Correio da Cidadania

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Moradores e pescadores do bairro de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, protestam contra a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), empreendimento da Vale e da alemã ThyssenKrupp. Eles denunciam os impactos sócio-ambientais do projeto e cobram posicionamento do secretário estadual de Meio Ambiente, Carlos Minc. Os atingidos pela siderúrgica encerraram, nesta terça-feira (30), o acampamento de cinco dias em frente à Secretaria de Estado do Ambiente (SEA).

 

A siderúrgica entrou em funcionamento no último ano e, desde então, vem causando danos à saúde da população e à pesca artesanal do entorno. Os moradores relatam que as “chuvas de pó de prata”, composta de partículas de ferro e carbono, são constantes na região. Essa poluição provoca sintomas como alergia, manchas na pele, dor de cabeça e sangramento no nariz.

 

A CSA já foi multada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e sofreu auto de infração pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). Ela também é alvo de nove ações civil públicas e um inquérito no Ministério Público Federal (MPF).

 

Os moradores aguardam a realização de uma audiência pública no bairro e a próxima audiência sobre o caso da Comissão Especial da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, marcada para esta quarta-feira (31). A Comissão apura “possíveis irregularidades” do governo estadual e do Inea na concessão de licenciamento ambiental à CSA.

 

Por Vivian Fernandes, da Radioagência NP.

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A situação na ocupação do MST em Americana é grave!

 

As 600 famílias que ocupam uma área pública federal do INSS estão sob ameaça iminente de despejo e a policia já se encontra no local. A PM está rondando o acampamento, fazendo bloqueios nas estradas e impedindo que os carros cheguem à ocupação.

 

Até o momento foi barrada a entrada de moradores acampados que saíram para trabalhar e não puderam retornar à ocupação nem ao menos para encontrar familiares ou pegar seus pertences. Um advogado que defende as famílias acampadas, responsável por garantir a segurança das famílias e o respeito aos direitos humanos, também foi barrado e impedido de entrar na ocupação.

 

Já é noite e esperamos que a reintegração seja feita apenas com o amanhecer do dia conforme determinado pela lei. Não pretendemos resistir ao despejo e agiremos pacificamente. Contudo, a situação é de total alerta para as famílias que temem a truculência policial durante a desocupação ao amanhecer.

 

Na última sexta-feira foi enviado um documento ao poder judiciário pelo Ouvidor Agrário Nacional em que era requerido o adiamento da reintegração de posse até que o INCRA investigasse a situação das terras ocupadas e se posicionasse na justiça. Apesar disso, o juiz ignorou o documento e a posição do ouvidor e manteve a reintegração de posse em benefício da Usina Ester que grila terras públicas federais, estaduais e municipais na região.

 

Pedimos a todos e todas que se dirijam ao local amanhã o mais cedo possível e que enviem mensagens de apoio, ajudando a divulgar essa informação com urgência. Precisamos ao máximo pressionar para que os advogados e apoiadores da luta pela Reforma Agrária possam estar presentes no local e evitar a violência policial contra as famílias acampadas.

 

Viva a luta dos trabalhadores e trabalhadoras!

 

Reforma Agrária Já!


SECRETARIA REGIONAL CAMPINAS - MST

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A lei que proíbe o uso de celulares em bancos da capital paulista, em vigor a partir desta segunda-feira (29), recebeu críticas do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. A lei visa diminuir a incidência do crime conhecido como “saidinha de banco” e de sequestros-relâmpagos.

 

Para a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, a medida é ineficaz e irá penalizar os cidadãos e os trabalhadores dos bancos.

 

“Essa medida só dá responsabilidade para o cliente. E ela precisa de fiscalização e isso não se tem. A subprefeitura ficou com a responsabilidade de fiscalizar, mas ela não tem gente suficiente para estar nas 2.5 mil agências de São Paulo”.

 

Com a nova lei, fica proibido o ato de receber ou fazer ligações, mensagens de voz ou de texto no interior das agências bancárias durante o horário de atendimento.

 

O Sindicato defende outras soluções para o problema, como aumentar o tamanho dos biombos que separam os caixas de autoatendimento e das agências. Outra proposta é a isenção de tarifas como para as operações de transferência de dinheiro de um banco para outro (DOC), para evitar saques de grandes valores pelos clientes.

 

Segundo Juvandia, os bancos precisam tratar com mais seriedade o tema. “Nós defendemos que tem que haver mais investimentos na segurança bancária, na segurança dos clientes, vigilantes e bancários, que estão todos os dias nos locais de trabalho expostos a esses riscos. Tem mais investimento em propaganda do que em segurança, e a segurança deveria ter uma prioridade maior”.

 

Os bancos deverão informar os clientes sobre a proibição e se não cumprirem a lei, receberão multas que variam de R$ 2,5 mil a R$ 5 mil.

 

Vivian Fernandes, da Radioagência NP.

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Os trabalhadores rurais da Via Campesina participaram nesta quinta-feira (26) de uma audiência pública com o ministro de Comunicação Social, Paulo Bernardo. No encontro, os movimentos sociais reivindicaram políticas públicas para o campo voltadas à inclusão digital.

 

A coordenadora de comunicação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Solange Inês, disse à Rede Brasil Atual que a conversa com o ministro se fundamentou em três eixos principais: a expansão do Plano Nacional de Banda Langa (PNBL) para o campo, a instalação de pontos comunitários de acesso à internet (casas digitais) e a viabilização de rádios comunitárias nos assentamentos.

 

Mesmo assumindo que os termos gerais do PNBL não agradam os movimentos sociais, Solange disse que só a chegada do plano ao campo já seria uma grande vitória. “O ministro se comprometeu a tentar viabilizar o acesso a todos os municípios onde não há internet, dentro da faixa de R$ 35, incluindo também as áreas rurais”, contou.

 

Se o PNBL já tem um encaminhamento positivo, o desejo de contar com, no mínimo, 500 casas digitais nos assentamentos parece estar um pouco mais distante. A coordenadora do MST contou que mesmo se comprometendo a instalar os “telecentros” nas comunidades rurais, Bernardo disse que para a iniciação desse processo será necessária uma complementação orçamentária que, segundo ela, poderá sair só em 2012.

 

Sobre a viabilização das rádios comunitárias, Solange contou que o ministro reconheceu que são necessárias algumas modificações na lei. “O Paulo Bernardo assumiu a necessidade de reformular a lei que trata da abrangência de 25 watts (de potência dos transmissores). Como no espaço rural os espaços são maiores, é necessário mudar essa lei, que está sendo debatida na Câmara Federal”, explicou.

 

A coordenadora comemorou o primeiro encontro do movimento com um ministro da Comunicação. “Ficamos felizes porque ele (Paulo Bernardo) se mostrou aberto ao diálogo e ao encaminhamento de algumas demandas”, disse Regina. Mesmo com os sinais animadores, a ativista prevê a necessidade de pressionar o governo em torno das reivindicações. “A única forma (de avançar) é fazer a luta, ir para as ruas, fazer mobilizações".

 

Da Rede Brasil Atual. 

 

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Em ofício encaminhado à Polícia Federal, procuradores da República solicitaram medidas de proteção a trabalhadores rurais ameaçados de morte no Pará. O caso mais grave é do extrativista Raimundo Belmiro. Conforme denúncias, foram oferecidos R$ 80 mil pelo seu assassinato.

 

São inúmeras as lideranças ameaçadas por madeireiros, grileiros e pistoleiros no estado. Segundo o procurador Bruno Gutschow, Raimundo vem denunciando a retirada ilegal de madeira na Reserva Extrativista Riozinho do Anfrísio, em Altamira. Ele acredita que esse possa ser o motivo da perseguição.

 

“É um valor até incomum porque geralmente a pistolagem age com valores menores. Isso é um indício de que ele estaria causando muitos problemas aos criminosos. Em função disso, seria mais importante ainda a atuação do Estado no sentido de apurar a situação e dar uma proteção efetiva a pessoa.”

 

As autoridades de segurança pública também receberam o comunicado do Ministério Público Federal (MPF), que demonstra preocupação com os familiares de Zé Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo, mortos numa emboscada, em Nova Ipixuna, no mês de maio.

 

Em 2010 ocorreram 1.186 conflitos no campo brasileiro, segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT). Naquele ano, foram assassinadas 34 pessoas. Para Gutschow, há uma relação entre as disputas por terras e a violência.

 

“Se você fizer um mapa do Pará, verá que o mapa do desmatamento coincide com o mapa dos homicídios e com o mapa dos conflitos agrários. E a presença do Estado para coibir tudo o que há de ilegal aqui ainda é muito pequena.”

 

Recentemente, a CPT anunciou que, quando se trata de crimes no campo, “o comportamento da Polícia vai na linha de investigar as vítimas, e não os responsáveis pelas mortes”.

 

Jorge Américo, da Radioagência NP.

 

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A Comissão de Busca de Pessoas Desaparecidas da Colômbia afirmou nesta segunda-feira (29/08), véspera da celebração do Dia Internacional do Desaparecido, em 61.604 o número de vítimas do conflito no país sul-americano.

A comissão, vinculada à Defensoria Pública, disse também que o número corresponde ao dia 26 de agosto de 2011 e que das 61.604 vítimas, 14.427 são mulheres e 47.177 homens. A instituição tinha registrado 47.757 casos de desaparecimento forçado até junho de 2010, mas seus trabalhos no último ano aproximaram o número até quase 62 mil.

O defensor público e presidente da Comissão de Busca de Pessoas Desaparecidas, Volmar Pérez, convidou a comemorar nesta terça-feira o Dia Internacional do Desaparecido e lembrou que haverá atividades para lembrar esta efeméride até o dia 2 de setembro.

A Colômbia, que vive um prolongado conflito armado interno há quase 50 anos, é um dos países com maior número de desaparecidos no mundo, segundo os dados da comissão. ]

 

Fonte: Efe; retirado de Ópera Mundi.

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Os trabalhadores rurais da Via Campesina participaram nesta quinta-feira (26) de uma audiência pública com o ministro de Comunicação Social, Paulo Bernardo. No encontro, os movimentos sociais reivindicaram políticas públicas para o campo voltadas à inclusão digital.

 

A coordenadora de comunicação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Solange Inês, disse à Rede Brasil Atual que a conversa com o ministro se fundamentou em três eixos principais: a expansão do Plano Nacional de Banda Langa (PNBL) para o campo, a instalação de pontos comunitários de acesso à internet (casas digitais) e a viabilização de rádios comunitárias nos assentamentos.

 

Mesmo assumindo que os termos gerais do PNBL não agradam os movimentos sociais, Solange disse que só a chegada do plano ao campo já seria uma grande vitória. “O ministro se comprometeu a tentar viabilizar o acesso a todos os municípios onde não há internet, dentro da faixa de R$ 35, incluindo também as áreas rurais”, contou.

 

Se o PNBL já tem um encaminhamento positivo, o desejo de contar com, no mínimo, 500 casas digitais nos assentamentos parece estar um pouco mais distante. A coordenadora do MST contou que mesmo se comprometendo a instalar os “telecentros” nas comunidades rurais, Bernardo disse que para a iniciação desse processo será necessária uma complementação orçamentária que, segundo ela, poderá sair só em 2012.

 

Sobre a viabilização das rádios comunitárias, Solange contou que o ministro reconheceu que são necessárias algumas modificações na lei. “O Paulo Bernardo assumiu a necessidade de reformular a lei que trata da abrangência de 25 watts (de potência dos transmissores). Como no espaço rural os espaços são maiores, é necessário mudar essa lei, que está sendo debatida na Câmara Federal”, explicou.

 

A coordenadora comemorou o primeiro encontro do movimento com um ministro da Comunicação. “Ficamos felizes porque ele (Paulo Bernardo) se mostrou aberto ao diálogo e ao encaminhamento de algumas demandas”, disse Regina. Mesmo com os sinais animadores, a ativista prevê a necessidade de pressionar o governo em torno das reivindicações. “A única forma (de avançar) é fazer a luta, ir para as ruas, fazer mobilizações".

 

Da Rede Brasil Atual. 

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Apesar do mercado atraente, a operação das empresas petrolíferas internacionais na Líbia estava longe de ser a ideal. As empresas reclamavam da dificuldade em trabalhar no país norte-africano: vistos, impostos e dificuldade em contratar mão-de-obra eram as principais queixas. Esses fatores diminuíam dramaticamente as margens de lucros das petrolíferas.

O comentário está contido num despacho enviado pela embaixada norte-americana em Trípoli em 27 de novembro de 2007 para o Departamento de Comércio dos EUA e para outras representações diplomáticas norte-americanas, vazado nesta terça-feira (23/08) pelo site Wikileaks.

No documento, há a previsão para os próximos anos: segundo John Stevens, chefe da missão diplomática na Líbia, o lucro das empresas diminuiria ainda mais, pois o governo de Muamar Kadafi pretendia extrair mais concessões das petrolíferas instaladas na Líbia. Isso seria feito mesmo à custa de afastar novos investimentos de companhias petrolíferas do país.

Em outro despacho, datado de 1º de dezembro de 2008, também enviado por John Stevens, fornecia um raro panorama da indústria petrolífera líbia. No documento, o diplomata comenta uma conversa em 18 de novembro de 2008  com Karima el-Mshawet, um "veterano com 15 anos de experiência" na estatal de petróleo do país africano. O funcionário reclamava da gestão de Shukri Ghanem no comando da Libia Oil Nacional Corporation (NOC, na sigla comumente conhecida).
 
De acordo com esse funcionário, a ingerência de Ghanem à frente da companhia estatal somada à perda de quadros da NOC para as petrolíferas estrangeiras instaladas na Líbia poderia dificultar o trabalho das empresas estrangeiras no país. Também há menção ao pouco conhecimento técnico de Ghanem em relação ao setor de petróleo.

Com 700 empregados, a NOC explorava todo o petróleo da Líbia e tinha planos de aumentar a produção de petróleo da Líbia. O território líbio contém as maiores reservas de petróleo do continente africano e a ideia do governo era dobrar a produção de petróleo da Líbia dos 1,7 milhão de barris/dia em 2008 para três milhões de barris/dia em 2012. Tal salto seria de fundamental importância para a estabilidade do governo Kadafi.

Cerca de 95% da economia líbia depende dos recursos gerados pela produção de petróleo e gás natural. Desde 2005, o governo líbio lançou três concorrências para a exploração desses recursos – essas concorrências atraíram 60 empresas de 25 países diferentes. Na Líbia, já operam cerca de 40 empresas petrolíferas estrangeiras e o diplomata ressalta as oportunidades de negócios a serem abertas com a alta dos preços do petróleo.

Por outro lado, Stevens pontua as dificuldades de operação no mercado líbio, descrevendo o país como um "ambiente desafiador", onde a paciência e os limites financeiros das empresas são testados.  Além disso, há as dificuldades impostas pela gestão centralizadora de Ghanem na NOC e pela necessidade líbia em aumentar os lucros obtidos pelo país.

Um executivo de uma empresa líbia – e ex-executivo da NOC – exemplifica essas dificuldades com uma estatística: “minha empresa obtém os mesmo lucros em um país vizinho extraindo apenas 25% do petróleo extraído na Líbia”. Ou seja, havia pressão contra os altos custos de produção e a legislação trabalhista restritiva no país de Muamar Kadafi. Stevens finaliza o telegrama dizendo que muitos membros do alto escalão do governo líbio ressentem o pouco interesse de empresas americanas em explorar os recursos do país a despeito da Líbia ter sido removida da lista de países suspeitos de financiar o terrorismo.

 

Por Charles Nisz, Ópera Mundi. 

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Permanecemos com o propósito de consolidar um novo espaço e novas formas de linguagens – efetivamente comunicativas - para tratar de um assunto tão importante quanto pouco preservado criticamente e/ou difundido democraticamente: nossa Cidade, nossa Cultura, e nossa História.

 

Criando desta maneira efetivas pontes entre os participantes diretos ou indiretos de um passado histórico tão importante, com jovens atuais interessados no nosso passado cultural e político, tão presentes. Da mesma forma em relação a espaços históricos desta cidade que vivemos, dos quais devemos nos apropriar histórica e simbolicamente, como no caso da Praça Roosevelt e do antigo “Cine Bijou”, atual Teatro Studio 184, e tantos outros.

 

Assim, estamos certos de que nosso projeto poderá seguir contribuindo – e muito! – para as iniciativas artísticas e culturais feitas pelos jovens dos dias de hoje, ajudando-nos a refletir sobre nossas práticas, nossos processos criativos e simbólicos, bem como em propostas de intervenção na cena cultural e política da cidade.

 

Para a concretização desse propósito, contamos com sua presença!

 

A primeira sessão será dia 03 de setembro de 2011, às 15 horas, com exibição dos filmes Cinema Paradiso, direção: Giuseppe Tornatore - 123 min. - 1988 e Chá Verde e Arroz - Direção: Olga Futemma - 11 min. – 1989.  Após os filmes, haverá debate sobre a importância dos cinemas na formação cultural da cidade de São Paulo, com Olga Futemma, diretora da Cinemateca de São Paulo.

 

LOCAL: Teatro Studio 184, Pça Roosevelt, 184 – Centro

REALIZAÇÃO: a Ponte, Núcleo Memória, Teatro Studio 184 e Sarau da Ademar

CONTATOS: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. / 8460-3200 (c/ Alessandra), 8216-1889 (c/Ane), 8708-7962 (c/ Danilo), ou 8911-7917 (c/Silvana)

BLOG: http://www.bijoucinememoria.blogspot.com/

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Para pagar menos impostos, os bancos estão declarando inadimplência maior do que a existente em suas carteiras de crédito. Até o mês de julho, a Receita Federal autuou as instituições financeiras em quase R$ 200 milhões, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo.

 

Os pagamentos que os bancos deixam de receber de seus clientes podem ser abatidos da base de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. Com a fraude, os valores dos impostos que deixarão de ser recolhidos podem chegar a R$ 600 milhões até o final do ano.

 

Pelo menos 30 processos estão em curso para investigar as irregularidades. Se ficar comprovado que os bancos informaram dados errados intencionalmente para diminuir o imposto devido, as instituições podem responder criminalmente.

 

O setor bancário é recordista em lucros no Brasil. Somente no primeiro trimestre de 2011, as cinco maiores instituições financeiras lucraram juntas R$ 12 bilhões.

 

Recentemente, o sindicato que representa os bancários em São Paulo revelou que é crescente o número de denúncias envolvendo assédio moral. Os bancos pressionam os funcionários a atingirem metas, enviando mensagens de texto no celular e no correio eletrônico constantemente.

 

Jorge Américo, da Radioagência NP

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A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse nesta segunda-feira (22) que todos que possuem uma visão técnica, e não ideológica, serão convencidos da viabilidade e necessidade da hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará. Segundo a ministra, Belo Monte será exemplo de implantação de usinas hidrelétricas na região Amazônica, com respeito social e ambiental. Em resposta à ministra o presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) dom Erwin Krautler afirmou que o governo "falseia a realidade".

 

As declarações foram dadas durante evento com o tema: "Hidrelétricas: as necessidades do país e o respeito à sustentabilidade”, promovido pela revista Carta Capital em São Paulo. A ministra ainda adiantou que o governo deve divulgar uma portaria, em setembro, com objetivo de acelerar os processos de licenciamento ambiental para as futuras hidrelétricas.

 

A portaria, segundo Belchior, deixará mais claras as condicionantes ambientais que deverão ser cumpridas pelos consórcios. A nova determinação deve gerar ainda mais atritos com movimentos sociais da região amazônica. A região, que abriga áreas de unidades de conservação ambiental e terras indígenas, também possui grande capacidade de aproveitamento hidrelétrico.

 

Protestos são “de minoria”

 

Assim como a ministra, o presidente da Empresa Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, desqualificou as manifestações contrárias à obra que ocorrem de forma intensificada desde o último ano. Segundo ele, o governo não tem a visão de que a população de Altamira, e dos outros dez municípios que serão afetados pela inundação, é contra Belo Monte.

 

“Belo Monte será um resgate social e ambiental da região. A maioria da população tem defendido Belo Monte porque sabe que a usina vai melhorar as condições de vida dela. (A rejeição) é totalmente minoritária. Alguns grupos extremistas estão fazendo confusão”, afirmou o presidente da EPE.

 

Sobre os protestos internacionais que ocorreram na segunda-feira (22) em dezesseis países, Tolmasquim afirmou que “há desconhecimento” sobre os benefícios que a usina trará à região. Durante o evento, Tolmasquim e o diretor da Eletrobras, Valter Cardeal, lembraram que o projeto original, que previa inundação de 1.600 km², teve que ser revisto para diminuir os impactos sócio-ambientais. Isso significou, segundo eles, a perda da capacidade instalada da hidrelétrica e de receita orçamentária.
 
Governo falseia a realidade

 

Com a previsão de inundar 503 km² de área na região amazônica, as obras de Belo Monte já se iniciaram. O Consórcio Norte Energia será responsável pela construção, orçada em R$ 26 bilhões.

 

De acordo com estimativas da Eletrobras, pelo menos 96 mil pessoas irão se deslocar para a região, o que aumentará a demanda por serviços básicos, como saúde e educação, dos quais a região já é carente. Outras 40 mil pessoas deverão se deslocar de suas terras, que serão inundadas pela barragem. Populações indígenas e ribeirinhas sentirão os impactos em seu modo de vida com diminuição da oferta de água pelo Xingu.

 

Para denunciar esses impactos, manifestantes de 18 cidades espalhadas por 15 estados realizaram atos no último sábado (20) contra a construção da hidrelétrica. Somente em São Paulo, pelo menos mil pessoas saíram às ruas da Avenida Paulista, onde queimaram um boneco simbolizando o presidente do Ibama, Curt Trennepohl.

 

Trennepohl disse recentemente a uma jornalista australiana, sem saber que estava sendo gravado, que o Brasil irá acabar com os indígenas assim como a Austrália fez com os aborígenes.

 

Para o presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Dom Erwin Krautler, o governo falseia a realidade ao dizer que os protestos contra a obra são de uma minoria. Krautler, que vive em Altamira, disse que há muita insegurança na região. “As manifestações de Altamira nunca foram ideológicas, mas são de um povo que será afetado, que está desesperado, fugindo de suas casas e invadindo terrenos alheios”, afirma o missionário.

 

Ele conta que o preço das indenizações pagas para que os moradores deixem suas terras são somas irrisórias. Quem opta por uma casa nova custeada pelo governo, não sabe onde vai morar. Já as populações indígenas e ribeirinhas estão extremamente preocupadas com a diminuição do fluxo de água, o que deve também motivá-las a mudarem do local.

 

“A política do governo é um fato consumado. O governo não entra em diálogo. É a política do rolo-compressor, do vale-tudo contra o povo envolvido. Então defendem a usina com unhas e dentes e ainda tacham as manifestações contrárias de ideológicas”, defende o missionário.

 

Por Aline Scarso, do Brasil de Fato

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A indígena Lurdivone Pires da comunidade Terena morreu nesta terça-feira (23), depois de passar quase três meses internada na Santa Casa de Campo Grande (MS). Ela é uma das vítimas de um atentado ocorrido no dia 3 de junho, no município de Miranda. Lurdivone teve 70% do corpo queimado quando o ônibus escolar em que viajava foi atingido por uma bomba, depois incendiado.

 

No momento em que foi abordado, o veículo transportava 30 estudantes indígenas que retornavam para a comunidade. O motorista e outros seis indígenas também ficaram feridos.

 

A Polícia Federal abriu inquérito para apurar o caso. Mas nunca divulgou informações sobre suspeitos ou linhas de investigação. Até o momento, ninguém foi preso. Na ocasião do ataque, o ônibus foi removido sem passar por perícia, segundo denúncia do Centro Indigenista Missionário (CIMI).

 

Na região, lideranças Terena estão ameaçadas de morte devido a disputas pelo reconhecimento de terras tradicionais. Diversas fazendas estão localizadas na área ocupada pelos indígenas. Entre elas, a fazenda Petrópolis, do ex-governador do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Pedro Pedrossian.

 

Jorge Américo, da Radioagência NP.

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