Correio da Cidadania

Dilma, da guerrilheira à parceira dos algozes

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Mesmo quem nunca assiste a competições de atletismo já ouviu falar da disputa de salto em altura, onde os competidores vão se eliminando na medida em que a barra a ser superada vai sendo colocada em alturas ascendentes. Pois é. Ao tratar desse início de governo Dilma, onde está o nível da barra,  para uma justa comparação? Qual o nível de exigências de avaliação, após oito anos de um frustrante primeiro governo que chegava para tudo transformar, e quase tudo manteve como dantes?

 

Difícil responder. A comparação não é com governos democráticos, reformistas e progressistas ao longo do Continente, corajosos na implementação de transformações estruturais da sociedade, a despeito das armadilhas que lhes colocam pelo caminho. É apenas a continuidade de uma administração saudada por ter promovido uma movimentação, com ascensão social de camadas desprotegidas, mas que, considerada de forma mais consequente e séria, apenas limitada aos segmentos assalariados. Entre eles houve uma real redistribuição de renda, por conta dos programas assistenciais. Pelo que se resolveu determinar como de “nova classe média” famílias cuja rendas não alcançam R$ 1300,00.

 

Faz sentido. Pois esta operação, limitada ao mundo do trabalho, serviu para estiolar o movimento social organizado que havia resistido com grande combatividade ao mandarinato tucano-pefelista de FHC. E, ao mesmo tempo, tranquilizou as classes dominantes, na medida em que nem arranhou a tinta dos cofres dos grandes especuladores do sistema financeiro privado. Como afirmou o próprio Luiz Inácio, banqueiros nunca ganharam tanto dinheiro como durante seu governo. E nunca o Brasil pontificou com tantos novos bilionários na lista maldita da revista Forbes.

 É a partir de tais preliminares que devemos falar de Dilma.

 

Seu início de governo é marcado pelo agravamento do que havia de pior em seu antecessor, e por um recuo sensível naquilo que pudesse representar algum contato com o passado de lutas do partido, a cujo programa os dois deveriam se submeter. Aumenta a sensação de um pote até aqui de mágoas para o povo brasileiro. Povo bom e ingênuo que acreditou, em 2002, com a eleição de Lula, ter gerado as condições para viver uma nova realidade. Uma realidade realmente pautada na concretização de uma democracia justa, social e politicamente avançada.

 

 

Mas qual o quê.

 

Consolida-se a guinada à direita, com a implantação de uma nova forma de populismo. Um populismo bem sucedido eleitoralmente, por realmente promover ascensão social de segmentos até então absolutamente abandonados. Segmentos antes controlados pelo clientelismo da direita, hoje beneficiados pelo assistencialismo-bolsista do lulismo. Um populismo inteiramente aceito pelas classes dominantes, por conta de subvenções e isenções tributárias pantagruélicas ao grande capital, especialmente o financeiro-especulativo, que se locupleta na especulação com títulos de uma dívida pública, crescida dos R$ 60 bilhões do início do mandarinato FHC aos R$ 650 bi na posse do petista, e hoje já superando a barra dos R$ 2 trilhões.

 

Um populismo, enfim, bem menos ousado do que o posto em prática por Getúlio Vargas, exemplo sempre referenciado, para o bom e para o ruim, pois absolutamente descompromissado com qualquer transformação estrutural semelhante às postas em prática no terreno social, basicamente nas relações de trabalho, pelo antecessor histórico. E que começa a sentir resistências.

 Sintoma disso são as primeiras manifestações hostis, ainda que discretas, mas sensíveis depois de muitos anos de comprometedora caluda, da direção da CUT e do próprio PT. Sintoma disso é a descrença da cúpula do MST em relação ao cumprimento de promessas concretas de uma Reforma Agrária necessária, que ao longo de décadas alimentaram as relações íntimas do Movimento com a liderança de Lula.

 

 “Reforma Agrária, descanse em paz” fazia a manchete da foto onde o fundo era um campo coberto de cruzes, daqueles que vemos em filmes de guerra, para ilustrar o preço pago, em soldados mortos, pela disputa de territórios. Foi essa a capa  de Carta Capital, na sua edição de 3 de agosto –  publicação sobre a qual ninguém tem dúvida quanto ao quase incondicional alinhamento com o governo Lula, e clara identificação com a campanha de Dilma Roussef, na sucessão.

 

 

No corpo da revista, texto denso e bem fundado comprovava o fracasso da administração lulista, tudo indicando ser mantido por sua sucessora, no tratamento do problema que, para a história do Partido dos Trabalhadores, tem simbologia quase sagrada. Pior ainda, mostrando que, na comparação com o mandarinato tucano-pefelista de FHC, e até mesmo com o período Costa e Silva, do regime ditatorial, a situação de concentração de propriedade da terra se intensificou com a implantação e manutenção do populismo lulista.

 

Bizarro... nessa altura do texto tenho a sensação de entorpecimento, de dejà vu, mas certamente isso tem a ver com o que falamos antes quanto à altura da barra para o salto do, ou da, atleta. Lula a deixou tão embaixo, que o tratamento com frieza dos sintomas parece ser algo necessariamente xoxo. Sem surpresas, comparável ao que seria dito sobre qualquer governo da direita tradicional.

 

E deve ser disso que estamos tratando ao continuar na avaliação. Pois como explicar que uma candidata tratada como terrorista, por um jornal empenhado em campanha  do seu adversário na disputa da Presidência da República, conhecido pela relação promíscua com os torturadores da ditadura que o jornal apoiou e ela combateu, possa ter sido alvo de homenagem pessoal da presidente depois de eleita? 

 

Só se explica se estabelecermos ligação direta com as iniciativas afetivas dessa presidente dita de esquerda em direção a Fernando Henrique Cardoso, nas festas dos 80 anos do introdutor do mais degradado neoliberalismo em nossa estrutura de governo. Dilma destacou “qualidades”, de “acadêmico e político”, que transformou seu mandato numa agência de implantação do mais radical neoliberalismo tardio, abrindo mão de parcela essencial do patrimônio estatal com financiamento público subsidiado aos privilegiados que dele se apossaram. Mais grave ainda, agência de desregulamentação da economia no benefício dos maganos do sistema financeiro privado a quem entregou R$ 40 bilhões do erário através do famigerado Proer, abrindo as portas do país para uma integração subalterna à globalização predatória. Não por acaso, a sequência de salamaleques dispensáveis levou o cronista Zuenir Ventura a cogitar da previsível convergência ideológica entre a presidente e o cardeal tucano.

 

Mas há mais, e mais grave, nas manifestações de afeto político se mesclando com promiscuidade, intoleráveis numa presidente pretensamente progressista, quando vemos as sucessivas demonstrações de apoio ao governador Sérgio Cabral, a despeito dos malfeitos gerados pelas ligações suspeitas com empreiteiras com quem partilha vida privada. Quadro constrangedor, cujas primeiras pinceladas vieram com a truculência de Lula sobre a seção fluminense do PT, obrigando o partido a se entregar ao papel de linha auxiliar do novo enfant gaté. E que Dilma reforçou em tintas, quando veio dar a mão a Cabral logo após a tragédia do helicóptero, na Bahia, que revelou a promiscuidade criminosa entre o governador do Rio e algumas empresas e empreiteiros dispensados de licitação em seus negócios com o Estado.

 

 

Não vamos perder tempo aqui com avaliações sobre os episódios Palocci, Nelson Jobim e Alfredo Nascimento. Não servem para nada além de comprovar em que verdadeira formação de quadrilha se transformou o conceito de aliança política para o lulismo pragmático. Já é cansativo.

 

Mais importante é incidir sobre o estelionato eleitoral cometido com a privatização dos aeroportos, e a submissão crescente ao grande capital, que continua  inexplicavelmente privilegiado a despeito das sucessivas análises públicas do presidente do IPEA, Marcio Pochman, quanto à indecente injustiça tributária que caracteriza nossa arrecadação fiscal. Não vivemos, como insiste um dos grandes maganos, conselheiro especial da presidência da República, Jorge Gerdau, uma excessiva carga tributária. Vivemos, sim, uma distribuição perversa das responsabilidades dessa carga, como explica o citado Pochman, em artigo recente: “O adequado enfrentamento da injustiça tributária atual impõe a elevação da eficiência do Estado, seja no formato da arrecadação do fundo público como na sua redistribuição. Isso implicaria abandonar o vergonhoso peso do Estado proporcionalmente maior sobre os segmentos de menor rendimento, que transferem todo o mês praticamente a metade do que recebem por força do esforço do seu trabalho. Já os ricos, que por força de suas propriedades obtêm rendas elevadas, quase nada contribuem com o fundo público no Brasil” (Valor Econômico- 08/09/11).

 

Por fim, e para caracterizar o que define um governo conservador, subordinado ao grande capital, fica o registro da vergonhosa manutenção de prioridade em torno do famigerado superávit fiscal. Do que se trata? Trata-se da economia forçada a que o governo se submete, com cortes brutais nas políticas públicas, para atender aos serviços de uma dívida pública que, como citamos acima, não cessa de crescer, embora nunca tenha sido feita a auditoria exigida na Constituição de 88. 

Ainda está fresca a decisão recente, saudada pelos analistas das “consultorias” dos especuladores, quanto ao corte de R$ 50 bilhões no Orçamento, para consolidação do superávit neste ano.

 

Resta um ponto final: e o PT com isso?

 

É da tradição política de uma coligação partidária de apoio ao governo, e mesmo quando os partidos tenham razoável grau de identidade ideológica, que entre si esses partidos disputem hegemonia de programa. Foi assim no Front Populaire, da França, nos anos 30, onde socialistas e comunistas faziam a base essencial do governo Leon Blum. Foi assim na Unidade Popular, onde comunistas, socialistas e radicais progressistas disputavam linha no governo de Salvador Allende.

        

Não é o que ocorre no Brasil, a partir da implantação do “polulismo” - o populismo pragmático lulista -, em que uma despersonalização programática foi imposta ao PT. Uma despersonalização que, sob orientação de uma cúpula cooptada, e das bancadas parlamentares no Senado e na Câmara – com honrosas, porém bem limitadas, exceções –,  imobilizou os movimentos sociais outrora combativos, e uma militância outrora atenta e participativa. Em nome de uma calhorda “governabilidade”, o PT abriu mão de disputa programática para se transformar numa espécie de cúmplice-avalista do PMDB, para subjugar pela corrupção das “emendas ao Orçamento” uma base de governo reacionária, e aberta às práticas dos mais abjetos malfeitos.

 

Se algum sinal positivo é registrado, com o retorno ao programa da exigência da regulamentação da mídia ocupada por concessão de direito público – rádios e tvs – que a Executiva covardemente havia  suprimido na reunião preparatória, logo vem a compensação desanimadora. O PT do Rio de Janeiro se rende às exigências do governador Cabral e passa a admitir a privatização da Saúde, através de OSs, até então abominadas pelas diretrizes partidárias.

 

Qual papel resta à esquerda que não se rendeu nem se vendeu, grande parte dela abrigada no PSOL?

 Ter consciência da inadiável necessidade de ampliar sua já heróica, porém pequena, representação institucional, para continuar e ampliar as bases sociais que vem construindo com a liderança que nossos parlamentares vêm mostrando nos diversos embates. Bombeiros, no Rio, e profissionais de educação nos planos federal e estaduais. Reforçar, para abrir espaços alternativos aos que ainda acham que, por ação farisaica de um oposição de direita – que só é oposição porque não participa do botim – , apoiar o governo é a única saída.

 

                                                                      

Milton Temer é jornalista.

 

                                          

 

Comentários   

0 #8 Governo poderia comprar terras para distribuirEdson Mendes 24-06-2013 22:08
Se o governo Dilma, ou qualquer outro governo, quisesse fazer a reforma agrária, compraria propriedades que estão à venda e distribuiria, sem precisar recorrer a desapropriações, que são muito morosas e não tem o apoio de parte da população e da maioria dos políticos da base de apoio do governo Dilma.
Não há dinheiro?
A reportagem da Carta Capital diz que seria preciso R$ 20 bilhões para assentar 170 mil famílias. Se a Copa custou até agora, junho de 2013, R$ 30 bilhões, dinheiro não é problema.
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0 #7 RE: Dilma, da guerrilheira à parceira dos algozesJorge Rorigues 09-10-2011 12:05
Fui estudante no final da ditadura e vivi os anos 80, participei da reconstrução das entidades estudantis e posteriormente participei das oposições sindicais para a tirada dos pelegos dos sindicatos. Éramos os combativos...
Ora. O autor do texto deve estar um tanto desprovido de alguns dados básicos. Isso pode ser pelo fato de ser jornalista e ter aprendido a ser sensacionalista.
A verdade é que estamos numa sociedade capitalista e desta forma o Estado não é outras coisa que capitalista. Se o autor estivesse no governo também estaria fazendo o que estes caras estão fazendo. Não adianta nada ficar lambendo os sítios de esquerda falando estas coisas, pois o estado capitalista tem a função principal de gerir o capitalismo.
Se o autor quer sonhar, devo dizer que deveria sonhar, "como disse Lênin", com base real para fazê-lo de forma a não transformar seu texto numa ficção, onde as pessoas possam pensar que a esquerda são pessoas fora da realidade.
Não falaram que iriam fazer a revolução e sim gerir o atual Brasil! O atual Brasil não tem compromisso com o socialismo e nem tampouco com a revolução. Somos nós (os revolucionários) que tem este compromisso e desta forma devemos ser coerentes com esta proposta.
Fazer a análise da situação. Realizar uma leitura critica.
Fazer uma crítica indo à raiz do problema. Finalmente propor ações que leve às resoluções do problema e ao avanço do processo revolucionário.
Para resumir: não estamos numa democracia, pois temos Estado neste estado é necessário maioria, como o autor pensa que deveria ser feito?
Estamos no capitalismo, e conseqüentemente temos luta de classes onde os atores são os trabalhadores e os patrões. Qual é a posição do Estado nestas situações (qualquer que seja o governo!)?
Se a alternativa do autor é falar não aos patrões. E depois o que fazer????
Propor novas bases sociais e que o capitalismo nos leva a estas situações não é proposto pelo autor e sim uma crítica superficial. Assim fica fácil ser de esquerda, pois criticar é uma área de tranqüilidade, na medida em que não tem responsabilidade nem nos próximos acontecimentos dentro do âmbito do capitalismo, nem tampouco propõe alternativas de mudanças para construção de outra forma de organização social.
Ser a favor dos movimentos e criticar os patrões não ajudam em nada, pois não somos coitados e nem os patrões são os grande assassinos. Estamos numa luta de classe dentro de uma sociedade capitalista!!
Não temos nenhum partido que se propõe a trabalhar com os trabalhadores (população explorada), no sentido de colocar na ordem do dia a necessidade da transformação social para um Brasil (ou mundo) socialista ou comunista, ou anarquista!
São todos oposição até o momento de estarem no poder. Como são os sindicatos e Associações dirigidos pelo PSOL, PT, PC do B, PSTU e outros partidos que se dizem de esquerda?
O microfone e as eleições das entidades destes partidos não são democráticos e nem tampouco socializantes como o autor.
Como o autor de relaciona no seu trabalho.... Obedece ao seu patrão?? Faz trabalho d conscientizar seus colegas de trabalho? Propõe grupos de discussão das condições de trabalho com seus companheiros jornalistas de emissoras de TV ou rádio?
O autor pratica o que escreve com vistas à revolução popular (ou como queira chamar)?
Meu! Ao um monte de conversas que se perde, somente para dar credibilidade a alguém que escreve e não faz mais nada, pois seu salário é mais importante do que as lutas dos outros, como sempre!!
Saudações
Jorge - Campinas. SP
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0 #6 Uai!Dulcinéa 08-10-2011 12:28
Uai, eu digo, como boa mineira que sou!
Mas não foi o Psol que estrilou quando Eloisa Helena quis coligar com o PV, quando Marina Silva aderiu ao mesmo, ano passado?! Agora vai efetuar a coligação!
Política, ah, a política!
Petista insatisfeita com os rumos do Partido, que numa coligação, governa minha cidade há 11 anos, esperava do Psol a coerência que acusaram o PT de não ter. Pelo visto o Psol já vai pelo mesmo caminho e, como diz o Raymundo, por um tempo bem mais rápido.
E, ainda, como mulher, suspeito de não terem querido se unir ao PV ano passado, quando Marina, diga o que se disser, emprestou ao partido um brilho que ele nunca teve e, acredito, nunca terá.
Os partidos ainda são dominados pelos "machos da espécie", mesmo com o papo de cotas e etc...
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0 #5 Dilma de Guerrilheira a parceira dos algozes,Fernando de Santa Ro 07-10-2011 18:36
Concordo totalmente com o articulista, não só pela adoção da política econômica subserviente ao grande capital, como virando as costas para seus companheiros massacrados pela Ditadura Genocida iniciada em 1º de aabril de 1964. Até a roubalheira do IME e Ministério dos Transportes, vide Carta Capital nº 666, de 05/10/2011. Esses Generais e Oficiais Superiores ladrões que posam de "Inticáveis", deverão ter seus IPMs engavetados. Só suas vítimas continuarão perseguidos. E o Pelluso hein ?
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0 #4 Dilma,da guerrilheira à parceira dos algosesvaleriamauricio 07-10-2011 04:06
Companheiros
Quando eu ouço falar dos tempos da Ditadura,admiro muito os que lutaram e se arriscaram pela liberdade.Hoje vejo um comodismo da população,inclusive dessa que se vangloriou por ter sido torturada.O fato é que hoje os antigos socialistas mudaram de lado e fizeram acordos com os capitalistas para governar o País. Tentaram me convencer de que acordos eram necessários, mas o que foi que mudou? As greves aumentam, a violência aumentou e querem que eu acredite que o governo Lula/Dilma,ambos Petistas, melhorou o Brasil?
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0 #3 Cinisco e hipocrisia...Henrique 06-10-2011 17:07
Pois é...me solidarizo com sua dor amigo de ter sido também usado por essa petralha, que demonstram serem mais desonestos que ACM e Sarney juntos. Que moral eles têm se são todos agora amigos? O pior de tudo é que não vislumbramos nenhuma alternativa, pois temos o receio que o PSOL amanhã venha se revelar igual ou pior...o PV já foi...do PDT só acredito em Cristovam... e no PT Paim....São homens de bem que ainda discutem o país. Alerto que agora que a tática deles para dizer que o desemprego caiu é usar e abusar da oferta de mão de obra por 45 dias e nada mais...vai um vem outro...e assim aumentam as estatísticas de empregalidade do povo. Os empresários rotatizam as pessoas...não ficam mais de seis meses...e assim não oneram o seguro-desemprego. Por essas e outras que Obama disse que ele era o CARA. Mas o povo não vai aguentar salário mínimo por muito tempo não, quem viver verá! Aqui na Bahia, terra dos propalados preguiçosos, do canval e coisa e tal, o Vagner, mais uma vez trai milhões de trabalhadores que votaram no PT nos incluindo no horário de verão, que só beneficia aos programas da Globo que não quer perder audiência...foram para o estádio de futebol Pituaçu pedir a nos torcedores que dissessem SIM ao horário. Para a Europa e os USA tudo...Ah e ao Judiciário, né?! Para o peão nada!!!!
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0 #2 RE: Dilma, da guerrilheira à parceira dos algozesclaudio campos 05-10-2011 22:20
professor TEMER,sou um ex. metalurgico no ano 1967 trabalhava em uma multinacional fabricante de veiculo em SÃO BERNARDO DO CAMPO nesse tempo o sonho do trabalhador no poder era acalentado como unica forma de alcançarmos justiça social a classe trabalhadora; hoje estou aposentado nem mesmo o redutor de salario colocado encima dos aposentados pelo academico,intelectual fhc, cuja lei o SENADOR PAIM(pt) CRIOU E APROVOU NO SENADO E NA CAMARA FEDERAL para acabar com essa desgraçada injustiça, foi vetado pelo presidente lula, esse presidente que nós na época financiamos através do nosso sindicato dos metalurgicos de SBC.e apoiamos.PROFESSOR TEMER depois de ler o seu artigo,somei os fatos acima e os fatos que relata tão bem em seu artigo, fiquei pensando existe alguma ideologia, ideal no coração dessa turba cruenta que se diziam trabalhadores antes de alcançarem o poder ...Essa realidade é insuportavel e´terrivel para quem toma contato com ela e principalmente para aqueles que financiaram e apoiaram essa turba cruenta, e hoje são idosos aposentados com eu.Esses fatos descritos pelo senhor e´como uma ferida, uma pustula em nosso país...QUAL a saida para tudo isso e´o povo nas ruas protestando com perigo de ver sangue inocente escorrendo nas calçadas??...PROFESSOR QUAL A MELHOR SOLUÇÃO PARA ESSA DEMONIACA INJUSTIÇA???
''DEUS'' abençoe com sabedoria...VIVA O BRASIL
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0 #1 O PSOLvai no mesmo caminhoRaymundo Araujo filh 05-10-2011 16:09
Milton Temer que me desculpe, mas sofismas aqui no Correio não colam.

O PSOL acaba de filiar em seus quadros o prof. Carlos Lessa que é defensor da monstrenga hidrelétrica de Belo Monte e ainda imprecou no programa Faixa livre, contra os limites ambientais impostos a esta obra, que ainda por cima estão muito aquém do necessário. Em recente artigo, Carlos Lessa faz boa análise dos problemas de trânsito que a Copa do Mundo poderá ensejar aos cariocas, mas propõe, pasmem, que SEJA PROIBIDO QUE SE PASSE OS JOGOS EM APARELHOS DE Tv, em bares e restaurantes (para evitar engarrafamentos). Que o prof. Carlos Lessa não se meta em determinar onde é que eu vou ver os jogos da Copa (se é que vou ver...).

O PSOL acaba de filiar o vereador saído do anti comunista PPS, Paulo Pinheiro. Esta aí votou a favor da doação de boa parte do Rio, uma das mais promissoras para negócios, para a iniciativa privada sob o nome de Novo Porto do Rio, projeto que, assim como Belo Monte, o PSOL vem sendo contra até aqui.

Está nas páginas dos jornais e sem contestação pelo PSOL que este Partido tido como progressista pelo seu presidente no RJ, pretende fazer uma aliança com o PV, tendo como vice do marcelo Freixo, o deputado federal Fernando Gabeira, ex "enfant gatée" do Cesar Maia, do Zito de Duque de Caxias, do condenado por desvio de verbas Godofredo Pinto do PT Niterói, entre outros corruptos, além de ter sido e ser a favor da quebra do monopólio estatal do Petróleo, das Privatizações das Teles, da energia elétrica, da Água e das Estradas.

Se Miltom temer considera estas como "questões périféricas", dizendo que importante é saber quem está do lado dos trabalhadores, sugiro que pergunte para as populações do entorno de Belo Monte, Jirau e outras obras faraônicas para lucro estrangeiro, e para os Sem teto da Gamboa , no Rio, se estes senhores estão do lado deles, tá?

Luciana Genro em uma só disputa eleitoral fez aliança com o PV do RS que já fez campanha expondo um candidato ao governo, um ultradireitista chamado Nelson além, dela própria, não resistir em aceitar grana do Gerdau, uma grana legal, mas imoral.

A secretaria internacional de seu Partido apoiou a OTAN na invasão da Líbia e ainda teve o desplante de dizer que a OTAN só entrou na guerra após o conflito estar instalado.

Milton: Conversa prá boi dormir, comigo não cola.

O PSOL está em plena inflexão eleitoreira, tendo o dep. Chico Alencar dito em entrevista que "está com a História e não com a Histeria", desqualificando todos que divergem dele, de forma cabotina, como se doidos fôssemos.

E o vereador Eliomar Coelho (Rio) repetido o discurso de "sair do gueto" e que é "normal fazer alianças com contrários, pois com iguais não precisa".

Ora, Eliomar! As cartilhas que li e ainda aproveito alguma coisa dizem que "é normal fazer alianças com DIFERENTES (não com contrários)".

O discurso de hoje dos PSOL se assemelha muito ao que hegemonizou o PT nos anos 90 e que gerou esta m*rda que esta aí. Daí para a corrupção é um passo, a não ser que o PSOL não seja deste mundo.

Mas, o PSOL conquista uma façanha, a meu ver. Faz a mesma inflexão do PT, só que na metade do tempo.

Além de não terem meu voto, terão o meu combate crítico, embora eu tenha em Plínio Arruda Sampaio (que espero não estar concordando com estas coisas - e espero que se manifeste)e no valoroso e combativo vereador Renatinho de Niterói dois incorruptíveis ideologica e pessoalmente falando.
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