Correio da Cidadania

Chico de Oliveira: ‘não há nada importante em disputa para 2010, apenas o poder’

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Com a proximidade de mais um final de ano marcado por turbulências e escândalos que seguem a desmoralizar a política diante dos cidadãos, o país se prepara para adentrar mais um ano eleitoral. Com vistas a tratar dos cenários que devem se apresentar em 2010, o Correio da Cidadania conversou com o sociólogo Francisco de Oliveira, professor aposentado da USP.

 

Em seu entendimento, não veremos nada mais que um jogo de cartas já marcadas, no qual a programática estará descansando em um costado, dando lugar a meras disputas pelo poder, entre correntes que pouco ou nada se diferenciam. É inclusive esse cenário monolítico que conduz o debate para o lado rasteiro de baixarias e escândalos sempre frescos para o público.

 

Em meio a ideários que se repetem entre correntes outrora antagônicas, Chico de Oliveira ressalva apenas alguns avanços na assistência social (via que não lhe agrada de todo) e numa nova diplomacia nacional. No entanto, alerta que a oposição de direita ainda não se conscientizou de que, deixando desavenças e vaidades internas de lado, pode triunfar.

 

No que se refere ao que realmente se poderia sentir como novas ondas no mar, o sociólogo pernambucano desestima o fator Marina, sem fôlego para ir longe a seu ver. Por fim, critica duramente a possibilidade de não ser formada uma frente de esquerda similar à de 2006, classificando de "oportunismo e miopia política" uma aliança do PSOL com Marina.

 

Correio da Cidadania: Como analisa o quadro político brasileiro com 2009 chegando ao final e na perspectiva de um ano eleitoral pela frente?

 

Chico de Oliveira: Vejo de forma bastante simples na verdade. O quadro já está desenhado, não vai mudar, salvo se o ‘vampiro medroso’ de fato não concorrer, o que não é de se esperar. É uma disputa eleitoral PT-SPDB. Mas só eleitoral, não haverá nada em jogo.

 

Coisas decisivas, o ponto de vista da economia e da sociedade, não estão nem um pouco em jogo. É por isso que a política tem ficado nessas firulas, ataques, artigo de César Benjamin... Porque realmente não tem nada importante em disputa, apenas o poder, este sempre importante.

 

CC: O que a oposição de direita deve vir a fazer para tentar virar um jogo que se apresenta desfavorável a eles? Acredita que os escândalos e baixarias serão a estratégia explorada?

 

CO: É essa a alternativa, pois ela não tem programa alternativo. O paradoxo é que o governo do PT realizou e radicalizou o programa tucano. Salvo algumas perfumarias na área social e na política diplomática externa, muito mais arejada, não tem muita diferença.

 

Dessa forma, os tucanos não podem atacar a própria criatura, restando a baixaria. Mas está muito difícil, porque o senador Azeredo teve sua denúncia aceita pelo STF e agora Arrudão jogou a pá de cal. Mas o embate vai se desenrolar por esse caminho mesmo, já que no mais eles estão todos de acordo.

 

CC: Como se encaminha o governo Lula para as disputas de 2010? Acredita que suas bases de sustentação se manterão firmes?

 

CO: Não, isso ainda não está garantido. Não existe na experiência da história política brasileira nenhuma transferência de votos desse porte. É verdade que a redemocratização ainda é curta, apenas 20 anos, mas, numa experiência anterior, Juscelino, no auge de sua popularidade, não conseguiu eleger seu sucessor.

 

Não há nada garantido, Dilma não pode ter a certeza da transferência de votos de Lula, ainda que se use a máquina do Estado o quanto puder. Principalmente se os tucanos acordarem e se conscientizarem de que, marchando desunidos como quinta coluna do Aécio, serão derrotados; marchando unidos, têm uma chance alta de derrotar o Lula.

 

CC: Alta?

 

CO: Alta, pois os colégios eleitorais de São Paulo e Minas Gerais engolem o resto do Brasil.

 

CC: No fundo, podemos considerar que dá na mesma PT ou PSDB no governo, ou poderia haver uma diferença, mesmo que sutil?

 

CO: É difícil responder a essa pergunta, porque para os pobres evidentemente faz diferença o Bolsa Família, embora eu não goste do programa. Mas não posso negar que quem tem fome precisa comer. E também tem uma política externa através da diplomacia que é importante para outros países da região, como Venezuela, Bolívia, Equador, que têm tentado vias democráticas muito particulares. Para eles, o Brasil é uma garantia, seria importante manter e até ampliá-las.

 

Há alguma diferença; no entanto, no marco mais geral, ela é menor.

 

CC: Como enxerga a possibilidade da candidatura Marina? Servirá para arejar ou para distrair, sem incomodar o viciado jogo institucional?

 

CO: Eu acho que ela não vai ter essa votação toda. Quando chegar a reta final e os ânimos estiverem exacerbados, a candidatura da Marina vai murchar, porque os eleitores sabem que ela não é a alternativa. Não tem força para se colocar como tal. Esse discurso verde não pega muito. Ela é muito simpática e ecologista, mas isso não faz um presidente.

 

Tenho a impressão de que, quando chegar a reta final, ela perderá espaço.

 

CC: Algum partido de esquerda pode ser alternativa no debate?

 

CO: No debate sim, mas como alternativa real não há nenhum partido de esquerda. Nem PSOL, nem PCB, nem PSTU... Minha própria posição é de que esses três partidos de esquerda deveriam formar uma frente e reproduzi-la, a fim fazer uma crítica e reapresentar o programa do socialismo à cidadania brasileira.

 

Trata-se de reapresentar para fazer uma crítica rigorosa, aproveitando o momento eleitoral para isso, mas sem nenhuma chance real de chegar ao governo. Aliás, é bom que Deus nos proteja, porque, se chega a governar um país como esse sem bases políticas reais, não demora um mês no poder.

 

CC: E a polêmica interna ao PSOL acerca de se lançar candidatura própria ou se aliar a Marina, como enxerga?

 

CO: Creio ser oportunismo do ponto de vista de quem não quer ter candidatura própria. Em primeiro, porque pensam que a Marina terá um alto desempenho, a exemplo da Heloisa Helena em 2006. Não vai. A impressão que tenho é de que a Marina vai murchar e a Heloisa não vai trocar uma cadeira certa no Senado pela incerteza. Vejo isso, portanto, como oportunismo e falta de visão estratégica.

 

Em segundo lugar, porque apresentar uma candidatura própria não tira os votos que eleitores do PSOL vão direcionar para eleger deputados com os quais eles já contam. Acho isso uma aventura irresponsável e miopia política.

 

Gabriel Brito é jornalista.

 

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Comentários   

0 #22 O Estrago Está FeitoRaymundo Araujo Filho 25-12-2009 08:58
Ontem, pela segunda vez, saiu matéria com Foto , no jornal O Globo(e provavelmente outros de grande circulação), de novo encontro da Heloísa Helena e Marina Silva aos sorrisos (riem de quê?) com a reafirmação da opção pró-Marina de HH, a figura que detêm mais de 70% de TODA a visibilidadedo do PSOL (dentro da massa de eleitores).

Reafirmo minha opinião que, se os apoiadores da Anti Candidatura (= Voto de Protesto)de Plínio Arruda Sampaio, e eu fui um dos apoiadores de primeira hora (inclusive sugerindo o nome Anti Candidatura), e refiro-me aos apoiadors filiados ao PSOL (não sou filiado a Partidos)não jogarem pesado dentro do Partido, inclusive reafirmando a DESFILIAÇÂO de TODOS que sofrem este Golpe que é o apoio à Marina Silva, preservando os que têm mandatos a cumprir (ou negociando com o PSOL a saída do partido sem perda do mandato, como Marina quando foi para o PV), e isso ATÉ o FIM do Ano, mas tardar primeiros 10 dias de janeiro, a Anti Candidatura de Plínio estará irremedialvelmente "cristianizada", mesmo que vença a convenção do Partido, em Março.

O PSOL em 5 anos, conseguiu o que o PT demorou vinet para fazer, isto é, golpear a esquerda com a Colaboração de Classes e a despolitização da política, que aos olhos de HH e Luciana Genro, além de 13 dos 16 membros do DN do PSOL, a tornando uma Ação entre amigas ou uma aventura de negócios eleitoreiros.

Outra coisinha: Como fazer uma candidatura à esquerda, com o PSTU adotando o discurso de Bush, contra Chávez, com todos os reparos que poderíamos fazer a ele, mas sem desapoiar o Momento Venezuelano?

Tenham a paciência....
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0 #21 CRESCE A PRÉ-CANDIDATURA PLINIO PRESIDEAldo Santos 24-12-2009 16:19
Cresce a pré-candidatura de Plínio de Arruda Sampaio.

No dia 22 de dezembro de 2009 foi realizada uma importante plenária em SBC,de apoio a pré-candidatura de Plínio de Arruda Sampaio com a presença de aproximadamente 80 pessoas, que participaram ativamente do evento regional .
Por mais de duas horas, o Plínio falou e ouviu propostas e considerações sobre o acerto do lançamento de sua pré-candidatura a Presidência da República pelo Psol.
A plenária foi representativa, com filiados e lideranças de São Caetano doSul, Santo André, Diadema e São Bernardo do Campo, além da presença de representantes do PSTU.
O companheiro Plínio, fez profundas reflexões sobre a importância da Educação e a valorização do magistério, do papel estratégico do Pré-Sal e o profundo zelo pelo meio ambiente que está comprometido pelo capitalismo predatório. Chamou atenção para o papel da Soberania Nacional e regional, diante da instalação das Bases Americanas na Colômbia,pois as mesmas significam uma agressão e uma afronta ao continente latino-americano.
Falou do seu compromisso histórico com uma reforma agrária pra valer, além do seu empenho com a saúde habitação e da necessidade de se rediscutir uma nova matriz da mobilidade e outros temas apresentados no debate.
Elogiou as resoluções políticas da ultima reunião do Diretório Nacional afirmando que tem concordância com as mesmas e disse que se seu nome for escolhido pelo Partido, seu plano de governo será construído a partir das entidades de classe e do povo organizado.
Em relação à estratégia eleitoral destacou três pontos:
1-Programa: Construir um programa de esquerda para unificar o partido e a esquerda brasileira, numa política de aliança com o PSOL, PSTU e PCB, tendo por base a luta pelo socialismo. Esse programa deve ser formulado a partir das entidades de classe e dos lutadores brasileiros;
2-Discurso: Deve ser Coerente e conseqüente , voltado para a grande maioria do povo brasileiro , sintonizado com os anseios e necessidades de mudanças e destruição do capitalismo rumo a construção do Socialismo;
3-Atitude: Destacou a atitude Moral, pois “não se faz uma revolução sem uma moral revolucionária”.
Em relação à disputa interna, considerou um erro qualquer possibilidade de alianças para fora do partido, fundamentalmente com partidos da base governista como é o caso do Partido Verde, que através de sua candidata(Marina Silva) apoiou as principais políticas que comprometem o meio ambiente.
Sobre a divulgação da campanha, devemos usar todas as formas de comunicação disponível,além de reuniões , debates e o eficaz o corpo-a-corpo eleitoral .
Prioritariamente, devemos imediatamente utilizar a comunicação alternativa como meio prático para atingir-via internet a opinião, formando uma rede capilarizada de comunicação para fazer a diferença.
Por último, disse que as candidaturas de Serra e Dilma representam o continuísmo capitalista e assumiu o compromisso de juntos construirmos um novo país com uma campanha que deve ter dois objetivos:espargir as sementes do Socialismo Científico e vencermos a disputa eleitoral em 2010.

Construir o socialismo é preciso !!!


Aldo Santos
Sindicalista, Presidente da Associação do professores de filosofia do Estado de São Paulo, Coordenador da Corrente política TLS, membro do diretório Nacional e da Executiva Estadual do Psol.(24/12/09)
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0 #20 As contestações, por favor...Raymundo Araujo Filho 23-12-2009 13:27
Falam , escrevem, mas objetivamente não contestam os dados reais que disponibilizamos. O Lullo Petismo, seguindo as piores tradiçõ9s da ex esquerda conservadora, apenas classifica e adjetiva os oponentes. Nada de substantivo colocam na mesa. Além do Peru de Natal.

A altrnativa para esta tragédia farseca que vivemos, será a dura reconstrução de um Movimento Social combativo, anestesiado que foi pela Ex Esquerda Corporation S.A.
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0 #19 Chico Oliveira: distante da realidadeJackson 21-12-2009 08:29
Completamente distante da realidade. Assim está Chico de Oliveira. Está em disputa não só o futuro do Brasil, mas da América Latina. A vitória de Dilma significa não 12 anos de governo de esquerda no Brasil, mas 20, já que em 2014 Lula vem aí... Já a derrota, é o início da derrocada da esquerda no continente.
E qual a alternativa? O eleitoralismo do PSol??
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0 #18 Pequena Burguesia BlaséJosé Fonseca 20-12-2009 16:00
Toda a entrevista fede à pequena burguesia. Uma mistura insuportável de prepotência intectual com impotência social. Perdido nas suas nuvens acadêmicas o esquerdista caga para o povo. Não tem problema, o povo caga para ele e adora o Lula...
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0 #17 Propaganda social democrataLeandro Cortiz 17-12-2009 09:40
A Seita lulo-tucanista que foi bem representada nos comentários abaixo da interessante entrevista de Chico oliveira, mostram que o inebriamento da massa torcedora é a cerne desse tipo de seguidor. Mais conhecida como massa de manobra. Cair no maniqueismo patético e arranjado de PSDB-PT devia ser passível de tratamento psiquiátrico.
O Governo Lula seguiu a politica do neo-liberal fhc, principalmente no que tange a renda do brasileiro. Sei que ler e analisar numeros para quem se encontra envolto dos dogmas da seita lulo-tucanista é complexo, mas ver que a renda salário em relação ao PIB só fez perder espaço em relação ao lucro desde o fim da década de 90 , mostra aos bom entendedores que a concetração de renda do capital é nitida, e o trabalho só perde espaço.
Se houve distribuição de renda esta se deu entre os trabalhadores, mas a disparidade dos trabalhadores para os detentores do capital só aumenta.
Outra coisa. Henrique Meirelles, banqueiro tucano, queridinho do lulismo, implantou uma politica financeira no Brasil em 2003(seguindo a linha do mestre fhc) que sugou em 2 mandatos petistas 400 bilhões de dolares. Somando os dois sociais democratas(FHC + Lula) o pais perdeu mais de um trilhão de dolares em arrolagem de dívidas e pagamento de juros a especuladores.
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0 #16 o Ilusionismo do PoderRaymundo Araujo Filho 15-12-2009 10:59
Sobre o primeiro comentário a Luta pelo protagonismo no Poder pode não ter nada a ver com Mudança de Modelo. Você já viu O Globo ou o DEM reclamar do Superávite primário? Da compra do Banco do Antônio Ermírio ou do Silvio Santos? Da linha de Crédito do BNDES?

A redução dos horizntes estratégicos e ideológicos é tudo o que falta para que a propaganda oficial tenha o seu caldo de cultura, para disseminar-se. Vamos aos FATOS :

1) O dólar na época de FHC valia quase R$4,00, supervalorizado, é verdade. Na Era Lulla vale menos de R$2, em clara supervalorização artificial de nossa moeda. Some-se a isso, a perda de valor de compras com o Dólar nestes anos, e veremos que tudo continua como d\'antes no Quartel de Abrantes, para quem ganha salário mínimo. Além do que, os reajustas dos salários maiores do mínimo R$600,00, por exemplo), não sofreram reajustes quase nenhum, a exemplo dos aposentados. Sem contar que a classificação de miseráveis, pobres, s média é completamente ridícula.

2)Lulla trocou a Dívida com o FMI (com juros até razoáveis) por aumento considerável (triplicação) da Dívida Pública Interna, com juros maiores. Hoje, o tamanho desta dívida é de quase 70% do nosso PIB, coisa \"jamais d\'antes vista em nosso país\". Ah! Pelos dados do próprio IPEA, a nossa Dívida Externa, a Extinta, está de novo em R$230 Bi.

3) Isso tudo em um quadro de tarifas públicas seguindo a mesma linha de aumentos vertiginosos da Era FHC, os Serviços Esssenciais Públicos sendo golpeados como na Era FHC.

4)Lulla seguiu o roteiro neoliberal para a Educação, dentro de uma tática ilusionista de construir unidades de ensino, onde nada, ou quase nada, se ensina, além de serem direcionadas à dissemninação de Modelo Tecnológico adequado às necessidades do empresariado. Isso sem contar com a vergonhosa compra de vagas nas universidades particulares, enquanto as Federais ficam à míngua. Assim, emburrece a inteligência Brasileira. O FUNDEB foi aprovado sob a depreciação de verbas da área social, como os Combata à Epidemias (está lá nos anais do Senado). Tivemos algumas neste período (dengue, gripe, tuberculose e a menigite, agora na Bahia). E o ensino básico e secundário é muito bem retratado por estes ENEMs vergonhosos. É emblemática a improvisação. Lulla usou menos de um terço d vrba do saneamento básico. Poderia ter tirado muita gente da merda.

5)Lulla, por força de sua origem eleitoral, foi obrigado a dar uma resposta no setor da Miséria. Fez o mínimo, faturando o máximo com o beneplácito da Ex Esquerda Corporation S.A. . É uma iniquidade em relação ao que estava destinado ou o que poderia ter sido original Fome Zero.

6) Lulla cumpriu o cronograma destinado ao Brasil na \"crise\". Gerou empregos de baixíssimos
salários, principalmente no setor de Serviços e Comércio, provocou uma situação assim mesmo em que temos mais dívidas contratadas por crediários, do que Salários a receber (dados do IPEA), com forte transferência de dinheiro do trabalhador e assistido social(Bolsa família) para o Capital Oligopolizado, através do domínio dos alimentos, transportes, saúde e a públicas (elétrica, água, gás,etc.).

7)A política desenvolvimentista de Lulla serve aos interesses dos piores oligopólios mundiais (Mineração, Petróleo, Agronegócio e Construção Civil), não só dilapidando as nossas Riquezas Naturais, como destruindo culturas e Patrimônios Ambientais e Genéticos únicos no mundo.

E Lulla dá Salves ao Superávite Primário iniciado por FHC e continuado por ele, como garantia desta dilapidação, sendo que o nosso Superávite é feito por dólares da especulação (papéis da dívida pública), em sua grande maioria, e não de Balança Comercial Positiva, com seria razoável. Lulla no setor do Comércio Continental, roda como um cão em busca do próprio rabo. Os resultados de nosso déficit na balança comercial não corroboram a ilação do Igor (primeiro comentário), e nem o Mercosul é alguma coisa palpável, justamente por Lulla querer fazer dele um Édem Empresarial.

Não foi por outro motivo que recusou a proposta de Chávez quanto ao Gaseoduto Transcontinental (Lulla, ao contrário privatizou este setor, em escândalo silenciado), quanto à configuração de uma CIA Aérea tripartite e estatal, a partir das Aerolíneas Argentinas reestatizadas, e quanto a construção de uma Ferrovia Estatal, entre Argentina - Brasil -Venezuela, ligando centenas de cidadedsdestes países

Adoro Ilusionismo, mas aquele de Lazer, e não o da Exploração de Classes.
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0 #15 ponderaçõesProf. Édi Augusto Benini 13-12-2009 15:04
Ao contrário de alguns comentários, concordo com as observações do Chico de Oliveira, e também estou muito pessimista com o que vem pela frente.

Acho que o pior cego é quem não quer "ouvir"...

Pego como exemplo os comentários acima, em que pese a importância de vermos e ouvirmos vários pontos de vistas, é gritante a falta de "novidades" e a repetição de "lugares comuns".

Um disse que não tem diferençaão entre a hegemonia Lula e FHC, citando vários itens. Muito bem, mas digo que essas "diferenças" são só aparentes.

No caso da dívida externa, só apaixonados para verem que a situação nssoa piorou, ou seja, trocanos divida externa (sujeita a forte contestação por uma auditória. Equador anulou 80% da sua dívida por conta disso), por dívida interna (com mais juros e segurança para a banca).

Sobre uma suposta política nacionalista, isso é insano, pois internamente temos sim um efeito duplo, por um lado a anti-reforma agrária, e por outro, reforço do setor agrário-exportador, leiam florestan, que já alertava do risco de "reconversão colocial"... inclusive temos em vigência a lei de grilagem de terras na região norte, justamente a área mais cobiçada do planeta, estamos perdendo soberania sobre nosso TERRITÓRIO!!!!

nA HORA do jogo que melhor "dono" do governo... melhor ponderar melhor os fatos e suas implicações...aconselho...

Das políticas de transferência de renda, já tinham sido iniciadas em FHC, com forte apelo assistencial, e agora unificou-se todas no chamado bolsa familia, e elegeou o salvador da pátria... do ponto de vista economico e social, é bom para o mercado interno, é necessário para mitigar a misério... mas no ponto de vista político, fortalece-se uma relação de subordinação sociedade/estado, o que tem como efeito natural simplesmente a blindagem dos usufro, por alguns, da imensam riqueza social produzida por todos...

Além disso, também fico desanimado com a confusão sobre o "poder"... é claro que quando Chico fala que trata-se de uma disputa apenas pelo poder, signifia disputa apenas para ver quem vai MANDAR, ser o chefe, o patrão, o manda-chuva, o salvador, o paladino...

A superação de uma sociedade baseada no capital, logo, capitalista, tem um conjunto de elementos estruturantes:

1- propriedade dos meios de produção (imensa maioria da esquerda apenas foca isto), mas além, temos tão ou mais necessário também:

2- superação do valor de troca, desperdício, taxa de obsolecência, etc...

3- superação da gestão burocrática (base da forma organizacional do Estado e das Empresas Privadas), ou seja, SOCIALIZAÇÃO DO PODER POLÍTICO DE ORGANIZAÇÃO SOCIETAL... superação das formas históricas de dominação (racional/carismática/tradicio nal), pelo anti-poder, DEMOCRACIA PLENA E EFETIVA, ou seja:

do povo: titular da riqueza social
pelo povo: sujeito do processo decisório, autogestão, pos-burocracia
para o povo: EMANCIPAÇÃO SOCIAL

Nada disso está em jogo, em debate nessas eleições.
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0 #14 Manter as referências - IIIDarcio Vasques 13-12-2009 12:11
Olá para todos

Quando elogiei o proferror Chico de Oliveira o fiz com sinceridade, pois sou o que se pode classificar de petista de base, visto ter sido fundador do PT em minha cidade (Poá - SP) e candidato a vice-prefeito no ano passado (portanto sou um petista de carteirinha, como quiserem).
O elogio, apesar de discordar em certos pontos, se deve à capacidade de argumentção do professor que nos faz não perder a referência de esquerda, póis é de domínio público que meu partido, o PT, está cada vez mais distante de suas propostas originais, isto é, as propostar que justificaram seu surgimento e sua existência: o socialismo.
Todos sabemos que infelizmente parte importante do PT se aburguesou e encara a corrupção como "é política", mas a clareza do referencial de esquerda, como o do professor Chico de Oliveira, contribui para que continuemos na disputa interna petista para a coisa não cair de vez no colo da direita que está contaminando o PT.
Esta é a importância do artigo que torna presente o debate.
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0 #13 bla,bla,bla,bla............Rivaldo F Alves 13-12-2009 12:03
Quando o Chico fala que é apenas disputa de poder, é lógico que é apenas a disputa da máquina e não disputa de poder ideológico!!! é o projeto neo-tucano e o projeto neo-pt, a disputa entre liberais, é só isto! o resto é bla,bla,bla....
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