A explosão mexicana
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- Gilvan Rocha
- 02/09/2010
A cada dia torna-se mais acentuada a violência que ronda sobre todos os quadrantes do mundo. Ela se manifesta através das guerras, da violência no trânsito, da violência urbana, da violência doméstica e do banditismo. São incontáveis as campanhas levadas a cabo em favor da paz.
Ora são procissões religiosas que apelam aos céus uma convivência tranqüila entre os homens. Ora são caminhadas de pessoas, vestidas de branco, apelando aos governos que detenham a marcha da violência. Ora são revoadas de pombas brancas que, simbolicamente, clamam pela paz. Entretanto, essas iniciativas têm se mostrado, de maneira soberba, que são inócuas, não produzem os efeitos desejados.
Costumamos chamar atenção para uma curiosidade: todos são a favor da paz: o médico, o professor, o gari, o soldado, o vigário, o bispo, o jovem, a criança, o idoso. Mas, apesar de todos se manifestarem em favor da paz, a violência subsiste e se intensifica. Cabe uma pergunta: por que isso acontece? E a resposta é única: acontece em razão de que não se busca a causa real da violência e ela, como já dissemos em outras ocasiões, tem nome, chama-se CAPITALISMO.
A sociedade capitalista baseia-se na produção do lucro para uma minoria e a busca incessante desse lucro provoca os mais mesquinhos e brutais interesses ao lado de um profundo desajuste social. A guerra, por exemplo, alimenta uma rentável indústria bélica que aufere astronômicos lucros, construindo máquinas mortíferas, altamente sofisticadas. Daí a guerra ser tão fomentada, pois ela é um bom negócio para poucos.
Enquanto isso, as outras formas de violência expressam o desajuste social. Hoje, há um agravante para essa situação que reside no uso crescente de drogas e, consequentemente, o seu criminoso tráfico. Há poucos anos, a Colômbia era palco maior da violência pelas drogas; hoje, é o México que se coloca na vanguarda desse cruel fenômeno através das guerras entre diferentes gangues. O México explode. O mundo explode. Isto só cessará com a superação do sistema capitalista.
Gilvan Rocha é presidente do CAEP - Centro de Atividades e Estudos Políticos.
Blog autor: http://www.gilvanrocha.blogspot.com/
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Comentários
Construímos ideologias para vivermos melhor, mas pecamos na hora de manobrá-las para proveito de todos e não de uma minoria que se julga herdeiros dos deuses.
Mostra disso está no cartel do petróleo que usa a detenção da bomba atômica como termômetro de negociação.
O sistema capitalista não é ruim, o câncer está nesta minoria que se apoderou do controle do poder conduzindo esta ideologia para benefício próprio e não para o coletivo.
Ainda se colocam de bons moços, destruindo o sistema, gerando desequilíbrio, encaminhando para a guerra.
Estão errados e dizem que estão certos, não querem perder a sensação de fazer o mal, são os verdadeiros crápulas.
E, este mal está se alastrando. Foi pego um pai nesta semana, que estava tendo relações sexuais com a filha de menor e, o mesmo falou naturalmente para o delegado o que fazia, querendo mostrar que não tinha nada de errado nesta atitude.
Existem pais de família vendendo suas filhas por um prato de comida. Nosso país carece duma política mais humana e solidária, cujos governantes com seus assessores voltados para a finalidade de construir uma nação para seus próprios filhos e netos, mais não fora deste país, com justiça social, e não como um imperador dominando a caverna de Alibabá.
Aqui em Cubatão a maldade está perversa, não querem que aterrem os mangues, com isso não temos casas pra morar, e a cidade regride na miséria de 80% da população morando em favelas, num lugar aonde a arrecadação chega a 1 bilhão de real por ano, uma das maiores renda per capita do país. Temos petróleo e o aço, e também uma lei ambiental que nos condena a miséria e que está prejudicando mais ainda o ambiente devido às invasões mal organizadas.
Veja – www.escolasensitivista.blogspot.com
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