Por um Brasil livre de usinas nucleares
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- 25/05/2012
A construção de uma usina nuclear não é apenas uma questão técnica, mas uma questão ética preocupante. Os riscos a que estão sujeitas as populações que vivem perto de um reator nuclear são reais. Um acidente pode causar males às gerações presentes e futuras. A catástrofe de Fukushima, no Japão, em que a um terremoto e a um tsunami se seguiu a destruição dos reatores nucleares, parece ter acordado a humanidade para a irresponsabilidade social que pesa sobre o uso dessa tecnologia no mundo de hoje.
Estas páginas escritas por Francisco Whitaker Ferreira, modelo de militância cidadã, e por Ildo Sauer e Joaquim Carvalho, renomados cientistas, conjugam os argumentos das certezas da Ciência com as exigências da Ética. Eles querem alertar o povo brasileiro e as autoridades para as conseqüências da opção nuclear na vida e no futuro do país. No Brasil, os cientistas têm certeza de que não precisamos construir usinas nucleares em nosso país, cujas necessidades de energia elétrica podem ser atendidas por fontes limpas e renováveis como a hidráulica, a eólica e a solar.
O livro pretende ajudar-nos a compreender o caráter e as conseqüências dessa opção política e como ela foi imposta ao Brasil; e a exercer a nossa cidadania lutando para afastar para bem longe, da nossa e das futuras gerações, os riscos da opção nuclear. Que estas páginas, dirigidas ao povo brasileiro em geral, ameaçado por um programa desnecessário, caríssimo e arriscado, sirvam para despertar a consciência dos leitores e levá-los a uma vigorosa militância ambientalista.
Título: Por um Brasil livre de usinas nucleares - Por que e como resistir ao lobby nuclear
Autores: Ildo Sauer e Joaquim Francisco de Carvalho
Organizador: Chico Whitaker
Editora: Paulinas
Páginas: 120
Preço: R$ 24,50
Comentários
Vejam o texto abaixo em
http://www.geodireito.com/novo/?p=2951
"A energia nuclear é um direito inalienável para o desenvolvimento econômico e social. É o que lembrou Dom Giampaolo Crepaldi, arcebispo de Trieste, no encerramento da convenção promovida pela Sociedade de Gerenciamento de Instalações Nucleares (SOGIN), realizado em Trieste, Itália, em 2011, cujo tema foi A segurança nuclear é um bem comum.
O já secretário do Conselho Pontifício Justiça e Paz revelou que a Santa Sé está entre os fundadores da Agência Internacional de Energia Atômica da ONU (AIEA) visando a promover o bem comum, e acompanha de perto os processos de desarmamento e não-proliferação nuclear, bem como as possíveis aplicações pacíficas da tecnologia nuclear.
Garantir a segurança das instalações nucleares e dos depósitos – precisou o arcebispo -, regulando severamente a produção, distribuição e o comércio de material nuclear, parecem-me ser os pressupostos de uma política energética integrada, capaz de contemplar, ao lado das várias formas de energia limpa, também a energia nuclear.
A Doutrina Social da Igreja, enfatizou Dom Crepaldi, insere a energia nuclear no âmbito da responsabilidade comum da humanidade de construir o próprio progresso futuro, no respeito, não como se diz com frequência, aos direitos do ambiente, uma vez que o ambiente, naturalisticamente entendido, não tem direitos, mas sim aos direitos dos homens, inclusos os pobres de hoje e de amanhã e as gerações vindouras."
Cordialmente,
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