Oito anos de Mitocracia
- Detalhes
- Julio Cesar de Castro
- 19/08/2010
Além de tudo e de todos nós está o Infinito... Caminhemos, revolucionariamente humanos, ao incitamento da Paixão.
–Freddy Diblu, poeta.
Presume-se que o mito surgiu para o homem já na primi-história, como técnica de alienação com fins de explorar e oprimir os seus semelhantes. Assim, em uivar aos céus de lua cheia, imitando os canídeos, o primeiro pré-capitalista evocava o Além com teatral alucinação, que os demais membros do clã troglodita sentiam-se em transe; conferindo àquele alienante o título de líder. Pelo líder muitos empenharam a própria fibra até a morte. E, aos sóis do tempo, este processo mítico "evoluiu" para retórica e publicidade como ferramentas de adulteradas Política e Religião, participando no desnivelamento social em classes distintas: elite e povo.
No contexto de concentração de poder e riqueza, aos dias atuais do mito Lula – o "cara" de capitalistas e ídolo de manés-voto –, tem-se o modelo de ‘suave exploração’ à brasileira. Lula, extraordinário e extra-ordinário líder populista, pirateando Cristo, promove o ritual da Santa Ceia aos "companheiros" e multiplicação de pães e peixes aos explorados. Dizem até, sem titubear os militantes mercenários, que, imbuído de forças sobrenaturais (ocultas?), ele ressuscitou os lázaros fichas-sujas. "Levanta-te, Sarney!", "Levanta-te, Collor!", "Levanta-te, Palocci!"... Com isto, do latifúndio das oligarquias às metrópoles dos palácios, segundo apuram os institutos de pesquisas persuasivas e esnobam os marqueteiros do PAC, o índice de popularidade do Semideus petista ultrapassa a auréola do Todo-poderoso.
O fenômeno Lula é de tal desplante que nada – nada! – afronta ou desmorona o seu carisma, o seu sofisma. Nem as acusações de haver vendido a alma aos banqueiros, de escamotear o Mensalão dos "aloprados", foiçar a Reforma Agrária do MST, porralouquejar a UNE, cooptar negos e pelegos, negociar com a imprensa indigesta, represar o crescimento econômico com juros e carga tributária pesados, prostituir a mãe-gentil com cartões corporativos e nebulosas dívidas, intervir nas candidaturas majoritárias em Minas e na Bahia... enfim, de ter vestido a então Esquerda pelo avesso. [Só não o acusam de "reformista", porque reformas ele não as fez.] Nada de nada o abala na consciência nacional. Ai, povo heróico! Que tsé-tsé infame picou-lhe o juízo?
Entretanto, se confirmada maldição do Ibope/Datafolha, a ira do Destino, o Prometeu de Garanhuns teria os seus desventurados dias com Dilma Pandora Rousseff. Traindo-o. Negando-o. Reconduzindo-o à condição de simples mortal. E o titânico da Estrela, habituado a tratamento bajulatório, poderá findar-se no ostracismo etílico à Jânio Quadros. Apreço por uma "branquinha" é o que não lhe falta. Oh, Silva de Mariza!
Se "ser grande é abraçar uma grande causa", homens civilizados não temem mitos. A luta é sempre o caminho para uma sociedade justa e fraterna. Adiante, revolucionários!
Julio Cesar de Castro presta assessoria técnica em Construção Civil.
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Comentários
Ontem, um colunsta d'O Globo (não me lembro se foi o Ancelmo Góes ou o Moreno, este o petista do jornal), escreveu uma nota dizendo que, e reproduzindo as palavars de Lindemberg Farias (prefeito do PT em Nova Iguaçu ecandidato ao Senado, pelo RJ), dizendo "Lula me disse que volta em 2014 e me elege governador com ele".
Já, em outra página de notícias políticas, o jornal cita as palavras de Dilma sobre o seu mandato, ora em conquista eleitoral, ainda: "Esta eleição é para um mandato de 4 anos. O resto a gente vê depois, pois não estánada definido" (ou coisa parecida com isso).
Sem querer exigir que Dilma se eleja dizendo que Lulla a vai suceder, Julio Castro não deixa de os ter aertado sobre possibilidade de fato relevante ppois, repito, seria a primeira vez que alguém (a Dilma) não lutaria para continuar no Poder, ainda mais com uma Olimpíada e Copa do Mundo dentro dele.
Sobre as conjecturas de Juio Castro sobre o comportamento de Lulla, é de responsabilidade dele e, a meu ver, ninguém tem nada a ver com isso, apenas achando eu que, haveria também outras caractrísticas do Caráter de Lulla, muito ruins, como atesta o artigo "A Construção de um Mito" e "Lula e o Cordial Fascismo à brasileira" de Fabio Bezerra e José Arbex Jr (links: http://titaferreira.multiply.com/market/item/1863 e http://titaferreira.multiply.com/market/item/1863).
Quem haverá de chamar os autores dos dois artigos acima de "dignos de Reinaldo Azevedo?
Portanto, o artigo de Julio Castro é eivado de conjecturas válidas e , "quem viver verá" a vida imitando a arte, se ainda não viram.
QUAL OS CAMINHOS PERCORRIDOS POR LULLINHA FILHO PARA CONSTRUIR TAMANHA FORTUNA EM TEMPO RECORDE ?
POR QUAIS MOTIVOS AQUELE PROCURADOR GERAL DA REPÚBLICA (CATÓLICO FERVOROSO)OMITIU O NOME DO LULLA DA $ILVA DA CPI DO MENSALÃO ?
ESTARIA ELE INTERE$$ADO EM SER NOMEADO PRESIDENTE DO STF ?
QUAIS OS DESTINOS DAS CPI's DO CIMENTO E DAS ONG'$ ?
O QUE DIZER DAS RELAÇÕES PROMISCUAS COM A UNE ?
ESTA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA E$TUDANTIL PAGA IMPOSTOS PELO COMÉRCIO ILÍCITO DE CARTEIRINHAS ?
E AGORA,JO$É ?
Embora, sob o ponto de vista da comunicação, continuo achando que o artigo permite que os Lullo Petistas transformem uma lantejoula em jóia preciosa, concordo plenamente om as conjecturas da personalidae e cenários possíveis, inclusive com traições e tentativas de "superação" do velho estilo populista, tão bem reencarnado por Lulla, pois os novos passos da dominação mundial pelo capital, terá de ter, a meu ver, gerentes mais técnicos, informados e sintonuizados "up to date" com seus mentores e financiadores.
Isso tudo regado a Nova Ordem, a da Nova Classe de ex sindicalistas como o emblemático Jair Menengheli (entre outros) e a compra a dinehiro e serviços de ONGs, entidades associativas e sindicais na correia de transmissão Nova Ordem Institucional.
No mundo do Poder, tudo é possível, até mesmo um acordo que não imponha a destituição de lulla (pessoalmente acho que ele volta, principalm ente se no mandato de Dilma, as coisas não forem bem. Ela seria o Olívio Dutra do Lulla (refiro-me a sua destutuição pelo Tarso Genro, sendo impedido de disputar o governo pra um segundo mandato).
Mas, embora concorde com esta visão trágico cômica do Lulla e suas apetências pessoais (Jânio Quadros era ridiculruado por estes mesmos militantes de "esquerda", hoje no Poder, sem dó e nem piedade), prefiro criticá-lo pelo sua personalidade dúbia, ressaltndo o "esperto", mas subserviente ao Centor do Poder Mundial, contentando-se de ser o provedor de migalhas, enquanto entrega o grosso do país.
Julio Castro tem todo o direito de conjecturar o que quiser, poi nos remete à discussõ de cenários, com toda a liberdade que o incerto futuro que nos aguarda não chega.
É nítida a perda de referência, inclusive na orda dos "engajados", onde nesta pesquisa de Carta Capital respondem, esmagadoramente, que a prioridade para o próximo governo deve ser a educação, deixando a saúde, imprescindível para qualquer ser humano, muito abaixo desta espectativa. Isso mostra o quanto os "engajados" têm consiência das necessidades do brasileiro flagelado, que para estudar, trabalhar e abraçar sua cidadania depende de uma rede pública de saúde mórbida, desumana, surrealista... O povo come, trabalha (?), e mais nada. E pintam um revolucionário... campeão de votos... "mil vezes melhor do que FHC"... e o Brasil já está no caminho certo. O novo polo mundial!
Que meta econômica o Brasil precisa atingir para sair do atoleiro social, para viver como uma nação que se respeita mutuamente???
Você abusou de termos e palavras que o deixaram chato, parecendo uma grande e desnecessária introdução de um texto que não tem como existir.
"Bebo porque é líquido, se fosse sólido comê-lo-ia..." (Janio Quadros)
Fazer confundir o mito (irreal e inatingível) com o humano (físico e político), tem sido o estratagema do Capitalismo. P.ex.: O Cristo histórico, físico e político, foi transmudado a mito - “Ninguém vai ao Pai senão por mim” – para “amansar” os cristãos.
Não à toa a lucrativa indústria das drogas “lícitas” e/ou “democráticas” – fumo, bebida, psicotrópicos e falácia de políticantes e maus religiosos – tem anestesiado o instinto de revolta dos explorados neste país. Resultando em número crescente de deprimidos. Por que será que, desde a Colônia, o latifúndio, escravizador e de domínio no cabresto, aculturou alcoolismo e crença entre trabalhadores rurais? Alienado o povo, duvida da capacidade da grande mídia em santificar Garrastazu Médici? Simples “questões pessoais” e de “moralismo burguês”?
Portanto, o “parágrafo infeliz” a que se refere o leitor tem a ver com o conteúdo, dá-lhe o desfecho do todo. Há que distinguir Lula de Lulla. -
E engulam mais quatro anos de avanços!
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