão sendo provocadas por revelações de grandes empresas que dela participam e têm seus nomes nas listas da Lava Jato, e as que podem ser determinadas pela Justiça, caso o Ministério Público leve adiante uma denúncia feita em 2010 pelo engenheiro de segurança Sidney Luiz Rabello, da Comissão Nacional de Energia Nuclear.
Sua denúncia – que seus superiores tentaram desmentir sem o conseguir – foi a de que o projeto de Angra III é anterior aos grandes acidentes ocorridos a partir de 1979 e não foi atualizado para adequar-se às novas normas de segurança que a Agência Internacional de Energia Atômica editou, em função do acidente de Three Mile Island. O Procurador Federal então em exercício em Angra dos Reis transformou a denúncia em recomendação, bem fundamentada em processo de quatro volumes, a que infelizmente a Eletronuclear respondeu com a usual tecnicidade enganosa.
Sr. Ministro, parar esta obra, até que um dia o projeto seja revisto, lhe daria também a oportunidade de mostrar que, além de cuidar da economia, V. Exa. se interessa pela segurança e bem estar da sociedade, preocupando-se, portanto, em evitar que venha a acontecer um acidente nuclear no Brasil, provocado por falhas de projeto, como os ocorridos em Chernobyl e Fukushima.
Quem tem informações sobre os pormenores desses trágicos acidentes classifica-os como catástrofes, pelo sofrimento em curto e longo prazos dos trabalhadores das usinas e dos moradores das regiões circundantes, e pelas milhares de mortes que já causaram – continuando a ameaçar muitas gerações futuras, por força da contaminação radioativa de extensos territórios.
Mas referindo-nos apenas aos aspectos econômicos, V. Exa. certamente sabe que o sr. Pedro Malan, ministro da Fazenda do presidente Fernando Henrique Cardoso, não tomou posição a favor ou contra o programa nuclear, mas não liberou verba para a construção de Angra III por causa do seu custo.
Sabe também, certamente, que um pedido de financiamento a bancos europeus para terminar a obra ficou muitos meses pendente, por falta de resposta brasileira a questões da companhia de seguros alemã Hermes, relativas à segurança da usina, e que esse pedido de financiamento foi então repassado à nossa Caixa Econômica Federal, que não pediu nenhuma informação desse tipo e o atendeu...
Parar esta obra também economizará muitos recursos futuros – sempre na ordem de bilhões – para o atual e futuros governos, se a obra for realizada e tivermos que desativar o programa nuclear posteriormente, como está fazendo a Alemanha. O simples desmonte de uma usina e sua descontaminação (“descomissionamento”) pode durar de 20 a 60 anos, com custos em geral maiores do que o próprio custo de sua construção.
Ao tomar a decisão de descontinuar seu programa nuclear, a Alemanha passou a investir em fontes renováveis de energia, mais seguras e mais limpas – como a solar, por exemplo, que no Brasil temos de sobra para atender a boa parte de nossa demanda energética.
É bom lembrar que esses descomissionamentos nunca poderão ser deixados para depois, uma vez que centrais nucleares compõem-se de diversos edifícios, com equipamentos que não podem ser abandonados na natureza, com grandes quantidades de rejeitos radioativos (lembremo-nos de Goiânia, onde somente 19 gramas de cloreto de césio 137 deixadas num equipamento de radioterapia desativado causaram rapidamente a morte de 11 pessoas e contaminaram outras 600).
Muitos desses rejeitos têm “meias-vidas” de milhares de anos e devem ser, por isso, “escondidos” em túneis profundíssimos, isolados da biosfera, até que suas emissões radioativas caiam a níveis que não provoquem danos aos organismos vivos.
Se pararmos Angra III antes de ela começar a funcionar (e com isso passar imediatamente a ter como perspectiva transformar-se em “lixo atômico”), evitaremos essas preocupações. Só temos que desejar que não entremos numa onda mundial de abandono do nuclear por causa da ocorrência, em algum lugar do mundo, de um quarto acidente “severo”.
Mas falando de “lixo atômico”, chamaríamos sua atenção para o fato de a Justiça Federal ter determinado que as usinas de Angra deverão parar se a Eletronuclear não resolver o problema do depósito definitivo, em local seguro, dos rejeitos nucleares que elas produzem ininterruptamente. Um de nossos deputados já lembrou que até agora nenhum país rico resolveu satisfatoriamente esse problema, apesar das enormes somas nisso despendidas (para muitos especialistas, o problema dos rejeitos é insolúvel).
O problema é que, dizendo “por que só nós, então?”, um deputado conseguiu a proeza de arquivar, com seu relatório na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, um projeto que proibia novas usinas nucleares no Brasil enquanto o problema dos rejeitos não estivesse resolvido...
Pois é, Sr. Ministro, essa será outra enorme despesa se a Justiça Federal resolver que suas decisões devem ser cumpridas – e o prazo que ela deu está dentro do atual mandato presidencial.
Nem falemos se, por infelicidade, o próximo acidente nuclear ocorrer em nosso país. As despesas do governo serão gigantescas, pois dezenas de milhares de pessoas terão de ser imediatamente evacuadas da região; milhares de alojamentos deverão ser construídos; ajudas e indenizações deverão ser pagas; assistência médica e psicológica deverá ser oferecida.
O valor é tão espantoso – a ser gasto por tanto tempo – que, na Bielorrússia (por causa do acidente ocorrido em Chernobyl, na Ucrânia) e na França (onde uma das coisas que os franceses mais temem é um acidente em alguma de suas 58 usinas), inventaram programas de reeducação pós-acidente (“Ethos” e “SAGE”) em que, por não ser possível evacuar todos os que deveriam ser evacuados, se ensina e se treina os que têm de ficar a “conviverem” com a radioatividade, até que ela tenha seus efeitos fatais.
Terminando, podemos lhe dizer que suas previsões de despesas poderão explodir com a elevação contínua de custos exigida pela segurança das usinas: o senhor ministro deve estar informado de que a AREVA, empresa francesa detentora de um dos contratos para terminar Angra III, está entrando em falência por causa desses custos e não está conseguindo terminar nem sua moderníssima usina de Flamanville, na França, nem outra igual que vendeu para a Finlândia.
É certo que vai ser difícil convencer a presidenta Dilma de parar Angra III: ela era ministra do presidente Lula quando este decidiu retomar tais obras. Mas essa não é uma economia a desprezar, mesmo pagando alguma multa às empreiteiras. Talvez a gravidade da atual crise faça prevalecer o bom senso no Planalto.
Com nossos respeitos,
Chico Whitaker, arquiteto, é membro Comissão Brasileira Justiça e Paz e milita na Coalizão Por um Brasil Livre de Usinas Nucleares.
demais assinaturas:
Organizações
Alternativa Terrazul, Brasilia;
AMA - Associação Comunitária Amigos do Meio Ambiente para a Ecologia, o Desenvolvimento e o Turismo Sustentáveis, Garopaba, Santa Catarina
AMAR Associação de Defesa do Meio Ambiente de Araucária, Paraná;
AMIGOS DO BRASIL, Schwäbisch Hall, Alemanha;
APROMAC Associação de Proteção ao Meio Ambiente de Cianorte, Paraná;
Articulação Antinuclear Brasileira;
Associação Ambiental e Cultural Zeladoria do Planeta, Belo Horizonte. Minas Gerais
Casa da Cultura de Joanópolis – São Paulo.
Centro de Direitos Humanos de Cascavel, Paraná
Centro Jesuíta de Cidadania e Ação Social (CJCIAS), Curitiba, Paraná.
Comissão de Incidência Pública da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Paraná
Comissão Pastorais Sociais da CNBB – Centro Oeste
Comissão Pastoral da Terra - CPT, Nacional
Escola de Governo de São Paulo
FASE – Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional, Rio de Janeiro
FBOMS - Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, Brasília
Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social, Brasília
Gambá - Grupo Ambientalista da Bahia
GERMEN-Grupo de Defesa e Promoção Socioambiental-Ano 34, Salvador. Bahia
Green Peace, Brasil
IBASE - Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas, Rio de Janeiro
IPDM - Igreja Povo de Deus em Movimento - São Paulo - Zona Leste.
KOINONIA Presença Ecumênica e Serviço, ACT Aliança, Rio de Janeiro
Movimento Ecossocialista de Pernambuco (MESPE)
Movimento Gaúcho em Defesa do Meio Ambiente - MOGDEMA, Porto Alegre, Rio Grande do Sul
Movimento Iniciativa Popular Contra Usinas Nucleares (BR), Niterói. Rio de Janeiro
Movimento Por Mandatos Coletivos Comunitários - São Paulo
Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul, NEJ-RS.
REC - Rede de Escolas de Cidadania de São Paulo.
SAPÊ - Sociedade Angrense de Proteção Ecológica, Angra dos Reis, Rio de Janeiro
Setorial Nacional Ecossocialista Paulo Piramba do PSOL.
SODEMAP - Sociedade para defesa do meio ambiente de Piracicaba, São Paulo
Tardö Ling - Centro de Desenvolvimento Humano Cultural e Filosófico, São Paulo
Cidadãos e cidadãs
Adalcira Santos Bezerra, Bióloga/ Educadora Ambiental, Salvador, Bahia; Adelia Bezerra de Meneses, Professora – USP/ UNICAMP, São Paulo; Adriana Ancona de Faria, Professora Universitária, São Paulo; Adriel Barbosa – Teólogo, Jundiai, São Paulo; Alda Beatriz Fortes - Movimento Trabalhadores Cristãos - MTC - Regional Sul, Rio Grande do Sul;
Alessandra Cirino, Rio de Janeiro; Alessandra Jeszenski, São Paulo; Alessandra Schmitt. Antropóloga, Garopaba, Santa Catarina; Alessandra Silva – Estudante – Casa Branca – São Paulo; Allan da Silva Coelho, Professor Doutor, Curso de Filosofia do Centro Universitário da Fundação Educacional Guaxupé – Unifeg – Minas Gerais; Andrea Guaraciaba, Professora aposentada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, Rio de Janeiro; Ângela Borges, Porto Alegre - Rio Grande do Sul; Angelica Benatti Alvim, arquiteta e urbanista, São Paulo; Anna Maria de Moraes Rego Rocha, Santos, São Paulo; Arlete Moysés Rodrigues, Professora Livre Docente da UNICAMP, São Paulo; Aurea Fuziwara, assistente social, militante e pesquisadora em direitos humanos, São Paulo; Beatriz de Aguiar Bergamin, artesã, São Paulo;
Carlos Alberto Monteiro - Diretor/Presidente da Fundação Vida e Meio Ambiente - Alto Jequitibá, Minas Gerais; Carlos Eduardo P. Sander, Passo Fundo, Rio Grande do Sul; Carlos Eduardo Sander Sander, São Paulo; Carlos Henrique Knapp, escritor, São Paulo; Carlos Joelci Baumhardt Machado, Garopaba, Santa Catarina; Carlos Walter Porto-Gonçalves, Geógrafo, Professor do Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal Fluminense, UFF, Rio de Janeiro; Carolina Piccin, São Paulo; Cecilia Duprat, Psicóloga, São Paulo; Celia Juncioni – funcionária pública aposentada – Casa Branca – São Paulo; Célio Bermann - Professor do IEE/USP, São Paulo; Celso Jordão - Ribeirão Preto, São Paulo; Chico Alencar, Deputado Federal, Rio de Janeiro; Claudineia Aparecida Fonseca – Empresária – Guaxupé – Minas Gerais; Clovis Bueno de Azevedo - Professor da Fundação Getúlio Vargas, São Paulo;
Cristovam Buarque, Senador, Brasília; Daniel Monteiro Lima – Conselho Nacional do Laicato – SP2 – São Caetano do Sul, São Paulo; Daniele Tubino Pante de Souza, Professora de Arq. e Urb. na Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Porto Alegre, Rio Grande do Sul; Danielle Souza dos Santos - Professora – São Paulo; Débora Chvaicer, Rio de Janeiro; Dilma de Melo Silva, São Paulo; Diogo Baeder de Paula Pinto, São Paulo; Dionísio Sfredo, pedagogo aposentado, Goiânia, Goiás; Dom Aloisio Alberto Dilli, Bispo de Uruguaiana, Rio Grande do Sul; Dom Armandi Bucciol, Bispo de Livramento de Nossa Senhora, Bahia;Dom Erwin Kräutler, Bispo do Xingu, Presidente do Cimi, Altamira, Pará; Dom Francisco Biasin, Bispo de Barra do Pirai e Volta Redonda; Dom frei Francisco Clasen OFM, Bispo de Caçador, Santa Catarina; Dom Geraldo Lyrio Rocha, Arcebispo de Mariana, Minas Gerais;Dom Guilherme Antônio Werlang, Bispo de Itapemiri, Goiás; Dom João Justino de Medeiros Silva, Bispo auxiliar de Belo Horizonte, Minas Gerais; Dom José Chaves, bispo emérito de Uruaçu, em Goiás; Dom Leonardo Ulrich Stein, Bispo auxiliar de Brasília, Secretário Geral da CNBB; Dom Manuel João Francisco, Bispo de Cornélio Procópio, Paraná; Douglas Hartman – ex-funcionário do IPEN/Comissão Nacional de Energia Nuclear – São Paulo; Dulce Elisa Sartori – Professora aposentada da Rede Estadual de Ensino SP – Casa Branca – São Paulo; Eduardo Abramovay, produtor de cinema, São Paulo; Eduardo H. Bastos, São Paulo; Eduardo Meireles, Professor, São José do Rio Preto – São Paulo; Egberto Pereira dos Reis – doutor em Educação e coordenador do Curso de Filosofia do UNIFEG – Guaxupé- Minas Gerais; Elitânia de Morais, Agente das Pastorais Sociais, Dom Pedro, Maranhão; Elizabeth Bello, Socióloga, São Paulo; Elizete Galante Bissochi – Professora e diretora da APEOESP – Casa Branca – São Paulo; Emiko Okuno, Professora de Física das Radiações, USP, São Paulo; Enilde Borges Costa, São Paulo; Euler Sandeville Jr., Professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente da USP, São Paulo; Eunice Wolff, São Paulo;
Fernanda Couzemenco Ferreira, Jornalista, Vitória, Espírito Santo; Fernanda Malafatti Silva Coelho – advogada, militante de DH – Casa Branca – São Paulo; Flavio Villaça, Professor aposentado da FAUUSP, São Paulo; Frei Betto, São Paulo; Gianni Avelino – Nucleo Frei Tito, Guarulhos, São Paulo; Gilberto Casadei – Professor de Filosofia da Rede Estadual de SP – São Paulo; Gilson Moura Henrique Junior, Historiador, Pelotas- Rio Grande do Sul; Halina Sonia Radecki Verdade, Arquiteta e Urbanista, Jaguariúna, São Paulo; Hebert Lopreto, livreiro, São Paulo; Heitor Scalambrini Costa – professor da Universidade Federal de Pernambuco; Heloísa Fernandes, socióloga, São Paulo; Heloisa Szymanski, Psicóloga, São Paulo; Henrique Moraes Ziller, Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União, Brasília; Henrique Pereira Braga, Economista, Jaguariúna. São Paulo; Iara Machado, São Paulo; Iildo Luis Sauer, diretor do Instituto de Energia e Ambiente da USP, São Paulo; Ivonio Barros Nunes, educador popular e ativista de direitos humanos, Brasília; Jerusa Vieira Gomes, Livre Docente pela USP, Professora-Associada da FEUSP; João Batista de Andrade, escritor e cineasta, São Paulo; João Carlos Correia, Professor Doutor, Arquiteto e Urbanista, São Paulo; João Carlos di Correia, Arquiteto, São Paulo; João Sette Whitaker Ferreira, arquiteto, Professor da FAUUSP, São Paulo; Joaquim Francisco de Carvalho, engenheiro nuclear, IEA USP, Rio de Janeiro; José Lourenço Pechtoll, Jornalista, Santo André, São Paulo; José Pedro Hardman Vianna – Advogado – Rio de Janeiro; Juliana Simionato Costa, Estudante de Arquitetura e Urbanismo FAUUSP, São Paulo; Katia Zilli, Curitiba, Paraná; Kleber William Alves da Silva – Professor da Rede Municipal de São Paulo – Guarulhos, São Paulo; Lauri Wirth – pastor luterano e professor doutor no PPG-Ciências da Religião – UMESP, São Paulo; Lenina Pomeranz, Prof. Dra. Associada. Departamento de Economia da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo; Lidia Maass Reis, analista ambiental Rio de Janeiro; Lilian Kogan, Pedagoga, São Paulo; Lilian Pires Staningher, Campinas, São Paulo; Lisete Regina Gomes Arelaro, Professora do Departamento de Administração Escolare Economia da Educação da FEUSP, São Paulo; Livia Morena Brantes Bezerra – Analista em Reforma e Desenvolvimento;
Lucas Henrique da Luz, São Leopoldo, Rio Grande do Sul; Luciana Nigoghossian dos Santos, São Paulo; Luciana Rodrigues Ferreira – Cidadã – Guaxupé – Minas Gerais; Luciana Szymanski Ribeiro Gomes, Psicóloga, Professora da PUC, São Paulo; Luciano Caparroz Pereira dos Santos, Advogado, Presidente do Centro Santo Dias de Direitos Humanos, Diretor do MCCE- Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral; Luciano Vasquez, Jundiaí, São Paulo; Luciene da Silva Coelho – Astrofísica, doutoranda na USP – São Paulo – São Paulo; Lúcio Gregori, engenheiro, aposentado, Jundiaí, São Paulo; Luís Augusto Castilho Barone, arquiteto, São Paulo; Luis Otávio Calagian, arquiteto, São Paulo; Luiz Alberto Gómez de Souza, sociólogo, Universidade Candido Mendes. Rio de Janeiro; Luiz Antonio d´Almeida Eça, blogueiro, São Paulo; Luiz Barone, Economista, São Paulo; Luiz Carlos Miyasawa, estudante, São Paulo; Luiz Enjolras Ventura, artista plástico, Rio de Janeiro, RJ; Luiz Gonzaga d Avila Filho – Consultor, São Paulo;
Luiz Patricio Basso Salgueiro, Porto Alegre-Rio Grande do Sul; Manoelino Carvalho Filho, Igarassu, Pernambuco; Marcelo José Botelho Viana, Casa Branca, São Paulo; Marcos A. Costa, UNAVALE, Taubaté, São Paulo; Marcos Corrêa da Silva Loureiro – Professor Aposentado da UFG – Goiânia-Goiás; Margarida Genevois, Comissão Justiça e paz de São Paulo; Maria Alice de Araujo Sette, Física, São Paulo; Maria Augusta Fernandes, Funcionária do Ibama, Coord. Amigos do Parque Ecológico Burle Marx – Brasília; Maria do Carmo Sette de Azevedo Silva, socióloga, aposentada, São Paulo; Maria Helena Oliva Augusto, professora universitária – USP, São Paulo; Maria Olympia França, Psicanalista e docente da Sociedade Brasileira de Psicanalise de São Paulo; Maria Rosa Ravelli Abreu, Projeto. Cidade Verde, Universidade de Brasília; Maria Victoria de Mesquita Benevides Soares, Professora da USP, São Paulo; Marie Louise Genevois, São Paulo; Marijane Lisboa, Professora da PUC, São Paulo; Marilena d´Almeida Eça – paisagista, São Paulo; Marilia Balbi, jornalista, São Paulo; Marilia Ignez Moreira, paisagista, São Paulo; Marina Borri Martins – Professora – Casa Branca – São Paulo;Mario Gabriel Guarino, astrólogo, Rio de Janeiro; Mário Sérgio Bortoto, Movimentos Sociais Perus, São Paulo; Maurício Jorge Piragino, diretor Escola de Governo, São Paulo; Michael Löwy – Sociólogo, Prof. Dr. Emérito do CNRS-França; Milton Granado, arquiteto, São Paulo;
Miriam F.A. Meyer, arquiteta, São Paulo; Mônica Audi, São Paulo; Murilo Marques de Carvalho Filho, Niterói, Rio de Janeiro; Nair Alves da Silva – Nucleo Frei Tito, Guarulhos, São Paulo; Orlando Fantazzini – advogado e ex-presidente da Comissão de DH da Câmara Federal, São Paulo; Padre Antonio José Maria de Abreu, jesuíta, economista. São Paulo; Padre Henrique de Moura Faria, Fórum Político Inter Religioso de Belo Horizonte e Instituto de Direitos Humanos de Belo Horizonte, Minas Gerais; Paulo Nührich, ecologista, Rio Grande do Sul; Paulo Roberto Demeter, Itabuna, Bahia; Pedro Chaltein Almeida Gontijo, Coordenador do SVI-Brasil – Serviço Voluntário Internacional do Brasil; Pedro E.Gontijo, Departamento de Filosofia da Universidade de Brasília e Comissão Brasileira Justiça e Paz; Pedro Henrique Torres – Doutorando em Ciências Sociais – PUC-Rio de Janeiro; Pedro Renato Carlesso, Curitiba, Paraná; Prof. Dirceu Benincá, Erechim, Rio Grande do Sul; Prof. Gerson Wasen Fraga, Licenciatura em História, UFFS – Campus Erechim, Rio Grande do Sul; Profa. Dra. Elizabeth Larkin Nascimento, Diretora do IPEAFRO – Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros, Rio de Janeiro; Rafael Soares de Oliveira, Diretor Executivo KOINONIA Presença Ecumênica e Serviço. Rio de Janeiro; Raimunda Monteiro de Souza, Educadora Ambiental, São Paulo; Raphael Grazziano, Osasco, São Paulo; Raquel Galvão de Carvalho – estudante de biblioteconomia FESPSP, São Paulo; Raymundo Medeiros, Engenheiro Civil e Eletricista, Instituto de Engenharia, Sociedade Amigos do Boaçava, São Paulo; Regiane Baldo Batista – Professora – São Paulo; Regina Célia Soares Bortoto, Universidade Livre e Colaborativa, Movimento Educação Perus, São Paulo; Renato Botão, São Paulo; Renato Thiel, Representante da CNBB no Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social;
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