É preciso participar
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- Gilvan Rocha
- 01/10/2010
Estamos às vésperas de uma eleição. Desta vez, para presidente e vice, governadores e vices, senadores e suplentes, deputados estaduais e federais. Trata-se de um evento político bastante abrangente. Dele, no Brasil, participam mais de cem milhões de eleitores.
Apesar de ser um processo político sob o controle da burguesia, não deixa de ser uma oportunidade para que tentemos colocar no debate político a denúncia da verdadeira causa de nossas mazelas sociais, que é o capitalismo, conforme tem sido feito pelo PSOL, PCB, PCO e PSTU.
Pouquíssimos percebem que em nenhum processo eleitoral, seja no Brasil ou em qualquer outro país capitalista, coloca-se em disputa o poder. Não! O que é disputado, no processo eleitoral burguês, é o governo, e existe uma diferença substancial entre governo e poder.
Os governos são para gerenciar o próprio sistema capitalista, mesmo que possam predicar essa ou aquela política econômica, contanto que resguardem os fundamentos da economia. Enquanto isso, o poder, o Estado, permanece intocado pelos processos eleitorais e cabe a ele a "sagrada" missão de garantir a manutenção do sistema capitalista.
Sendo o processo eleitoral uma jornada extremamente de massa, é um equívoco, senão uma tolice, praticar o não voto, o voto em branco ou o voto nulo. É preciso enxergar que tais posições nada acrescentam; são, inequivocamente, sem nenhuma conseqüência política, mesmo que consideremos que o processo eleitoral é de natureza burguesa e que através dele jamais os explorados e oprimidos haverão de conquistar a sua libertação.
Concordamos, como já dissemos, que o processo eleitoral é burguês, mas é oportuno atentar para o fato de que a vida corrente é a vida burguesa e, nem por isso, devemos nos negar a dela participar. Mesmo sabendo que diuturnamente nossas práticas estão confinadas aos limites do universo capitalista, exceção se faça à atividade política de caráter socialista que se prende a denunciar o sistema na perspectiva da conquista de um novo mundo, um mundo de justiça e paz.
Gilvan Rocha é presidente do Centro de Atividades e Estudos Políticos – CAEP.
Blog: http://www.gilvanrocha.blogspot.com/
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Comentários
Da pra não anular??
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