“Não tomarás o santo nome de Deus em vão”
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- Roberto Malvezzi (Gogó)
- 14/10/2010
Em nenhuma época da humanidade se falou tanto de Deus. Basta ligar uma TV com parabólica e contar os canais ditos confessionais. São pelo menos quatro em nome dos católicos e três em nome dos evangélicos. Mas, não é só. Pregadores desfilam programas comprados em outros canais comerciais tanto durante o dia como pelas madrugadas. Há uma super oferta de pregações, cultos, missas, terços – misturados com ofertas de produtos -, sempre em nome de Deus.
Ligando o rádio, vamos ouvir mais uma vez uma série de programas católicos e evangélicos. Grande parte é programa musical, com uma pobreza literária, melódica, bíblica, teológica de arrepiar os ossos, com meia dúzia de palavras já previsíveis – amém, aleluia, glória, eu e Deus, Deus e eu, eu te amo – inundando nossos ouvidos.
Essa música invadiu também a liturgia e hits ocupam o lugar da boa música litúrgica, trazendo o individualismo até no momento do Pai Nosso. O capital demorou para descobrir que religião é um ótimo comércio, mas agora explora até a última medalhinha milagrosa para fazer dinheiro.
Era inevitável que as religiões, inclusive o cristianismo, se aproximassem dos meios de comunicação. Afinal, evangelho quer dizer exatamente "boa notícia". Portanto, são meios que podem ser postos a esse serviço.
Porém, o que se está fazendo com esses meios de comunicação em nome de Deus é que é a questão. Não se espere daí uma palavra profética em nome da justiça, dos pobres, porque é um anúncio mutilado que precisa sobreviver segundo as regras do mercado.
O certo é que, em nenhuma outra época, se manipulou tanto o nome de Deus como nessa que vivemos. Nessas eleições, então, chegou-se às raias da aberração. A difamação, calúnia, parcialidade, inclusive por alguns bispos católicos – usaram até o nome da CNBB -, perdeu qualquer referência bíblica de respeito pelo próximo.
"Levantar falso testemunho", ou "invocar o Santo nome de Deus em vão", tornou-se prática do cotidiano. Com dois pesos e duas medidas para avaliar e recomendar candidatos, perdeu-se até o senso da dignidade.
Ninguém manipula a Deus, mas pode manipular seu nome. Entramos no terreno perigoso da caça às bruxas, com um vasto respaldo dos meios de comunicação.
Roberto Malvezzi é ex-coordenador da CPT e agente pastoral.
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Comentários
Amar a Deus sobre todas as coisas e o seu semelhante como a ti mesmo. Esta frase é muito interessante, todos aprovam, batem palmas, acham á maravilhosa. Tudo parece muito fácil, mas não é. Amar a Deus não há nenhuma dificuldade, porque Deus é um ente imaginário e subjetivo, portanto não tendo presença física, não se pode vê-lo, nem tocá-lo, nem se pode invejá-lo e nem há possibilidade de disputar nada com seu poder. Mas quando se trata de amar o nosso semelhante ai a coisas pega, fica difícil, para não dizer impossível. Alguém já parou para pensar nesta frase e seus efeitos negativos, porque negativos, porque está claro o que é destacado nisso é nossa hipocrisia. Se perguntarmos a todos os seres humanos principalmente os religiosos se eles amam a Deus a Resposta será bem clara, amamos de todo coração, se perguntarmos aos mesmos indivíduos vocês amam seus semelhantes como a ti mesmo, se for uma resposta sincera, a mesma será, depende de qual semelhante. A frase em foco é muito interessante, mas se tratando de seres humanos ela jamais será aplicada ao pé da letra, salvo as pouquíssimas e honrosas exceções.
A hipocrisia assola por todo planeta terra, principalmente os que se dizem cristãos, os quais se mostram tão felizes de seguir a cristo, mas não seguir seus ensinamentos ao pé da letra, porque isso fica difícil para não dizer impossível.
Podemos ser religiosos. Mas sem muita euforia, devemos ter um pouco mais de humildade, um pouco mais de amor ao próximo e, sobretudo saber que ninguém será salvo só porque segue uma religião. Só serão salvos aqueles que levarem uma vida digna, honesta, sobretudo ter pureza de coração, deixando de lado o orgulho, a ganância e a hipocrisia. Paulo Luiz Mendonça.
Coisa que não damos valor.
O que seria esta coisa a qual não damos valor.
A explicação é bem simples, existe um Deus único o qual somos dependentes. Dizem os que acreditam que ele nos protege, nos orienta e nos encaminha pela vida. A maioria acha que estando com Deus não necessita de mais nada, tudo está resolvido.
Fazendo minhas reflexões cheguei á seguinte conclusão existe uma coisa superimportante que nos ajudam a viver, as quais somos seus dependentes. Atentem para isso, nós seres humanos não podemos viver nossas vidas sem a presença dos nossos semelhantes, pois ninguém se basta a si mesmo. Nós sempre estaremos dependendo uns dos outros, isso é facilmente entendível. Só que nós não damos o devido valor ao nosso próximo, se esquecendo o que ele representa para nossa sobrevivência. Eu poderia enumerar aqui, quem precisa de quem, mas isso é desnecessário, pois todos sabem qual o tamanho da importância dos nossos semelhantes. Salvo as raras e honrosas exceções, nós não conseguimos dar-lhes o valor merecido porque somos impedidos pelo nosso egoísmo. Hipocrisia, falsidade, individualismo, maledicência e muitos outros defeitos os quais são heranças malditas enraizadas no nosso intimo. Nós humanos principalmente os religiosos Dão uma tremenda importância a Deus e se esquecem que nossos semelhantes são nossos irmãos, portanto são filhos de Deus e merecem o mesmo tratamento, nós não podemos tratar bem o pai e esquecer dos seus filhos. Vamos gente: vamos distribuir melhor nossa atenção, nosso amor e nossa solidariedade.
Sendo assim os que adoram a Deus sobre todas as coisas, procure amar o seu próximo como a ti mesmo, de verdade não da boca para fora com falsidade, sobretudo, dar-lhe a importância merecida, pois ele é tão importante quanto Deus. Se nós ficarmos isolados neste planeta nem Deus poderá nos salvar. A vida só é possível quando estivermos vivendo em grupos, tribos, comunidades ou nações, não há como viver isoladamente.
Paulo Luiz Mendonça. Autor do livro Crônicas, indagações e teorias. Editora Scortecci.
Há um Fato nebuloso para mim, nas explicações, dada pelas religiões que se dizem cristã. Por mais que eu procure, por mais que eu pesquise não consigo encontrar o motivo desta afirmação. Dizem os teólogos que Jesus Cristo veio ao mundo para nos salvar, eu pergunto salvar do que, de quem. Qual o perigo que nos ameaça. Eu não vejo nada que está nos pondo em perigo eminente. Este salvamento seria de ordem física ou espiritual. Se for de ordem física o perigo continua, nós estamos correndo risco de morrer durante toda nossa vida, isso fás parte do jogo da humanidade. Se for de ordem espiritual, não cabe a Jesus nem a qualquer tipo de santo ou qualquer tipo de religião que poderá nos salvar. Este trabalho de salvamento espiritual se realmente for necessário, o encarregado de nos salvar somos nós mesmos, nós temos o livre arbítrio, temos a consciência, temos a inteligência e temos também o nosso raciocínio o qual nos da condição de saber o que e o bom procedimento ou o que é mau procedimento. Portanto nós somos uma célula pensante da humanidade como um todo. Se cada um de nós agir de uma maneira correta, justa sem individualismo, sem hipocrisia, sem maledicência, sem egoísmo e amarmos nossos semelhantes como a nós mesmos não precisamos pensar em salvação pois já estaremos salvos pela nossa conduta irreprochável do bem viver. Religião é para os que não sabem se conduzir por si próprio é para os que não usam seu raciocínio de maneira lógica e coerente, os que usam lógica e coerência durante toda sua vida não precisa de nenhuma religião para os salvar. Esta historia de nos salvar foi criado pelas religiões, isso nos induz a procurar uma delas para nos conduzir pela vida. Quem precisar, se sentir fragilizado que procure uma, mas muito cuidado com a escolha.
Paulo Luiz Mendonça autor do livro Crônicas, indagações e teorias. Editora Scortecci
Pode-se acreditar que há duas entidades, um é o divino criador do universo, um ser inteligente, bondoso e justo, todos nós deveríamos guardá-lo dentro do coração, o outro Deus é uma entidade puramente comercial, todos os inescrupulosos o usam para aquecer o mercado, usam para influenciar o próximo, enfim este Deus é largamente usado, não só ele, como também seu filho Jesus Cristo.
Diante do uso que fazem do nome de Deus, ou do seu filho Jesus, para ganhar dinheiro, para ganhar notoriedade, enfim fazem tudo para angariar bens materiais. Este Deus ou seu filho Jesus Cristo, é usado no comercio durante todo o ano, vejam, por exemplo à páscoa, é o dia que se comemora a ressurreição de Jesus Cristo, deveria ser, mas ai é que esta o grande engano, este dia é usado para o comercio faturar, vendendo ovos de chocolate. Pergunte a qualquer criança o que representa o dia de páscoa, elas irão dizer: é dia de ganhar ovos do coelhinho.
No natal se comemora o dia do nascimento de Jesus, novamente outro engano, este é o dia em que comercio fatura alto, é dia de presentes, de festas, muitas bebidas e grandes comemorações, mas do aniversariante ninguém ou quase ninguém se lembra. Nesta data há muitas trocas de presentes entre todos, mas o aniversariante fica no esquecimento, ninguém ou quase ninguém se lembra dele e nem tampouco dos seus ensinamentos.
Por isso digo que existem duas entidades, um é o verdadeiro, sagrado, divino criador do universo e o outro, ao invés de ser divino, e puramente comercial, este é usado para ajudar a movimentar o comercio, sei que isso e perfeitamente natural, o comercio tem mesmo que ser ativado, só que não fica bem nós usarmos o nome de Deus para influenciar os consumidores, deveríamos ter outra maneira de forçar as vendas. Não podemos esquecer do primeiro mandamento da lei de Deus que diz: Não usar o nome de Deus em vão.
Se me perguntarem se Jesus Cristo é lembrado...
Responderei com todas as letras, ele esta por ai sendo muito explorado.
Esta crônica foi extraída do livro Crônicas Indagações e Teorias. Autor, Paulo Luiz Mendonça.
escola:E.E.F.M presidentre Geisel
denise e joe
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