Dez lições de uma noite histórica - para não dizer que nada disse
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- Roberto Malvezzi (Gogó)
- 20/04/2016
Gravem a votação da Câmara, um dia mostrem aos filhos que ainda não nasceram. Jamais eles terão uma aula de política brasileira como a que mais de 500 deputados nos presentearam. Dez lições para jamais esquecermos:
Deus é um sujeito amoral, corrupto e sem caráter.
Não vote jamais. Se votar e não for conforme minha vontade, eu casso seu voto.
Mulher presidenta só serve para ser torturada, estuprada, ofendida e destratada em público.
Num país como o Brasil o parlamentar pensa em sua mulher, seus filhos e seus eleitores.
A história sempre se repete como fato, não como farsa. Que o diga a Globo (Marinhos), a
Folha de São Paulo (Frias), a Abril (Civita), a Fiesp, a OAB, o Supremo Tribunal Federal e o Bolsonaro.
No Brasil nunca diga “jamais”: a tortura, o golpe, a fome e a miséria sempre podem voltar.
Democratas de ontem podem ser os golpistas de hoje e a traição é a regra da sobrevivência política.
Estou me lixando para a democracia, a ética, a justiça e para o que você pensa.
Políticos dignos são minoria, mas eles existem e brilham como lâmpadas no inferno.
Por último, um recado de Cunha a Temer e a todos os brasileiros: “por hora sou vice, mas ainda serei o presidente do Brasil”.
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Roberto Malvezzi (Gogó) possui formação em Filosofia, Teologia e Estudos Sociais. Atua na Equipe CPP/CPT do São Francisco.