Plataforma sindical ignora golpe e busca corrigir Reforma Trabalhista
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- Paulo Pasin
- 14/06/2018
Ato de lançamento da agenda prioritária. Site CUT Nacional
Diante do brutal ataque aos direitos trabalhistas, sociais, previdenciários e democráticos, é urgente a construção da luta unificada para enfrentar o Capital e seus governos. Toda iniciativa neste sentido é bem vinda. Por isso é importante que o movimento sindical debata nas bases a pauta que unifica a classe para a organização do Dia Nacional de Manifestação e Paralisação, convocado pelo Fórum das Centrais Sindicais para o dia 10 de agosto.
No evento em que foi anunciado este dia de mobilização, também foi apresentada pelas centrais (CUT, Força Sindical, CTB, Intersindical, Nova Central Brasileira, UGT e CSB) a “agenda prioritária da classe trabalhadora”, uma plataforma com 22 itens que será apresentada a parlamentares e aos candidatos às eleições.
Um documento que, para contemplar a opinião política de centrais que abertamente apoiaram o golpe midiático-jurídico-parlamentar que conduziu o odiado Temer ao poder, omite que estamos vivendo um período de exceção. Ou seja, é a negação da unidade encoberta com gritos de unidade. Derrubar Temer e seus comparsas, que são rechaçados por toda a população e estão dividindo até os setores das classes dominantes que patrocinaram o golpe, é o desejo do povo brasileiro.
Fruto desta gravíssima “omissão”, o Fórum das Centrais trata as eleições de 2018 como se fossem livres e democráticas. Mesmo sabendo que existe uma operação midiática e jurídica para impedir a candidatura do ex-presidente Lula. Nós fizemos oposição pela esquerda aos governos do PT, não ocupamos cargos nestes governos, lançamos a candidatura de Guilherme Boulos e Sonia Guajajara, nem por isso deixamos de defender o direito democrático do ex-presidente ser candidato e sua liberdade imediata.