Correio da Cidadania

Dilma e Aécio vendem o sonho, mas entregarão o pesadelo

0
0
0
s2sdefault

 

 

Está mais do que claro de que se trata de estelionato eleitoral e tem razão Valério Arcary com o seu brilhante texto Não declares que as estrelas estão mortas só porque o céu está nublado.

 

Evidente que há diferenças importantes entre o que pretende o neoliberal e reacionário Aécio Neves, com discurso enganador, populista de direita - autoridade com vícios mundanos -, e a social democracia do governo Dilma Rousseff, de petistas chapa branca, comunistas de logotipo e outros mais.

 

E o programa do tucano Aécio Neves é muito pior, porque implica na volta da política econômica dos tempos de FHC, dos escândalos das privatizações e alinhamento incondicional aos interesses imperiais dos EUA.

 

Mas, na farsa eleitoral, os apoiadores de Dilma beiram ao histerismo ao exigir dos comunistas, a esquerda revolucionária, o voto na sua candidata no segundo turno.

 

O próprio governo Dilma/Lula levantou uma pedra sobre a própria cabeça e, se for derrotado, o será pelos seus próprios erros e alianças espúrias com representantes da direita e da ditadura, tipo Paulo Maluf e Delfin Netto.

 

Mas movimentos sociais combativos – alguns viraram ONGs -, que escreveram matérias sobre as “qualidades” de Eduardo Campos, em Pernambuco, que teria feito e “apoiado a reforma agrária”, agora estão numa sai justa com a adesão do PSB, da mulher e filhos do ex-governador morto a Aécio Neves.

 

Ainda assim insistem no equívoco de responsabilizar a esquerda revolucionária por eventual derrota do PT chapa branca. Contam com a colaboração de parlamentares do PSOL, que cortaram de banda.

 

Tanto faz que vença Dilma ou Aécio, pois os bancos, empresas nacionais, internacionais e empreiteiras que deram dinheiro para as suas campanhas vão continuar nadando de braçada.

 

Por isso, teremos de bater de porta em porta e chamar o povo para a luta. Os trabalhadores brasileiros precisam resistir ao pesadelo antinacional, contra o conservadorismo, à perda de seus direitos, e dar um basta na transição conservadora, na impunidade dos facínoras torturadores da ditadura e pelo menos fazer o que o Partido dos Trabalhadores original dizia pretender.

 

Mas tendo claro que terão de se bater pelo Partido da Classe Operária, o poder operário e popular, e pela democracia proletária numa peleja de longa duração.

 

Otto Filgueiras é jornalista e está lançando o livro Revolucionários sem rosto: uma história da Ação Popular.

0
0
0
s2sdefault