O Papa e a Rio+20
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- Roberto Malvezzi (Gogó)
- 14/02/2012
Bento XVI, assim como outros papas, tem o costume de solidarizar-se com as vítimas das grandes catástrofes. Sempre há uma palavra de solidariedade, muitas vezes uma carta, como forma de comungar a tragédia vivida em qualquer canto do planeta. Uma de suas últimas manifestações nesse sentido foi em relação às vítimas das nevascas no leste europeu. Esse gesto demonstra que ele está conectado aos fatos, que os sofrimentos da humanidade não lhes são indiferentes.
Entretanto, dado o cargo que ocupa, grande parte dos cristãos espera do Papa muito mais que uma oração ou uma carta de solidariedade para essas vítimas das grandes catástrofes. Ainda esperamos que o Papa faça algum gesto real, concreto, visível em relação à preservação da vida na Terra, particularmente diante das Mudanças Climáticas.
A Rio+20 está sendo anunciada como um fracasso mesmo antes de acontecer. O que provoca essa percepção de fracasso são os documentos oficiais, particularmente do Brasil e da ONU, propondo como solução para a crise climática a chamada “economia verde”, para muitos apenas a reciclagem do capitalismo, mercantilizando os últimos bens naturais que até agora eram considerados patrimônio de toda a humanidade e de todos os seres vivos, particularmente a água e a própria biodiversidade. Mas não há qualquer proposta de declinar do atual modelo de produção e consumo. Dessa forma, a consumação da Mudança Climática em marcha será inevitável.
Seria um gesto histórico se o Papa convidasse, para os dias da Rio+20, um encontro de todas as grandes religiões para Assis, para a casa de Francisco – o santo dos ateus e de todas as religiões -, a fim de juntas chamarem todos os seus fiéis do planeta para unirem-se a todos os homens e mulheres de boa vontade, encontrando uma saída de vida para a humanidade e todos os outros seres vivos.
Há um vazio de lideranças mundiais nesse momento crucial da história. As elites do mundo estão preocupadas apenas em salvar a própria pele, deixando bilhões de seres humanos morrerem à míngua sob tsunamis, terremotos, enchentes, nevascas, soterramentos, enfim, a longa ladainha de tragédias que já afetam nosso século.
Quem sabe esse desejo não seja sonhar demais, nem pedir demais. Está na hora de alguma liderança mundial pensar mais na humanidade que em seu próprio rebanho.
Roberto Malvezzi (Gogó) é assessor da CPT (Comissão Pastoral da Terra).
Comentários
Guardarei meus pedidos para esta data, acho que Julho de 2013, para dois setores. Explico:
O Rio é considerada mundialmente e anunciada assim, para segmento expressivo e gastador, como é o turismo de homossexuais, hoje uma referência de consumo, acho que até mais do que de preferencia.
Os artíces deste encontro católico foram o governador sergio cabral filgho e o prefeito eduardo paes, com direito à viagem a Madrid, no apagar das luzes do encontro do ano passado.
Estes governantes, o sergio cabral filho de forma mais, digamos, aberta, estimulam que a cidade seja considerada a capital do Turismo de Homossexuais, estimulam que a cidade tenha eventos e equipamento hoteleiro, casas de diversão específicas do ambiente homossexual (lamentavelmente lutam para poderem ser livres na sua preferência sexual, mas em guetos e não em qualquer ambiente para ddiversão e lazer, democraticamente e com os mesmos direitos dos heterossexuaisnos).
Assim meus pedidos são:
1) para a comunidade homossexual: que promova manifestações pacíficas junto à comunidade de jovens católicos e ao próprio Papa, promovendo a necessidade de apoio à livre preferência sexual, o estímulo ao uso da camisinha, como medo contraceptivo e que o homossexualismo, por si só, não é doença ou desvio de conduta. Estes existem relacionados a TODAS as preferencias sexuais, como vemos todos os dias na imprensa escrita, falada e televisada. E o sexo entre pessoas saudáveis e não "desviadas" também é muito comum entre os homossexuais.
2) O outro pedido é para a comunidade católica e ao Papa: Que aceite pautar esta discussão, dentro dos termos colocados.
Independente de tudo isso, se faz necessário que a Comunidade pela Livre Preferência Sexual e seus apoiadores não deixem de fazer muitas manifestações e atividades, inclusive expondo que existem muitos homossexuais que se consideram católicos e evangelizados pela ação Divina e pelas Palavras e Atos de Cristo, com o eslogan Merecemos o Punição? Seria de grande efeito, na minha opinião.
Será emocionante ver o Encontro de Jovens Católicos ser realizado na Capital do Turismo Homossexual.
Será ridículo não estar na pauta, mesmo alternativa ao encontro, este palpitante assunto. Sugiro até a realização, nos mesmos dias, ou parte deles, o Encontro de Homossexuais Católicos, também aqui no Rio.
Democracia é isso, minha gente! Doa onde doer.
bem, prá quem se considera um Ateu?agnóstico muito bem evangelizado pela compreensão do que possibilitou à humanidade a existência (real ou imaginária) do verdadeiro Jesus Cristo, não aquele dos cardais e que tais, acho que já me imiscuí bastante neste assunto.
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