Correio da Cidadania

‘A Comissão da Verdade tem obrigação de ouvir todos os militares envolvidos com a repressão’

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Retomando suas discussões sobre o andamento da Comissão Nacional da Verdade, o Correio da Cidadania entrevistou o jornalista Pedro Estevam Pomar, membro do Comitê Paulista pela Verdade, Memória e Justiça. Pomar retoma o processo que deu origem à Comissão da Verdade, desde a avaliação dos membros escolhidos para compô-la até o prazo definido para os trabalhos e o período a ser investigado.

 

Outro ponto que se procurou averiguar, agora que a Comissão já está em vigor há alguns meses, foi a efetividade de seus trabalhos e a participação dos envolvidos, familiares e militares. A despeito de considerar que tem havido avanços no processo, que vem dando voz a parentes de vítimas e àqueles que foram perseguidos e torturados nos anos de chumbo, o jornalista é assertivo em afirmar que ainda há um longo caminho a percorrer para intensificar a participação popular e o clamor social em torno à tão esperada Comissão.

 

Pomar acredita na possibilidade de instalação de processos criminais, mas alerta para o grave risco de generais envolvidos nos crimes da Ditadura livrarem-se de culpa, caso os militares não sejam todos ouvidos, desde as mais baixas até as mais altas patentes. Advoga, ainda, o jornalista pela revogação da Lei de Anistia.

 

Assista, a seguir, à entrevista concedida ao Correio da Cidadania.

 

Comentários   

0 #2 Não há o que esquecer, não há o que perdoarmarcelo santa cruz 19-04-2013 00:36
A Comissão Nacional da Verdade precisa ser mais transparente, dar publicidade aos seus trabalhos, sob pena de termos um relatório

final muito questionado, colocado sob suspeição.
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0 #1 Propositada falta de vontade políticaTiTa Ferreira 06-04-2013 20:51
Um dia, a revelia da Constituição, criaram uma Comissão de Anistia, que na verdade nada mais era do que uma entidade julgadora, do que já estava determinado na Constituição. Quanto tempo perdemos enveredando pelo caminho do engodo?

Agora criaram essa “Comissão de Meias Verdades”.

No meu entender não passam (as duas) de ferramentas propositalmente criadas para fingir que se faz alguma coisa, enquanto se prossegue na verdade na mesma política para qual o golpe de 64 foi instituído.

É preciso ter cuidado para que esse movimento de memória não se transforme apenas num culto ao passado e sirva de ferramenta para se passe uma borracha no presente. Porque, o entreguismo e a repressão tão característica da ditadura, permanecem.
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