- Detalhes
- Andrea
Fazendeiro do MT, preso pela PF, era articulador das invasões de terra indígena e revelou como a CNA dá suporte para deputados ruralistas contra os povos indígenas, na PEC 215.
Conversa telefônica legalmente interceptada revela que o líder ruralista Sebastião Ferreira Prado planejava o pagamento de R$ 30 mil a advogado ligado à Confederação Nacional da Agricultura (CNA), que seria o responsável pelo relatório da PEC 215, na Comissão Especial que aprecia a matéria na Câmara dos Deputados. No diálogo interceptado, Sebastião afirma que “o cara que é relator, o deputado federal que é o relator da PEC 215, quem tá fazendo pra ele a relatoria é o Rudy, advogado da CNA, que é amigo e companheiro nosso”.
O diálogo que revelou a interferência indevida de ruralistas na tramitação do Projeto de Emenda Constitucional 215 (PEC 215) foi interceptado, com autorização judicial, durante as investigações da organização criminosa envolvida com as reiteradas invasões à Terra Indígena Marãiwatsédé, da etnia Xavante, no nordeste de Mato Grosso.
Sebastião Prado, líder da Associação de Produtores Rurais de Suiá-Missu (Aprossum), está preso desde o dia 7 de agosto quando o Ministério Público Federal e a Polícia Federal deflagraram a operação para desarticular a atuação do grupo que coordenava e aliciava pessoas para resistirem à desocupação do território indígena. O grupo recebia recursos de apoiadores de outros estados para financiar suas atividades, inviabilizando a efetiva ocupação do território pelos índios.
A influência do movimento de resistência extrapolava os limites de Mato Grosso e influenciava, também, conflitos na Bahia, Paraná, Maranhão e Mato Grosso do Sul.
Inicialmente, Sebastião Prado foi preso temporariamente, mas em requerimento apresentado à Justiça Federal, no dia 11 de agosto, o MPF sustentou que a manutenção da prisão de Sebastião Prado tutela o “direito fundamental a um ordenamento jurídico constitucional estabelecido de modo legítimo, livre de interferências indevidas, segundo os princípios democráticos e republicanos que devem fundamentar a conformação ética, política e jurídica da sociedade brasileira”.
O MPF acrescentou que o fato de a conduta da liderança ruralista direcionar-se a corromper a edição de ato normativo destinado a transformar a própria ordem constitucional é circunstância sobremaneira gravosa, a exigir do Poder Judiciário medida capaz de obstar tal situação, ameaçadora do próprio estado de direito e da ordem republicana e democrática.
Ao apreciar o requerimento do MPF, a Justiça Federal entendeu que o lobby no âmbito do Congresso Nacional é um aspecto inerente ao próprio processo político, sendo que, a princípio, nada há de mais em se tentar influenciar o relator da PEC 215. Todavia, o juiz afirma que “o problema reside exatamente no meio utilizado para se efetuar o lobby, no caso mediante pagamento ao advogado (ou assessor) responsável pela elaboração do parecer, envolvendo inclusive a Confederação Nacional da Agricultura – CNA”.
Acrescentou o magistrado federal que “o fato de o relatório da PEC 215/2000 ter sido, supostamente, 'terceirizado' para a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), representa, a princípio, um desvirtuamento da conduta do parlamentar responsável pela elaboração da PEC, eis que a CNA é parte política diretamente interessada no resultado da mencionada PEC”.
Ao final da decisão que decretou a prisão preventiva de Sebastião Prado, a Justiça Federal ressaltou que “o objeto da PEC é exatamente poder rever a demarcação de terras indígenas já consumadas como é o caso de Marãiwatsédé, o que justifica a atitude do investigado e demais pessoas, ao tentarem a todo custo – segundo informações do MPF –, permanecer na área da reserva indígena, em total afronta a decisão judicial, transitada em julgado, na mais alta Corte deste país, no caso o Supremo Tribunal Federal”.
Diversas diligências investigatórias ainda estão em curso, sendo que os documentos relacionados à possível participação de parlamentares federais no caso foram remetidos à Procuradoria Geral da República para que sejam adotadas as medidas cabíveis.
Fonte: Ministério Público Federal no Mato Grosso.
- Detalhes
- Andrea
Em tom provocativo e bem humorado, projeto “Truco!” vai checar as informações veiculadas no horário eleitoral na TV.
A Agência Pública de Jornalismo Investigativo lançou o “Truco!”, projeto dedicado à cobertura das eleições presidenciais. A equipe da Pública está 100% dedicada a checar e contextualizar dados relevantes veiculados pelos candidatos à presidência nos programas do horário eleitoral gratuito.
No jogo que inspira o nome do projeto, quem pede truco desafia o adversário a mostrar suas cartas. A cobertura da Agência Pública vai averiguar informações, dados e promessas feitas durante o horário eleitoral, colocá-los em contexto, e confrontá-los com bancos de dados e informações de especialistas. Além disso, vai enviar perguntas para as campanhas, “pedindo truco” aos candidatos para que revelem com que trunfos contam para cumprir suas promessas.
“A ideia do Truco! é contribuir com o debate eleitoral, principalmente na internet, exigindo informações melhor embasadas e projetos mais consistentes. Por isso queremos pedir que os candidatos ponham todas as cartas na mesa”, diz Natalia Viana, diretora de estratégia da Agência Pública. Além disso, o Truco! vai convidar o público a participar, sugerindo informações para checar e trazendo dados relevantes sobre os temas abordados.
O resultado das checagens será publicado no site da agência no dia seguinte à veiculação do horário eleitoral, ao meio-dia. Para manter a independência característica da Pública, a agência reuniu uma extensa base de dados de pesquisas, especialistas e instituições de diversas áreas prioritárias na campanha. A agência também vai produzir reportagens especiais confrontando cidadãos e candidatos.
Com um tom provocativo, bem humorado e inovador, o projeto “Truco!” tem identidade visual inspirada em jogos de cartas, desenhada pelo quadrinista Alexandre De Maio. Aos dados checados, serão atribuídas cartas, de acordo com o que for apurado. São elas: “Truco!”, “Não é bem assim”, “Tá certo, mas peraí”, “Blefe”, “Zap!” e “Que medo”. (Leia abaixo sobre cada categoria).
Além da checagem de dados, “Truco!” ainda traz a série de reportagens Cartas na Mesa, que terá três edições sobre a população negativamente afetada por ações, projetos e propostas dos principais candidatos. Também serão feitas reportagens sobre as principais propostas dos candidatos para áreas consideradas prioritárias, julgadas por especialistas e movimentos sociais.
Cartas
Truco! – Informações insustentáveis e promessas grandiosas, sem explicação de como serão implementadas. O Truco! é um desafio público para que o candidato responsável pela frase dê mais explicações ao eleitor. As respostas obtidas serão divulgadas assim que a campanha responder.
Não é bem assim – Informações exageradas, distorcidas ou discutíveis.
Tá certo, mas pera aí – Informações corretas, mas que merecem ser contextualizadas. Existem mais dados que o eleitor precisa saber do que os que foram apresentados durante o programa eleitoral.
Blefe – A informação é falsa. São usados dados de outras fontes – de preferência independentes – e auxílio de especialistas para confrontar a versão apresentada.
Zap! – Informações corretas e também relevantes ditas pelos candidatos. Para isso, são apresentados números que confirmam e expandem o que foi falado.
Que medo! – Algumas propostas podem afetar negativamente grupos importantes da população. O selo serve de alerta e virá acompanhado de um texto que mostra os problemas que aquela ideia traz.
Sobre a Agência Pública:
A Agência Pública aposta em um modelo de jornalismo sem fins lucrativos para manter a independência. Fundada em 2011, todas as reportagens são livremente reproduzidas por diversos veículos sob a licença creative commons. Sua missão é produzir reportagens de fôlego pautadas pelo interesse público, sobre as grandes questões do país do ponto de vista da população – visando ao fortalecimento do direito à informação, à qualificação do debate democrático e à promoção dos direitos humanos.
A Pública conta com financiamento de instituições de peso e renome internacional, como a Fundação Ford e a Open Society Foundations. Além de produzir, a Pública atua para promover o jornalismo investigativo independente, através de programas de mentorias para jovens jornalistas e bolsas de reportagem. A Pública ganhou os prêmios HSBC-Jornalistas & Cia de Jornalismo Ambiental e Visibilidade 2013, além de menções honrosas no Prêmio Abdias do Nascimento e no prêmio Nacional de Jornalismo sobre Violência de Gênero.
Checagem dos primeiros programas
- Detalhes
- Andrea
Pela revogação de uma homenagem a um militar da ditadura
Nós, abaixo-assinados, manifestamos a mais profunda indignação pelo fato de o Conselho Universitário (CONSU) da Unicamp, na sua sessão de 5 de agosto de 2014, haver mantido a vigência do título de Doutor Honoris Causa concedido pelo antigo Conselho Diretor dessa Universidade ao Coronel Jarbas Passarinho, em 1973, decisão tomada sob os constrangimentos políticos e institucionais da ditadura militar então vigente no Brasil.
Setores democráticos da Unicamp (quatro congregações do campus) – sintonizados com as iniciativas que, hoje, em todo o país, têm questionado os diferentes legados da ditadura militar – solicitaram ao CONSU a revogação do título outorgado a quem contribuiu, de forma consciente e deliberada, para cercear a liberdade de expressão e pensamento, expulsar docentes e pesquisadores universitários e reprimir estudantes e funcionários de instituições públicas do país.
Apesar de a maioria – 49 membros do Conselho Universitário da Unicamp – ter apoiado a justificada solicitação de caráter democrático, os votos de uma minoria (10 contrários e 10 abstenções) foram suficientes para a manutenção da honraria (o quórum qualificado de 50 votos não foi alcançado). Embora, desde agora, esteja sob forte suspeição, a honraria ao Cel. Passarinho continua em plena vigência na Unicamp.
Para todos os que valorizam o irrestrito debate político e ideológico, a produção cultural e artística sem censura, a livre pesquisa científica e a defesa dos direitos humanos, é ultrajante reconhecer que um alto dirigente do regime discricionário de 1964 – cuja trajetória pública representa a negação de todos estes valores – continuará dignificado pela Unicamp.
O pesaroso legado simbólico da ditadura militar, representado pela outorga do título Doutor Honoris Causa ao coronel Jarbas Passarinho, apenas será superado na Universidade Estadual de Campinas quando o Conselho Universitário desta instituição de ensino revogar a homenagem que afronta todos os que prezam os direitos humanos, as liberdades democráticas e o pensamento crítico.
Neste sentido, os signatários, fora e dentro dos meios acadêmicos brasileiros, solicitam que o Conselho Universitário da Unicamp – pela relevância e significado público do assunto – coloque, em breve, novamente na sua pauta de discussão as consistentes moções que solicitam o cancelamento da concessão de um título acadêmico a quem não possui qualquer mérito político, educacional, cultural ou humano para merecê-lo.
Link do abaixo-assinado:
Signatários
Agueda Bittencourt – FE Unicamp
Andréia Galvão – IFCH, Unicamp
Antônio Miguel – FE, Unicamp
Arlete Moysés Rodrigues – IFCH Unicamp
Arley Moreno – IFCH, Unicamp
Armando Boito Jr. – IFCH Unicamp
Caio N. de Toledo – IFCH Unicamp
Carlos Lungarzo – IFCH, Unicamp
Dermeval Saviani – IFCH Unicamp
Dirce Zan – FE, Unicamp
Eduardo Mariutti – IE Unicamp
Eleonora Albano IEL Unicamp
Evelina Dagnino – IFCH, Unicamp
Fábio Campos – IE Unicamp
Francisco Foot Hardman – IEL Unicamp
Hector Benoit – IFCH Unicamp
Heloisa Matos Lins – FE, Unicamp
Iuriatan Felipe Diniz – CECOM, Unicamp
Isabel Loureiro – profa. colaboradora IFCH
João Quartim de Moraes – IFCH Unicamp
Jorge Miglioli – IFCH Unicamp
José Claudinei Lombardi – FE, Unicamp
José Roberto Zan – IA Unicamp
José Vitório Zago – IMECC Unicamp
Josianne Cerasoli – IFCH Unicamp
Josué Pereira da Silva – IFCH Unicamp
Luiz Carlos Freitas – FE, Unicamp
Luiz Orlandi – IFCH Unicamp
Márcio Seligman Silva – IEL Unicamp
Maria Lygia de Moraes – IFCH Unicamp
Mário Augusto Medeiros da Silva – IFCH Unicamp
Nelson Rodrigues dos Santos – FCM Unicamp
Plínio de Arruda Sampaio Jr. – IE Unicamp
Ricardo Antunes – IFCH Unicamp
Ricardo Festi – Cotil Unicamp
Ruth Lopes – IEL Unicamp
Sérgio Silva – IFCH Unicamp
Sírio Possenti – IEL Unicamp
Suely Kofes – IFCH Unicamp
Suzi Frankl Sperber – IEL Unicamp
Fora da Unicamp
Ana Nemi, Comissão da Verdade da Unifesp
Angela Lazagna – Mestre em Sociologia (Unicamp)
Antonio Alberto Brunetta - MEN/UFSC
Claudete Gomes Soares – ex-estudante da Unicamp, professora da UFFS/Chapecó
Daniel Barbosa Andrade de Faria – ex-estudante da Unicamp, professor do HIS/UnB
Daniela Magalhães Correia (UFBA)
Danilo Enrico Martuscelli – ex-estudante da Unicamp, professor da UFFS/Chapecó
Douglas Santos Alves – ex-estudante da Unicamp, professor da UFFS/Erechim
Edilson José Graciolli - ex-estudante da Unicamp, professor da UFU
Eliel Machado - UEL
Henrique Amorim - ex-estudante da Unicamp, professor da Unifesp
Jair Batista da Silva - ex-estudante da Unicamp, professor da UFBA
Jair Pinheiro - Unesp/Marilia
José Marcos Nayme Novelli - ex-estudante da Unicamp, professor da UFSCar/Sorocaba
Juliane Di Paula Queiroz Odinino - ex-estudante da Unicamp, Pós-doutoranda PPGe/FAED/UDESC
Leandro de Oliveira Galastri - ex-estudante da Unicamp, professor da Unesp/Marília
Luciano Cavini Martorano - ex-estudante da Unicamp, professor da Unifal-MG
Maria da Paz Gomes Henrique – professora aposentada
Patrícia Vieira Trópia - ex-estudante da Unicamp, professora da UFU
Paula Marcelino - ex-estudante da Unicamp, professora da USP
Roberto Goulart Menezes - ex-estudante da Unicamp, professor da IREL/UnB
Sávio Cavalcante – Doutor em Sociologia (Unicamp)
Thiago Barison - Comissão de Direitos Humanos do Sindicato dos Advogados de São Paulo
Valério Arcary - IFSP
Virgínia Fontes - PPGH/UFF e EPSJV/Fiocruz
- Detalhes
- Andrea
O ato, com cerca de 2 mil pessoas, reuniu servidores, alunos e professores da USP, Unicamp e Unesp que reivindicam reajuste salarial, cortado este ano por conta da crise orçamentária; reitoria da Universidade de São Paulo planeja executar programa de demissão voluntária.
Em greve desde o dia 26 de maio, funcionários, docentes e alunos das três universidades estaduais de São Paulo (USP, Unicamp e Unesp) realizaram nesta quinta-feira (14), na capital, um ato exigindo a negociação do Estado com os grevistas.
De acordo com o Fórum das 6, entidade que representa os sindicatos de professores e de funcionários das três universidades, cerca de 2 mil pessoas participaram da manifestação, que saiu da Cidade Universitária, na zona oeste, e seguiu até o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual, no Morumbi.
Carregando faixas e cartazes, os manifestantes acusam o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o reitor da USP, Marco Antonio Zago, de sucateamento da universidade. “Zago, diálogo não se faz com polícia”; “Alckmin, não faça com as estaduais o que você fez com a água” e “Alckmin, negocie com a educação pública paulista já” eram os dizeres de alguns deles.
A paralisação, que já dura mais três meses, foi motivada pelo congelamento dos salários de professores e funcionários, que deveria passar por reajuste. A justificativa para o congelamento é a crise orçamentária nas universidades, que foi revelada principalmente depois da saída do ex-reitor João Grandino Rodas, da USP, conhecido por seus gastos exorbitantes.
Na semana passada, funcionários da USP chegaram a ter os salários cortados e, de acordo com matéria publicada nesta quinta-feira (14) pelo jornal Folha de S. Paulo, a reitoria da universidade paulista pretende executar um programa de demissão voluntária que deve atingir 3 mil funcionários, além do desmembramento dos hospitais, a cobrança de mensalidade e a diminuição da carga horária dos funcionários com equivalente redução salarial.
“Isso é o sucateamento da universidade. É destruir para depois privatizar a USP”, afirmou, ao portal Exame, Magno de Carvalho, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo (SINTUSP ).
A Adusp (Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo), por sua vez, divulgou nota oficial em repúdio ao planejamento da reitoria. Confira abaixo:
Nota da Adusp sobre eventual desmanche da USP pela Reitoria
A Diretoria da Adusp manifesta sua perplexidade e profunda preocupação com a notícia veiculada em 14/8 pelo jornal Folha de S. Paulo, segundo a qual a Reitoria da USP tem planos de “adotar programa de demissão voluntária que abranja 3.000 funcionários”, bem como “incentivar que professores diminuam as jornadas de trabalho e, com isso, reduzam seus salários”, e ainda que o Hospital Universitário (HU, em São Paulo) e o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC, em Bauru) “passem para a administração da Secretaria Estadual da Saúde”.
Caso confirmadas, tais medidas, desatinadas e brutais, encaminhadas à revelia de qualquer discussão prévia com a comunidade universitária, representarão novas e insuportáveis violências contra a USP, perpetradas pela atual gestão, e colocarão em risco a instituição tal como a conhecemos hoje. Seria nada mais nada menos que o início do desmanche da USP.
Nos últimos dias, outras notícias de enorme gravidade apontavam para a mesma direção. Em 8/8, o Jornal da Cidade, de Bauru, informava: “A Universidade de São Paulo (USP) doou o novo prédio do Centrinho [HRAC] para o governo estadual… A notícia foi dada ontem pelo deputado Pedro Tobias (PSDB), que há tempos discute com a USP e o governo o uso daquele hospital”. Ao mesmo tempo, a Reitoria trata em absoluto sigilo a intolerável ameaça do governo estadual de desapropriação da Fazenda Experimental da Esalq em Itatinga, denunciada por blog do jornal O Estado de S. Paulo em 7/8.
Urge que a Reitoria venha a público explicar-se sobre todas essas questões, e, se for o caso, desmentir as informações publicadas pela Folha de S. Paulo. Na hipótese de que sejam procedentes, porém, fique claro desde já que se trata de uma transgressão da maior gravidade, contra a qual lutaremos com determinação.
São Paulo, 14/8/14
Diretoria da Adusp
Por Ivan Longo, SpressoSP.
- Detalhes
- Andrea
A diretoria e a coordenação executiva nacional da CPT divulgaram, no dia 19, nota pública onde denunciam e repudiam a onda de violência no campo, intensificada nos meses de julho e agosto desse ano.
Além das 4 mortes na última semana, no mês de julho, em apenas 20 dias, a CPT registrou 7 assassinatos. De acordo com informações do Centro de Documentação da CPT Dom Tomás Balduino, em 2014 já foram registrados 23 assassinatos em conflitos no campo, sendo que mais três estão sob averiguação. Confira os dados parciais de assassinatos em 2014, em anexo na matéria.
A Diretoria e a coordenação executiva nacional vêm a público se manifestar diante da onda de violência no campo na semana de 10 a 17 de agosto, com o assassinato de três trabalhadoras e um trabalhador. Mais uma vez são mortes anunciadas, sem que se tomem as devidas providências para evitá-las.
Na terça-feira, 12, no sudeste do Pará, Maria Paciência dos Santos, 59, foi atropelada por um caminhoneiro que avançou sobre os 1.500 manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) que marchavam pela BR-155, chamando a atenção para o descaso com a Reforma Agrária. O local é próximo à curva do “S”, onde ocorreu o Massacre de Eldorado dos Carajás, em 1996. O trânsito estava liberado em uma faixa, mas foi bloqueado pelos manifestantes após o brutal assassinato de Maria, que morreu na hora.
Na quarta feira, 13, foi assassinada a tiros, a ex-presidenta do Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura de União do Sul, em Mato Grosso, Maria Lúcia do Nascimento, que morava no assentamento Nova Conquista II. Tanto ela quanto outras famílias assentadas e dirigentes do Sindicato de Trabalhadores na Agricultura local, já haviam sofrido ameaças do dono da fazenda, Gilberto Miranda, registradas em Boletins de Ocorrência e em atas de denúncias feitas diretamente ao Ouvidor Agrário Nacional, desembargador Gercino José da Silva Filho. As ameaças foram testemunhadas, inclusive, por oficiais de justiça.
No sábado, 16, o Presidente da Associação ASPRONU (Associação de Produtores Rurais Nova União), Josias Paulino de Castro, 54 anos, e sua esposa, Ireni da Silva Castro, 35 anos, foram assassinados, no Distrito de Guariba, Município de Colniza, MT. Em 5 de agosto, Josias havia participado, em Cuiabá, de audiência com o ouvidor Agrário Nacional, desembargador Gercino, e com várias outras autoridades do estado de Mato Grosso.
Josias denunciara políticos da região por extração ilegal de madeira, a Polícia Militar por irregularidades e órgãos públicos por emissão irregular de títulos de terras, assim como a existência de “pistoleiros” na região. Josias, segundo o site Pantanal, nesse mesmo dia teria afirmado: “Estamos morrendo, somos ameaçados, o governo de Mato Grosso é conivente, a PM de Guariba protege eles, o Governo Federal é omisso, será que eu vou ter que ser assassinado para que vocês acreditem e tomem providências?”.
Além destas mortes acontecidas nos últimos dias, o Centro de Documentação Dom Tomás Balduino, da CPT, registrou um sangrento mês de julho com 7 assassinatos em 20 dias, em quatro estados da federação. 2014 apresenta-se como mais violento que o ano anterior. De janeiro a 18 de agosto já se contabilizam 23 assassinatos em conflitos no campo, havendo ainda três casos em averiguação. No mesmo período de 2013, o número de assassinatos registrado era de 21.
A violência está presente em todo o território nacional. Diante dos olhos das autoridades que deveriam concretamente agir de forma a exterminá-la definitivamente. O ouvidor agrário nacional, assim como a Secretaria de Direitos Humanos, tem acompanhado todas as denúncias, ameaças, indícios de irregularidades, mas nada foi feito em vista de barrar o avanço dos assassinatos e do extermínio dos povos do campo.
Quando estas mortes provocarão respostas claras e sérias dos órgãos públicos?
Toda esta violência se dá no momento em que a Reforma Agrária some dos programas de governo dos principais partidos políticos que disputam a presidência da República. Demarcação de terras indígenas e quilombolas, da mesma forma, paralisadas. E os candidatos à presidência assistindo de camarote, sem nenhuma resposta clara a essas demandas em seus planos de governo.
De fato, o programa político de Dilma Rousseff à reeleição, não reserva nenhuma linha à Reforma Agrária. O programa de Aécio Neves, passa pela tangente, somente citando a Reforma Agrária como necessária para garantir a segurança alimentar. O programa do PSB ainda fez duas ou três leves insinuações sobre a Reforma Agrária. Fica mais que patente que a reforma agrária não é hoje prioridade para nenhum dos partidos com chance de chegar à Presidência.
Ironia do destino: ao mesmo tempo em que três grandes figuras femininas despontam na disputa à presidência da República, numa semana, três mulheres, lutadoras, são assassinadas em conflitos pela terra.
A CPT espera que providências efetivas sejam tomadas no caso destas mortes, e não apenas reduzidas a grupos de trabalho que, até o momento, não se provaram eficazes. Que o estado brasileiro (Executivo, Judiciário, Legislativo) crie ações efetivas para a diminuição da violência no campo. Que a apuração dos fatos sejam eficientes, que o Judiciário não seja subserviente, que a legislação não seja flexibilizada e o Executivo crie condições efetivas de manter a população no campo.
Que o sangue destas mulheres, dos trabalhadores, quilombolas e dos indígenas que tombaram diante da ganância do capital, provoque uma profunda reflexão e ação imediata de nossos políticos, que jogaram na lata do lixo a reforma agrária e a regularização dos territórios tradicionais.
- Detalhes
- Andrea
Livro será lançado no dia 23 de agosto na Bienal Internacional do Livro, em São Paulo.
Elogio à simplicidade é o título do novo livro do filósofo Jelson Oliveira, professor do programa de pós-graduação em Filosofia da PUC-PR. A obra, que sai com o selo PUCPRess, é o terceiro volume da Coleção Sabedoria Prática, cujos outros dois títulos (Sabedoria prática e Filosofia da viagem), foram revisados e estão sendo relançados num charmoso box de Filosofia do cotidiano. Os livros serão lançados no dia 23 de agosto, às 20h, na Bienal Internacional do Livro de São Paulo.
Elogio à simplicidade analisa como o conceito de simplicidade se desenvolveu ao longo da história ocidental, associado a valores como prudência, moderação, temperança, equilíbrio, serenidade. O livro foi dividido em duas partes: “nada em excesso” e “conhece-te a ti mesmo”, dois lemas gregos escritos no Templo de Delfos.
Na primeira parte, o autor analisa a simplicidade como princípio exterior: o consumismo exagerado, a ostentação e o luxo no morar, comer e vestir. Na segunda parte a simplicidade é um princípio interior: um cuidado consigo mesmo que leva a uma vida mais tranquila, com relações mais autênticas, baseadas na prudência e na moderação.
Segundo a proposta do livro, a simplicidade é um equilíbrio entre a pobreza e a riqueza. Um princípio político, portanto, um modo de existir que faz parte da dietética dos cuidados, um regime filosófico cujo benefício é a beleza existencial. Uma arte de viver destinada ao bom uso dos prazeres e à satisfação adequada das necessidades vitais.
Elogio à simplicidade, nesse sentido, analisa a forma de relação com os objetos dispostos para o nosso uso no mundo, com a natureza vinculada ao nosso cuidado e com as gerações futuras sob nossa responsabilidade. Ao elogiá-la, a obra valoriza as práticas de vida simples que contestam aquilo que muitos consideram o único modo de viver em nossa sociedade, que é, sobretudo, uma sociedade de consumo.
Com uma linguagem ao mesmo tempo densa e simples, Elogio à simplicidade é um livro para todos os que querem recordar a importância teórica do conceito, mas, sobretudo, por quem pretende ressignificar a própria vida e rever suas práticas cotidianas.
- Detalhes
- Andrea
Movimentos sociais e sindicais realizam seminários sobre energia em todas as regiões do país a partir desta semana. As resoluções dos debates serão encaminhadas em forma de propostas para a política energética nacional aos candidatos à presidência da República.
Nesta terça-feira (19), começa em Belém (PA) o primeiro da série de seminários regionais sobre energia, organizados pela Plataforma Operária e Camponesa para a Energia. Além da capital paraense, as cidades de Florianópolis, Recife, Rio de Janeiro e Brasília também recebem os debates sobre o atual modelo e as alternativas para a criação do projeto energético popular para o Brasil.
Com estimativa de receber por volta de 1500 pessoas, os seminários dão sequência ao Seminário Nacional da Energia, ocorrido nos dias 19 e 20 de maio deste ano em Belo Horizonte (MG).
Na ocasião, mais de 100 lideranças de trabalhadores ligados ao setor energético firmaram uma aliança para a construção de amplas discussões sobre a energia, através de seminários nas cinco regiões brasileiras.
Com a colaboração de diversos intelectuais, como o professor da UFABC, Igor Fuser, e o coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Antônio Moraes, a disputa política sobre o petróleo brasileiro será um dos temas centrais durante os seminários.
“Principalmente após a descoberta das reservas do pré-sal, intensificou-se a ofensiva neoliberal para desmoralizar a Petrobrás e, consequentemente, abrir caminho para a entrega do petróleo brasileiro ao capital estrangeiro”, observou o membro da Plataforma e integrante da coordenação nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens, Gilberto Cervinski.
Além do petróleo, a questão das tarifas de energia elétrica e a situação das populações atingidas por barragens serão temas abordados nas mesas.
Após a sistematização dos debates, as organizações cobrarão posicionamento dos candidatos à presidência da República em relação às propostas da Plataforma.
Histórico
A Plataforma Operária e Camponesa para a Energia foi criada em 2010, a partir da articulação entre trabalhadores eletricitários, petroleiros, engenheiros, atingidos por barragens e agricultores, com a proposta de criar um espaço de diálogo e articulação das lutas para se avançar em um projeto popular para a energia no Brasil.
Serviço:
Seminário Norte - 19 e 20 de agosto
Local: Sindicato dos Urbanitários de Belém – Avenida Duque de Caxias, 1234 – Bairro do Marco
Belém - Pará
Seminário Sul - 20 e 21 de agosto
Local: Avenida Marinheiro Max Schramm, 2149 – Jardim Atlântico
Florianópolis – Santa Catarina
Seminário Nordeste – 02 e 03 de setembro
Local: Universidade Federal de Pernambuco
Recife – Pernambuco
Seminário Sudeste – 09 e 10 de setembro
Local: Cenam – Rua Alm. Alexandrino, 2023 – Santa Teresa
Rio de Janeiro - RJ
Seminário Centro oeste/ Nacional: 17 e 18 de setembro
Local: Brasília – Distrito Federal
- Detalhes
- Andrea
Famílias que foram retiradas da Ocupação Mercúrio, sem alternativa habitacional, para não ficarem na rua com seus filhos, decidiram ocupar outro imóvel abandonado há 12 anos, na Carlos Nazaré de Souza, 630.
Acabaram de descobrir que este prédio pertence ao chinês Law Kin Chong, que já foi tido pela polícia federal como o maior contrabandista do país, e estão sofrendo muitas ameaças. Ele disse para as famílias que tem dinheiro suficiente para comprar quem precisar e retirá-las de lá em 24 horas. Seus seguranças estão na porta dizendo que vão meter bala em todo mundo.
São 96 famílias, com idosos, doentes, portadores de necessidades especiais, além de cerca de 50 crianças.
Fonte: Frente de Luta por Moradia.
- Detalhes
- Andrea
Com uma apresentação bastante didática, a ONG 350.org apresenta iniciativas recentes de políticos ligados ao agronegócio, como a ofensiva recente contra direitos indígenas, e procura desconstruir argumentos utilizados pelos representantes do setor.
A organização 350.org lançou nesta semana a campanha “Não vote em ruralista”, que pretende chamar a atenção o papel que parlamentares da Frente Parlamentar da Agropecuária, a chamada Bancada Ruralista, têm desempenhado no Congresso Nacional.
Com uma apresentação bastante didática, mas ao mesmo tempo bem fundamentada, a organização apresenta iniciativas recentes de políticos ligados ao agronegócio, como a ofensiva recente contra direitos indígenas, e procura desconstruir argumentos utilizados pelos representantes do setor. O grupo lembra, por exemplo, que apesar de latifúndios para produção industrial de produtos para exportação ocuparem a maior parte das terras brasileiras, 70% dos alimentos consumidos no Brasil são produzidos pela agricultura familiar.
A página traz informações bastante úteis para eleitores, como a lista organizada pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), nominando quem são os ruralistas no Congresso Nacional, a relação dos políticos que votaram pela diminuição da proteção de florestas com a flexibilização do Código Florestal, e a ferramenta de consultas sobre a lista suja da escravidão desenvolvida pela Repórter Brasil, que ajuda quem quer conferir se um candidato está envolvido com exploração de pessoas.
Clique aqui para acessar a campanha.
Fonte: Repórter Brasil
- Detalhes
- Andrea
O número de pessoas em todo o mundo que precisam de ajuda humanitária nunca foi tão alto na história. O alerta é do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha, na sigla em inglês).
No Dia Mundial da Ação Humanitária, lembrado nesta segunda (19), o órgão tenta sensibilizar as pessoas para as questões humanitárias e os esforços de cooperação internacional para apoiar os que se encontram em situação de extrema vulnerabilidade.
A data faz referência ao maior ataque já sofrido por uma sede da ONU, ocorrido há 11 anos em Bagdá. O evento resultou na morte de 22 funcionários da organização, entre eles o brasileiro Sergio Vieira de Mello que, à época, atuava como representante especial do secretário-geral da ONU para o Iraque.
De acordo com a organização, é um dia para lembrar todas as pessoas que perderam a vida em serviço humanitário e para celebrar o espírito que inspira esse trabalho em todo o mundo.
"Milhares de pessoas em todo o globo estão fazendo um trabalho incrível todos os dias. Mas, infelizmente, alguns deles pagam um preço muito alto. Neste Dia Mundial da Ação Humanitária, honramos essas pessoas que enfrentaram o perigo para ajudar os mais necessitados".
Um dos países que mais necessita de ajuda humanitária na atualidade, segundo a ONU, é a Síria, onde quase metade da população – 10,8 milhões de pessoas – precisa de assistência. A situação é citada como a maior crise humanitária no mundo hoje, uma vez que o combate entre forças do governo e grupos oposicionistas dificulta o trabalho na região.
Em Brasília, a data será lembrada com o lançamento de um selo postal em homenagem a Sergio Vieira de Mello. Em Mogadíscio, na Somália, está sendo organizada uma caminhada/corrida de cinco quilômetros.
Em Londres, na Inglaterra, será colocada uma coroa de flores na Abadia de Westminster. A ONU deve divulgar um balanço da situação humanitária no mundo.
Fonte: Agência Brasil.
- Detalhes
- Andrea
A guerra dos conflitos agrários fez mais uma vítima na última quarta-feira (13). Foi assassinada a tiros a ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura de União do Sul, em Mato Grosso, Maria Lúcia do Nascimento. A dirigente morava no assentamento Nova Conquista 2, no mesmo município. Recentemente, Maria Lúcia e mais 25 famílias haviam recebido da justiça local a reintegração do assentamento à fazenda em que o mesmo estava instalado, podendo permanecer legalmente no local.
Tanto ela quanto as outras famílias assentadas e dirigentes do Sindicato de Trabalhadores na Agricultura local já haviam sofrido ameaças do dono da fazenda, Gilberto Miranda, registradas em Boletins de Ocorrência e em atas de denúncias feitas diretamente ao ouvidor agrário nacional, desembargador Gercino José da Silva Filho.
As ameaças foram testemunhadas inclusive por oficiais de justiça. O crime foi cometido dentro do assentamento, e testemunhas afirmam que o executor dos disparos foi um funcionário do fazendeiro, que há dias já rondava a região com uma arma de fogo à mostra, intimidando as famílias.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) já trabalha diretamente com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para que o caso seja apurado pelas autoridades o mais rápido possível. O secretário de Política Agrária da Contag, Zenildo Xavier, acompanha pessoalmente o caso.
“É o nosso papel denunciar e fazer com que esse assassino e o mandante vão para a cadeia. É inadmissível essa situação, que acontece em vários estados. Onde isso vai parar? Trabalhadores estão morrendo, outros sofrem ameaças e seus executores e ameaçadores estão ficando impunes”, declara o secretário.
Fonte: Contag.
- Detalhes
- Andrea
O encontro, que é aberto ao público, ocorrerá no dia 15 de agosto, a partir das 19h, no Sindicato dos Jornalistas no Estado de São Paulo.
Para aprofundar a reflexão sobre as relações entre mídia e estruturas de poder no país e avançar na luta pela democracia no Brasil, o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) realizará o debate “Comunicação, Sistema Político e Democracia”. O ato político será aberto ao público e ocorrerá na próxima sexta-feira, dia 15 de agosto, às 19h, na sede do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo.
Para abordar o tema sobre várias perspectivas, os convidados são Laurindo Lalo Leal Filho, professor da USP (Universidade de São Paulo); Paola Estrada, da Secretaria Operativa Nacional do Plebiscito Popular da Constituinte; e Rosane Bertotti, secretária nacional de comunicação da CUT e coordenadora-geral do FNDC.
Na avaliação do FNDC, para democratizar a democracia são urgentes tanto a reforma política quanto a democratização da comunicação no Brasil. Por isso, a necessidade de discutir conjuntura, estratégias e planejar ações articuladas em torno do Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político, da Campanha Para Expressar a Liberdade, e do projeto de inciativa popular da Lei da Mídia Democrática.
“A democratização da comunicação é parte estratégica na luta por uma democracia de fato e como processo de cidadania brasileira”, ressalta a coordenadora geral do Fórum, Rosane Bertotti. Ela destaca ainda o engajamento do FNDC na defesa de um plebiscito para uma nova reforma política.
“Nesse momento eleitoral no Brasil, realizar essa discussão aberta, com participação de outras organizações, é novamente colocar o FNDC como um ator preponderante no debate da política e da democracia”, avalia. Na XVIII Plenária realizada em abril deste ano, o FNDC aprovou apoio total e irrestrito ao Plebiscito Popular. A realização do debate consolida essa aliança programática pela transformação do sistema político e a aprovação de um novo marco regulatório das comunicações.
Reunião do Conselho Deliberativo
No sábado, dia 16 de agosto, o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação reunirá membros do seu Conselho Deliberativo, comitês regionais e representantes de entidades associadas, para discutir e encaminhar processos políticos e organizativos do Fórum. Esta é a primeira reunião do novo Conselho Deliberativo, eleito na XVIII Plenária, para o mandato 2014-2015.
É papel do Conselho Deliberativo definir e orientar o programa anual das atividades sociais do FNDC. Assim, a principal pauta desta reunião do Conselho Deliberativo será a discussão sobre a implementação das estratégias definidas na Plenária. “A ideia é que a gente possa fazer a discussão sobre nossos processos internos e organizativos. Debater como potencializar nossos comitês estaduais e regionais, como a gente amplia a participação dentro do FNDC, como fortalecer os instrumentos de decisão, o próprio Conselho Deliberativo e a Executiva do Fórum”, detalha Rosane Bertotti.
Também serão discutidas ações de mobilização pela democratização dos meios de comunicação, a atuação do FNDC no âmbito do projeto de Lei da Mídia Democrática, ações na área da comunicação pública, do marco civil da internet, entre outras pautas centrais.
A atual composição do Conselho é formada pela Federação Interestadual dos Trabalhadores em Telecomunicações (FITTEL), Associação Brasileira das Emissoras Públicas Educativas Culturais (Abepec), Clube de Engenharia, Comitê pela Democratização da Comunicação do Pará, Comitê pela Democratização da Comunicação de Minas Gerais, Comitê pela Democratização da Comunicação de Santa Catarina, Comitê pela Democratização da Comunicação do Distrito Federal, Comitê pela Democratização da Comunicação de Pernambuco, Associação Mundial de Rádios Comunitárias (Amarc), Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço), União dos Negros Pela Igualdade (Unegro), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS), União Nacional dos Estudantes (UNE) e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
A reunião do Conselho Deliberativo do FNDC, voltada para entidades associadas ao Fórum, ocorrerá no sábado (16), pela manhã e à tarde, na sede do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé (Rua Rêgo Freitas, 454, 1º andar, Centro, São Paulo/SP).
SERVIÇO
Debate: Comunicação, Sistema Político e Democracia (aberto ao público)
Data: Sexta-feira, 15 de agosto de 2014
Hora: 19h
Local: Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo (Rua Rêgo Freitas, 531, sobreloja, Centro, São Paulo/SP).
Fonte: Redação FNDC.