Correio da Cidadania

O Filho Eterno

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O Filho Eterno é a narração angustiada e convulsa do drama vivido por um jovem pai frente ao nascimento de seu primeiro filho, portador da síndrome de Down.

 

Susto, não-aceitação, constrangimento e revolta borbulham na confusão dolorida do rapaz, que até então só havia acumulado livros recusados pelas editoras, mas que insistia em ser escritor profissional. livro_ofilhoeterno_gd.jpg

 

Enquanto perambula com o filho por médicos e clínicas, o pai relembra sua vida, esmiúça seus sentimentos e se mostra por inteiro.

 

Jovem típico dos anos 70, revoltado com a prepotência do regime militar e com as aberrantes injustiças sociais, ele, entretanto, despreza qualquer crença ou engajamento.

 

Com a pretensão e ânsia de experimentos típicas da juventude, lança-se à aventura, atuando em grupos de teatro amador, vivendo como imigrante na Europa, atirando-se à leitura, escolhendo seu guru.

 

A figura da mãe da criança mal se vislumbra na narrativa, mas sente-se que é ela a viga mestra, a força vital do grupo familiar (o livro lhe é dedicado).

 

Pouco a pouco chegam para o pai a aceitação e o amadurecimento – não apenas na vida pessoal, mas também na vida profissional.

 

Paradoxalmente, o filho prejudicado, esse estorvo, no cuidado do qual ele sente que seu tempo se esgota, o conduz ao sucesso: "O Filho Eterno" ganhou os maiores prêmios literários em 2008.

 

Ficha técnica:

Título: O Filho Eterno

Autor: Cristovam Tezza

Ano: 2007

Editora: Record

Preço: 34.50

 

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Comentários   

0 #2 Marietta Azevedo 17-06-2009 13:53
Caro leitor,
Obrigada pelo seu comentário.
Como você diz, o "Pai Eterno" é a história de um grande ego. Teria o pai realmente amadurecido?
Eu acreditei que sim. Terei sido ingênua? Parece-me que o sofrimento ao enfrentar o inexorável levou-o a comprender o mistério da vida e das "diferenças".
Marietta Azevedo
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0 #1 Estorvo?João Lopes 09-06-2009 06:32
Um livro sobre um grande ego. Bem, cada pai deve saber o que fazer pelo seu filho. Mas dever não é igual a saber.
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