Brasil: O Capital Natural, de Mauro Victor
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- 26/10/2007
A melhor maneira de resgatar a singularidade e importância dessa obra nas atuais condições de nosso país é reproduzir os comentários de personalidades que sempre priorizaram a questão ambiental em seus estudos.
Cardeal Arns – Arcebispo emérito de São Paulo
É dramático o depoimento de Mauro Victor neste seu estudo, Brasil, O Capital Natural, que mostra como a Nação brasileira está sendo espoliada de suas riquezas naturais, o dom divino da Vida.
Mostra-nos como se exacerbou o processo de supressão de toda a biomassa na Amazônia, o que repercute em escala planetária; as recentes tragédias ocorridas aí não conseguem fazer calar a consciência dos homens comprometidos com a Vida, na sua dimensão integral. Continuamos a bradar em vão como o profeta no deserto. E assim vemos o outrora “Inferno Verde” se transformar em deserto vermelho tinto de sangue. Mas, apesar de tudo, o ilustre pesquisador passa uma mensagem de crença no futuro da humanidade: conclama o cidadão à resistência e oferece alternativas concretas para a cura dos males diagnosticados, que mais que tudo depende da vontade política dos homens que nos governam. E de cada um de nós.
Recomendo esta leitura a todos os homens e mulheres que acreditam que a caminhada do homem sobre a face da Terra encontrará a Luz e que a civilização acabará vencendo a barbárie.
Aziz Nacib Ab’Saber – Professor Emérito da USP
Para quem gosta de relatórios lineares, rigidamente setorizados, o trabalho vai causar espanto. O autor não foi talhado para redigir relatórios técnicos burocráticos. Usa de muitos métodos e recursos de linguagem. Ganha com isso profundidade e calor humano, em seus estudos. Jamais se atrela aos modismos temporários que vêm marcando a disciplina de sua eleição. De certa forma, tem uma energia cultural, sobremaneira especial, relacionada a uma postura interdisciplinária, que, não raro, atinge as fronteiras externas do método. Para desespero dos certinhos e dos medíocres, há que ser muitas vezes totalmente contra o método e contra uma linguagem acadêmica muito rígida. Mauro Victor é bem isto. Pesquisador científico de carreira, jamais abriu mão do rigor científico em seus trabalhos, mas nunca foi subjugado pelos dogmas da academia. Realiza casamento perfeito do QI com o QE. Razão e emoção ao mesmo tempo.
Brasil – O Capital Natural, vazado numa linguagem coloquial, didática e envolvente, é leitura obrigatória para todos os brasileiros e cidadãos do mundo que pensam o futuro desta Nação, onde deverá prevalecer a justiça social e o respeito à nossa herança comum.
Plínio de Arruda Sampaio – Especialista em política agrária. Serviu as Nações Unidas em Santiago do Chile e Washington, DC. Fundador do PT e do PSOL
O texto que o leitor tem em mãos não é apenas um livro. É um verdadeiro processo criminal por crimes de lesa humanidade, lesa pátria e corrupção. Nele o leitor encontrará a denúncia; as provas testemunhais e documentais; o libelo crime acusatório; a sentença condenatória, que poderá ser assim proferida: “Vistos e examinados os presentes autos, considero provados os fatos elencados na denúncia e condeno a classe dirigente brasileira por estar assassinando, por ação e omissão, a Floresta Amazônica e a Mata Atlântica”.
A sentença de Mauro Victor precisa ser multiplicada aos milhões, para mostrar à parte sadia da Pátria a urgência das providências requeridas para impedir o desastre.
Stephen Powell – jornalista sênior com vasta experiência internacional, particularmente na América do Sul. Líder atual do Instituto Gaia Coach
Por mais de 20 anos testemunhei o enorme comprometimento de Mauro Vítor com a Amazônia e as florestas tropicais como um todo. Mas, mais do que isto, Mauro é um adepto da Teoria de Gaia – A Terra vive como um organismo. Mauro se diz agnóstico, mas isso não é verdade, na medida em que o espiritualismo emerge de seus escritos. Brasil, o Capital Natural é uma voz que vem do Sul e que assinala que a riqueza do Norte não vai sobreviver à parte do Sul – nosso destino comum.
Uma sólida carreira acadêmica atrelada a um corajoso ativismo são as marcas que fazem do autor uma figura singular atualmente, especialmente para “o dia de amanhã”, quando o aquecimento global é tido como certo pela humanidade.
João Paulo Capobianco – Secretário Nacional de Biodiversidade e Florestas do Ministério de Meio Ambiente
Cem Anos de Devastação, de Mauro Victor (1975), se tornou uma obra que influenciou, entre tantos como nós, biólogos, ecólogos, engenheiros florestais, agrônomos, entre outros profissionais, fazendo-nos repensar, com seriedade, o preço do desenvolvimento às custas da destruição dos ecossistemas que perfazem a biodiversidade. Quantos profissionais e mesmo estudantes tomaram rumos diferentes em suas carreiras em função desse estudo?
Warren Dean – brasilianista do Cary Arboretum de Nova Iorque. Autor de A destruição da Mata Atlântica – A Ferro e Fogo
Cem Anos de Devastação é um clássico. Mauro Victor, historiador decano das florestas brasileiras.
Robert Goodland – Banco Mundial, autor de Amazônia – Inferno Verde ou Deserto Vermelho
Nossa admiração a Mauro Victor e Vera Lúcia. Resistem, insistem e não desistem.
Amílcar Baiardi – professor decano da Universidade Federal da Bahia, Brasil
Como fazer a propaganda ou divulgação de uma obra que já nasce clássica no sentido de ser original, contundente e convincente pelo que ela oferece? ...Conheço Mauro Victor, o Maurão para os íntimos, há quarenta e quatro anos, e sempre vi nele um defensor de um outro ordenamento econômico no qual o mercado não seria a única determinação de estilos de vida no planeta e no qual a produção de bens de qualquer natureza não deveria gerar intervenções de elevada entropia... Brasil, o Capital Natural não pretende somente denunciar e propor ações. Propõe-se a colocar transparente a ligação orgânica que a destruição da natureza tem com a forma tradicional de fazer política e com a dinâmica da acumulação capitalista, tanto na cidade como no campo. Com maestria, competência e irreverência e com um estilo tão revolucionário de escrever como foi o de James Joyce e Guimarães Rosa no seu tempo, Maurão aduz argumentos que preocupam. Isto acontece sobretudo quando denuncia que orquestrações internacionais, em nome de um possível descumprimento do “dever de casa” por brasileiros, o que não deixa de ser verdade, na realidade ocultam intenções de relativizar a soberania, para que os padrões de consumo do mundo industrializado não sejam modificados...”.
Flávio Garcia – pesquisador do CNPq, assessor da Reitoria da Universidade Federal de Goiás, Brasil
Sabemos que 75% da população brasileira acreditam numa ingerência externa no espaço amazônico. Mauro Victor em seu Brasil, o Capital Natural dá a resposta a esta indagação. Investiga de forma sistemática e com farta base documental até que ponto isto é fantasia, delírio, teoria da conspiração. Leitura necessária a todos os que pensam o futuro do país e a necessidade de termos um Projeto de Nação para a Amazônia que barre as ameaças externas.
Paulo Bastos, arquiteto, ex-presidente do CONDEPHAAT, Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico e Turístico de São Paulo
Conheço a trajetória de Mauro Victor na defesa de nossa Cantareira e de nossa herança comum planetária. Brasil, o Capital Natural fala disto, de como defendendo nosso patrimônio local, estamos defendendo o Planeta, porque tudo faz parte de um todo. Mauro Victor ensina: O Instituto Florestal de São Paulo foi fundado há mais de 100 anos, pelo botânico Loefgren, o arquiteto Ramos de Azevedo e o geólogo Orville Derby. Quer dizer, o aspecto holístico do conhecimento humano. Depois é que houve a compartimentalização, a especialização, a estreitar nossa visão da realidade. Este livro rompe barreiras, fronteiras do conhecimento, paradigmas, rompe nossa inércia, comodismo e conformismo e nos obriga a pensar o Brasil neste milênio e sua inserção na sociedade planetária.
Laerte Setúbal Filho - líder empresarial
A Devastação Florestal (1975) é uma fotografia de corpo inteiro revelada pelo seu autor, Mauro Victor, à luz da constatação histórica e, lamentavelmente irreversível, a constranger aqueles que estarrecidos a contemplam. Esse trabalho não visa a um tratamento de choque, inevitável, aos que de sã consciência percorrem os caminhos exauridos e áridos da devastação de nossas florestas... O documento da devastação florestal aí está para os que a conhecem e para os mais céticos compulsarem-no e meditarem. Há esperanças. Esperanças que, na consciência de cada um, buscam ações práticas e definitivas.
Reservas do livro podem ser feitas com a editora FEPAF, pelo email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.